Trabalhadores da Educação de SP em greve: Retorno só com vacinas e testes para todos; vídeos

Tempo de leitura: 2 min
Fotos: Sindsep

Da Redação, com informações do Sindsep

Quase 40% dos trabalhadores da educação da rede municipal da cidade de São Paulo estão em greve contra a decisão da Prefeitura de reabrir as escolas sem as condições necessárias de segurança sanitária frente à pandemia de covid-19.

As principais reivindicações:

— Aulas presenciais com segurança sanitária de verdade

— Vacina para todos os trabalhadores da educação

— Testes periódicos de RT-PCR para todos (estudantes e trabalhadores)

— Ampliação da limpeza das escolas

Nessa sexta-feira (14/05), a greve dos trabalhadores em educação da rede municipal da cidade de São Paulo completou 94 dias com duas novidades.

Uma é dos professores da EMEF Dr. José Kauffmann, no bairro do Jaraguá, zona Noroeste da capital.

EMEF é a sigla de Escola Municipal de Ensino Fundamental.

Eles fizeram uma versão da música A Novidade, de Gilberto Gil, falando da situação do país, pandemia de covid-19 e dos trabalhadores em greve pela vida.

O vídeo está acima. Assista e compartilhe.

A outra novidade: a Secretaria Municipal de Educação apresentou nova contraproposta (na íntegra, ao final).

Em consequência,  o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo) divulgou esta nota:

1. Chamamos toda categoria a ler e refletir sobre o documento encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação.

2. Ainda que o governo faça de tudo para esconder sua irresponsabilidade pelos riscos que expõe toda a comunidade escolar (estudantes, famílias e trabalhadoras/es), consideramos que a proposta é produto da luta e mobilização das trabalhadoras/res da educação municipal de São Paulo com a inclusão de itens como a testagem RT-PCR e testagem rápida (kits de testagem) nas escolas, entre outras questões reivindicadas pelo Sindsep e demais entidades sindicais.

3. O Sindsep reafirma a necessidade urgente de uma assembleia unificada com todas as entidades. Levaremos novamente essa proposta para a reunião do Fórum de Entidades da Educação. Para o Sindsep é a categoria das/os trabalhadoras/es da educação que em conjunto deve debater e decidir os rumos do movimento grevista.

4. Repudiamos a pressão e o assédio da Secretaria Municipal de Educação com o atraso da abertura de negociação por parte da Prefeitura com o apontamento das faltas e corte do ponto das trabalhadoras/es grevistas. A resistência tem sido a tônica dos gestores, docentes e quadro de apoio nesta greve.

Na quinta-feira (13/05), os profissionais da educação em greve e o Sindsep realizaram uma caminhada.

Começou na porta da Prefeitura, onde houve concentração.

O presidente do Sindsep, Sérgio Antiqueira, falou sobre a CPI da Covid, da oferta de vacinas que a Pfizer fez ao Brasil e que foram recusadas e da chacina na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro..

Ao se aproximar do ato, uma trabalhadora em greve observou:  “275 profissionais da educação  perderam suas vidas para a covid; nosso povo está morrendo”.

Da frente da Prefeitura, os manifestantes seguiram em caminhada, percorrendo o seguinte trajeto: rua Libero Badaró, largo do São Francisco, avenida Brigadeiro Luís Antônio até o MASP, na avenida Paulista.

O percurso foi marcado por gritos de “fora Bolsonaro”, “educação na rua, prefeito a culpa é sua” e de fala dos trabalhadores explicando para a população do porquê os trabalhadores estarem na rua.

Na frente do Masp, eles juntaram ao ato promovido pela Coalizão Negra por Diretos, contra o racismo, o genocídio negro e por fora Bolsonaro.

Contraproposta by Conceição Lemes on Scribd


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