Dirigente do MST: Mais de 24 mil escolas foram fechadas no campo

Tempo de leitura: 7 min

“Fechamento de 24 mil escolas do campo é retrocesso”, afirma dirigente do MST

por Luiz Felipe Albuquerque, da Página do MST

Mais de 24 mil escolas no campo brasileiro foram fechadas no meio rural desde 2002. O fechamento dessas escolas demonstra o drástico problema na vida educacional no Brasil, especialmente no meio rural.

Após décadas de lutas por conquistas no âmbito educacional, cujas reivindicações foram atendidas em parte – o que permitiu a consolidação da pauta – o fechamento das escolas vão no sentido contrário do que parecia cristalizado.

Nesse quadro, o MST lançou a Campanha Nacional contra o Fechamento de Escolas do Campo, que pretende fazer o debate sobre a educação do campo com o conjunto da sociedade, articular diversos setores contra esses retrocessos e denunciar a continuidade dessa política.

“O fechamento das escolas no campo nos remete a olhar com profundidade que o que está em jogo é algo maior, relacionado às disputas de projetos de campo. Os governos têm  demonstrado cada vez clara a opção pela agricultura de negócio – o agronegócio – que tem em sua lógica de funcionamento pensar num campo sem gente e, por conseguinte, um campo sem cultura e sem escola”, afirma Erivan Hilário, do Setor de Educação do MST.

Essas escolas foram fechadas por estados e os municípios, mas o Ministério da Educação também têm responsabilidade. “Não se têm, por exemplo, critérios claros que determine o fechamento de escolas, que explicitem os motivos pelos quais se fecham, ou em que medida se pode ou não fechar uma escola no campo”, aponta Erivan.

Ele apresenta um panorama do atual momento pelo qual passa a educação do campo, apontando desafios, lutas e propostas. Abaixo, leia a entrevista.

Como se encontra a educação no campo brasileiro, de um modo geral?

Vive momentos bastantes contraditórios. Se por um lado, na última década, avançou do ponto de vista de algumas conquistas e iniciativas significativas no campo educacional, como no caso da legislação e das políticas públicas – a exemplo das diretrizes operacionais para educação básica nas escolas do campo, aprovada em 2002, e tantas outras resoluções do conselho nacional, como o custo aluno diferenciado para o campo e as licenciaturas em Educação do Campo – por outro percebemos que os fechamentos das escolas no campo caminham na contramão desses avanços, conforme demonstram vários dados das próprias instituições do governo. Desde 2002 até 2009, foram fechadas mais de 24 mil escolas no campo. Com isso, voltamos ao início da construção do que hoje chamamos de Educação do Campo, que foi a luta dos movimentos sociais organizados no campo, mais particularmente, o MST, contra a política neoliberal de fechamento das escolas.

A que se deve o fechamento das escolas no campo?

O fechamento das escolas no campo nos remete a olhar com profundidade que o que está em jogo é algo maior, relacionado às disputas de projetos de campo. Os governos têm  demonstrado cada vez mais a clara opção pela agricultura de negócio – o agronegócio – que tem em sua lógica de funcionamento pensar num campo sem gente e, por conseguinte, um campo sem cultura e sem escola.

Nesse sentido, os camponeses e os pequenos agricultores têm resistido contra esse modelo que concentra cada vez mais terras e riqueza, com base na produção que tem como finalidade o lucro. Nessa lógica, os camponeses são considerados como “atraso”. Por isso, lutar contra o fechamento das escolas tem se constituído como expressão de luta dos camponeses, de comunidades contra a lógica desse modelo capitalista neoliberal para o campo.

Quais os objetivos da Campanha Nacional contra os Fechamentos das Escolas do Campo?

O primeiro grande objetivo é fazermos um amplo debate com a sociedade, tendo em vista a educação como um direito elementar, consolidado, na perspectiva de que todos possam ter acesso. O que precisamos fazer é justamente frear esse movimento que tem acontecido, do fechamento das escolas do campo, sobretudo no âmbito dos municípios e dos estados.

Pensar isso significa garantir esse direito tão consolidado no imaginário social, como uma conquista social à educação, garantir que as crianças e os jovens possam se apropriar do conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, que esse conhecimento esteja vinculado com sua prática social e que, sobretudo, esse conhecimento seja um mecanismo de transformação da vida, de transformação para que ela seja cada vez mais plena, cada vez mais solidária e humana.

