Quando o genocídio popular em São Paulo vai acabar?

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do Cordão da Mentira, via e-mail

O aumento dos atos de violência policial registrados em 2012, em São Paulo é o mote para o 2º desfile do Cordão da Mentira, que tomará as ruas do centro da capital neste sábado (29).

Com o tema “Quando vai acabar o Genocídio Popular?”, o desfile, que ocorre três dias antes do aniversário de 20 anos do Massacre do Carandiru, passará por lugares que simbolizam a institucionalização de práticas brutais nas forças policiais, como a sede da GCM (Guarda Civil Metropolitana), a Prefeitura, a Secretaria de Segurança Pública e o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, assim como pontos simbólicos das políticas de higienização e segregação do Estado e de parte da Sociedade Civil no centro da cidade, como o Projeto Nova Luz e o Viva o Centro.

Em meio à nova onda de chacinas na periferia paulistana, seguida do sistemático aumento de incêndios criminosos em favelas, poucos meses após a barbárie de Pinheirinho, o Cordão da Mentira responderá estética e politicamente ao momento em que vivemos. Cantará nas ruas, aos despejados, aos humilhados, aos encarcerados, aos massacrados, aos chacinados. Aos jovens negros que não tiveram chance; aos que, para a “sociedade”, valem menos do que a bala que os mata.

Em seu desfile anterior, realizado no dia 1º de abril deste ano, o Cordão reuniu cerca de mil pessoas, em desfile contra jornais, empresas e outros apoiadores da ditadura civil-militar iniciada em 1964.

O Cordão vai tomar as ruas de novo! Carnavalizar contra os incêndios nas favelas, contra a política de habitação que promove a segregação, contra a violência em relação aos moradores de rua, contra a política de higienização da Cracolândia, contra a política de transportes que carrega antes funcionários que cidadãos, e contra a política de assistência social que é uma mosca na sopa de muita gente! Com o som de nosso batuquejê, cantaremos à transformação! AS RUAS SÃO PARA LUTAR! (e quem não luta dança).

concentração será às 11h no largo General Osório (próximo à estação Luz do metrô), mesmo local em que o cordão se dispersou em abril. E não poderia haver escolha mais oportuna: entre o primeiro e o segundo desfile, entre a impunidade dos assassinos e torturadores da ditadura e o silêncio diante das chacinas diárias da população pobre, há antes continuidade do que ruptura.

Confira o trajeto do cordão.

 


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    francisco.latorre

    breu.

    ..

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