Colado a isso, temos que fazer esse debate da educação como um direito básico, e que nós não podemos – do ponto de vista da sociedade – dar passos para trás nesse sentido, ao negar esse direito historicamente consolidado.

A educação do campo nasce como uma crítica a situação da educação brasileira no campo. E essa situação na época revelava justamente o fechamento das escolas no campo e o deslocamento das crianças, de jovens e de adultos do campo para a cidade.

Qual o significado do fechamento dessas escolas?

Passado mais de 12 anos do que chamamos de educação do campo, dentro dessa articulação que foi surgindo pela garantia de direitos, de crítica à situação do campo brasileiro, vemos esse movimento na contramão, mesmo já tendo conquistado várias políticas públicas no âmbito educacional. É preciso que não percamos de vista essa luta pela educação no campo. Essa luta passa, essencialmente, pela defesa de melhores condições de trabalho, das condições das estruturas físicas das escolas e pela conquista de mais escolas para atender a grande demanda do campo brasileiro.

A região Nordeste representou mais da metade do total de estabelecimentos fechado nos últimos anos. Por quê?

No Nordeste é onde ainda está concentrada a maior parte da população no campo. Por isso, é maior o impacto nessa região. A exemplo, a maioria das famílias em projetos de assentamentos de Reforma Agrária estão no Nordeste. É onde se fecha mais escola e continua sendo uma região que apresenta baixos níveis de escolaridade da população no quadro geral brasileiro.

A educação é um direito básico que está consolidado no imaginário popular como conquista dos movimentos sociais, da população brasileira, mas tem sido negado. Isso configura um retrocesso histórico em meio aos avanços tidos no âmbito educacional, a exemplo das resoluções do Conselho Nacional de Educação, que assegura que os anos iniciais do ensino fundamental sejam ofertados nas comunidades.

No caso dos anos finais, caso as crianças e jovens tenham que se deslocar, que consigam ir para outras comunidades no próprio campo – o que chamam de intra-campo -, mas somente após uma ampla consulta e debate com os movimentos sociais e as comunidades.

Como trabalhar essa questão nacionalmente tendo em vista que a maioria das escolas que foram fechadas é de responsabilidade dos municípios?

Os dados de fato apontam que são os estados e os municípios que tem fechado. Não poderia ser diferente, já que são estes entes federados que ofertam de maneira geral a educação básica nesse país, cada qual assumindo suas responsabilidades.

Em geral, os municípios têm assumido a educação infantil e o ensino fundamental, e tem ficado cada vez mais para os estados a responsabilidade sobre o ensino médio. O Ministério da Educação tem também responsabilidade pelo fechamento dessas escolas, até porque estamos falando de um espaço de Estado que é a expressão máxima de instituição responsável pela educação no país.

Não se tem, por exemplo, critérios claros que determine o fechamento de escolas, que explicitem os motivos pelos quais se fecham, ou em que medida se pode ou não fechar uma escola no campo.

A escola em um determinado município faz parte de uma rede maior que são as escolas públicas brasileiras. É nessa visão de país que temos que pensar. É preciso garantir que a população do campo tenha acesso ao conhecimento elaborado e que este acesso seja possível no território em que eles vivem.

De qual maneira a luta pela Reforma Agrária se alinha com a luta pela educação?

Quando falamos de luta pela Reforma Agrária, estamos nos referindo a uma luta pela conquista de direitos como o da terra e as condições necessárias para trabalhar e viver, como o direito à educação. Com isso, vinculamos permanentemente à questão do processo educacional à Reforma Agrária, pois pensar um projeto de campo e de país, fundamentalmente, passa também por pensar um projeto de educação.

A história do nosso movimento demonstra que é necessário fazer a luta pela terra paralelamente à luta por outros direitos, como educação, cultura, comunicação. Viver no campo é exigir cada vez mais conhecimento – saber elaborado – para poder viver bem e melhor, cuidando da terra e da natureza e cultivando alimentos saudáveis para toda a sociedade brasileira.

Quais são as propostas do MST para a educação do campo?

Primeiro, que o direito à educação deixe de ser apenas um direito formal, que seja direito real das pessoas que vivem no campo, no sentido de terem em seus territórios acesso à educação e à escola tão necessária e importante como para os que vivem na cidade.

O acesso ao conhecimento não deve ser moeda de troca, em que os que necessitam tenham que comprar, algo tão fortemente presenciado na educação privada. Que possamos seguir lutando para que nenhuma outra escola seja fechada no campo ou na cidade. Temos que seguir lutando cada vez mais para garantir na realidade questões como a ampliação e construção de mais escolas no campo; com acesso a toda educação básica e suas modalidades de ensino; acesso à ciência e à tecnologia, vinculados aos processos de produção da vida social no campo e seus diversos territórios camponeses, de pequenos agricultores.

Além disso, lutamos para assegurar a formação inicial e continuada dos educadores nas diversas áreas do conhecimento para atuação na educação básica, uma vez que são mais de 200 mil educadores no campo sem formação superior; garantir educação profissional técnica de nível e superior; e que se efetive uma política pública com a participação efetiva das comunidades camponesas, dos movimentos sociais do campo.

Qual a importância de que essas escolas sejam voltadas para o campo? Ou seja, que sejam escolas do campo?

Estamos falando de um princípio básico que é da produção da existência dos sujeitos do campo. Os camponeses, os trabalhadores rurais, produzem resistência nesse espaço, nesse território. Portanto, o processo educacional que defendemos é que, além de acessar uma base comum do ponto de vista do conhecimento, precisamos que as escolas que estejam situadas no campo possam incorporar dimensões importantes da vida dos camponeses. Da dimensão do trabalho, da cultura e, fundamentalmente, da dimensão da luta social – algo que é constante no campo brasileiro. Nas últimas décadas, vivemos com o avanço do agronegócio, do capital no campo, que tem se intensificado cada vez mais e tem expulsado os trabalhadores e trabalhadores que ali vivem. Há uma resistência no campo, são os trabalhadores, as comunidades camponesas lutando contra esse modelo. E a escola, de certa maneira, precisa incorporar na organização de seu trabalho pedagógico essas tensões e contradições que constituem a realidade no campo brasileiro.


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Comentários

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igor felippe

Mais uma resposta, importante, do Erivan:

E quais são os impactos e consequências que as crianças do campo sofrem ao irem estudar nas cidades?

São vários. Mas gostaria de destacar um dos principais impactos que é do ponto de vista da subjetividade. As crianças e jovens que se deslocam diariamente para estudar na cidade sofrem com o preconceito e a discriminação pelo fato de serem do campo. A cultura urbana se coloca como superior a do campo, e essa hierarquização acaba tendo impactos direto nos processos educacionais. E não poderia ser diferente. Uma vez que a cidade está colocada como sinônimo de modernidade, o campo é visto ainda como sinônimo de atraso, mesmo sendo os trabalhadores rurais responsáveis por colocar mais de 70% dos alimentos em nossa mesa. Por experiência própria, quando fiz uma das séries do ensino fundamental em uma escola da cidade, eu e os outros colegas do assentamentos éramos tratados como “inferiores”, “os coitadinhos”, quer seja pelos colegas de sala ou pelos próprios professores que não tinham formação suficiente para lidar com essas realidades. Tais posturas levam as crianças e jovens a terem vergonha de suas origens, de suas raízes, de ser o que é e passa a fortalecer uma ideia de inferioridade, levando a muitos casos de desistência da escola, e consequentemente, desiste do sonho de continuar estudando. Por isso que a luta contra o fechamento e por construção de escola no campo tem o sentido de poder tornar real o sonho de milhares de crianças e jovens de continuar estudando.

    JOSE DANTAS

    Pode até haver ainda o preconceito em relação aos jovens que habitam a zona rural, porém hoje muito menos que antes.
    Fui criado lá no sítio, aprendi a ler com minha mãe e depois frequentei escola rural com uma professora ensinando um monte de alunos ao redor de uma mesa grande da primeira a quinta série do ensino que se denominava de primário.
    Agora, querer que o filho do assentado fique limitado a atividade exercida pelos pais, sem liberdade para progredir na vida em outra atividade, já que se tornar um fazendeiro é visto por muita gente como uma espécie de contravenção, é muito egoísmo em nome de um preconceito sem sentido, tanto como o outro, que teimam em enxergar os rurais e os urbanos como duas espécies distintas.

fernandoeudonatelo

Essa questão é muito ligada à área de abrangência geográfica de escolas polarizadoras, em Regiões Metropolitanas de estados, que vem sendo priorizadas em termos de construção e acesso pelos governos estaduais, como forma de redução das instituições presentes no campo.

Acho que essa é a velha política regional, de atendimento aos espaços urbanos de maior densidade populacional e renda per capita em relação às redes rurais municipais.
Ou seja, não se incentiva à permanência das futuras geração que já residiam, no campo, e se concentra os serviços públicos essenciais ou no ambiente urbano de centros, ou em regiões agro-exportadoras com maior atividade econômica.

O Estado está saindo do campo.

augusto

O brasil tem 5565 municipios, numero com algum erro minimo talvez.
sE voce excluir uns 1500 que NAO são "" no campo" restam uns 4060 municipios no campo, eh isso?
Entao foram 6 escolas por municipio.
Isso ai bate com a realidade? Nao é exatamente no campo que a taxa de natalidade e de fertilidade sao muito maiores que as do ambiente urbano??
Tem que haver algo inexplicado. Ou parte desse numero é urbano ou…nao sei. Nao quero crer nisso.

    JOSE DANTAS

    Augusto,
    com raríssimas exceções, no caso de cidades de médio e grande portes, cujas áreas são praticamente urbanas, os demais municípios tem uma sede urbana, que é a cidade e o restante de sua área é zona rural. Hoje em dia as famílias já não são tão numerosas no meio rural como antigamente, principalmente depois da chegada da TV, que contribuiu de maneira decisiva nessa redução do número de filhos por família em "todos os sentidos".

monge scéptico

Enquanto isso na ilha da fantasia, boquirroteia-se muito sobre educação, mas ninguém
levanta o bundão da poltrona com massageador(não sei se tem não) e vai encarar os
"sertões" os ribeirinhos, conversar com eles, povo. Discursar, é fácil…….
Para que serve o congresso?
globo o povo se desliga de você. CLICK! OFF!.

Klaus

Legal o pessoal esclarecendo esta questão do fechamento das 24 mil escolas. É claro que o importante é saber se as crianças estão estudando ou não. 300 crianças em uma escola dá no mesmo que 100 crianças em três escolas cada. Claro que se fosse um governo tucano ninguém se preocuparia, né?

operante livre

Ponderando-se diversos fatores penso que não podemos de perguntar duas coisas:
Quantas dessas escolas fecharam por falta de professor?
Talvez por falta de salário digno ao professor?
Para onde foram os professores?

Escola é formada também por professor.

malu

Faltam dados. Prefiro não opinar.

    igor felippe

    Abaixo, vão dados:
    http://www.mst.org.br/Pesquisas-apontam-limites-d

    Pesquisas apontam limites da educação do campo

    A Pesquisa de Avaliação da Qualidade dos Assentamentos de Reforma Agrária no Brasil – PQRA, realizada pelo Incra em 2010, no que se refere à educação, aponta os seguintes indicadores:

    • O Brasil tem 923.609 famílias vivendo em 8.763 assentamentos, numa área de 75,8 milhões de hectares.

    • Deste contingente populacional, 15,58% não foram alfabetizados; 42,27% cursaram apenas até a 4ª série; 27,27% concluíram o ensino fundamental; 7,36 % fizeram uma parte do ensino médio e 6,04% concluíram a Educação Básica (nível fundamental e médio).

    • Os piores indicadores estão nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, seguidas da região Norte.

    • No Nordeste, o índice de não alfabetizados é de 18,41%,no Centro-Oeste de 13,86% e no Norte é de 11,06% .

    • Em todas as regiões do País, a metade da população, em média, tem apenas 4 anos de escolaridade. Um quarto da população conclui o ensino fundamental.

    • Metade da população assentada, em média, tem entre 11 e 40 anos, portanto, em plena idade de formação, laboral e intelectual. Trata-se, portanto, de uma realidade criada pela negação da escola às populações do campo, que continua a se repetir. Ou seja, não é um fenômeno de décadas passadas, mas do presente.

    Tomando como referência os dados do Censo Escolar, INEP/MEC, constatamos que:

    • No meio rural, no ano de 2002, existiam 107.432 escolas. Já em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036, significando o fechamento 24.396 estabelecimentos de ensino, sendo 22.179 escolas municipais. Isso representou, nas regiões Sul e Centro-Oeste, uma redução de mais de 39% do total de estabelecimentos de ensino no meio rural, seguidas pela região Nordeste 22,5%, Sudeste 20% e Norte 14,4%. Somente na região Nordeste isso significou o fechamento de mais de 14 mil escolas, ou seja, mais da metade do total de estabelecimentos foram fechados em sete anos.

    • O número de matrículas no meio rural, nos referidos anos, reduziu de 7.916.365 para 6.680.375 educandos, representando um número de 1.235.990 que estão sem escola ou que foram obrigados a estudar na cidade.

    Estes dados nos levam a constatar que, embora haja a nucleação intra-campo, que pode ser uma solução, a maioria das escolas foi fechada de forma arbitrária, sem levar em consideração as discussões dos movimentos sociais e toda a legislação que garante o acesso universal à educação básica.

JOSE DANTAS

Dois fatores podem estar contribuindo para isso: primeiro é que a população cada vez mais migra do campo para as cidades em busca do emprego e de melhores condições de vida; depois, o governo tem investido muito na questão do transporte escolar, na nossa região e acredito que em todas as demais e isso faz com que os alunos residentes na zona rural estudem nas escolas urbanas, onde o ensino geralmente é de melhor qualidade, embora deficiente.

igor felippe

caros amigos,

o número de fechamento de 24 mil escolas do campo é oficial.

São dados do Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação.

No ano de 2002, existiam 107.432 escolas no campo. Já em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036, significando o fechamento 24.396 estabelecimentos de ensino, sendo 22.179 escolas municipais.

Vejam mais dados sobre a educação do campo em http://www.mst.org.br/Pesquisas-apontam-limites-d

Já informamos o ministro Fernando Haddad dessa situação. No entanto, falta uma ação firme do governo federal, o dono dos recursos, para impedir essa ação de estados e municípios. Dessa forma, o governo federal é omisso e co-responsável

Em São Paulo, o secretário da educação do governo Serra, Paulo Renato, foi responsável pela fechamento de escolas do campo.

Saudações,

Igor Felippe

    Fabio SP

    Como assim?!?! no último ano do FHC tinha 107 mil escolas no campo e na era Lula, o magnífico, caiu para 24 mil?!?! Deve estar errado.

Antônio de Sampaio

Vanguarda do atraso, usam a peble ignara e miserável como massa de monobra para sua revolução estalinista e meia boca… não passam de oportunistas e exploradores da miséria…

José Rainha está onde deve estar… na cadeia.. para o bem de todos nós.

Marco

24 mil fechadas. Não é possível isso. Fala sério. Deve ter sido 24 mil reformadas e outras tantas mil abertas. Gostaria que o Luiz Felipe e o Haddad tivessem um encontro aberto. Não é possível. Isso não existe de fechar 24 mil escolas. Só se em 2003, quando Lula assumiu, existia o registro de 24 mil escolas sem atividade alguma. Fecharam. Mas quantas tantas ou mais que 24 mil escolas foram abertas desde a posse do Lula na área rural. Isso é brincadeira. Azenha, favor. Tenta marcar um encontro com os dois para que seja esclarecido isso. Absurdo.

betinho2

Toda a força e apoio ao MST e consequentemente ao campo. Porém essa reportagem não esclarece se os alunos deixaram de estudar ou se foram transferidos para outros estabelecimentos (concentrados), já que a anos foi implantado o transporte escolar, em que ónibus estão fazendo o recolhimento dos alunos no campo.
Assim como está a matéria dá a entender que as crianças ficaram sem estudar. Outra coisa, nessas escolas fechadas, em média, quantos alunos por sala e ou por professor? Ai entra sim o custo/benefício em que tem de ser lavado em consideração, ou o transporte ou a manutenção da escola com poucos alunos. De qualquer maneira é preocupante e merece atenção das autoridades da educação, bem como mais esclarecimentos e reinvindicações por parte do MST.

    Alexandre

    Posso falar por ruma pequena cidade no Sul de Minas; Umas 10 pequenas escolas foram fechadas e os alunos transferidos para uma escola maior, onde encontram melhores condições de ensino, maior socialização, praça de esporte criada pelo PAC.

    As antigas eram meros cabides de emprego para parentes dos prefeitos, que mantinham as crianças na eterna ignorância. Uma sala, uma professora apenas para duas turmas (1ª/2ª e 3ª/4ª), que assistiam a aula juntas, cada turma virada para um lado.

    Antônio de Sampaio

    PAC??? que isso rapaz??? algum modelo de OVNI??? velho… te toca mano… esse tal de PAC não passa de peça de ficção e marketagem eleitoral.. és um pobre coitado rapaz…o PAC é igual ao doutorado de Lula… é só na teoria… não serve pra nada…

André'

Escolas?

Ou aquela espécie de "madrassas" ideológicas desse "movimento"?

    Felipe

    1 milhão de joinhas, André.

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