Marcha pede que mulheres denunciem agressões

Tempo de leitura: 3 min

Fotos: Marcelo Camargo/ABr

Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Com o tema Quebre o Silêncio, a terceira edição da Marcha das Vadias de São Paulo ocupou hoje (25) as ruas do centro da cidade incentivando as mulheres a denunciara violência a que são submetidas.

A polícia não estimou o número de participantes. A passeata, que partiu da Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, chegou a ocupar cinco quarteirões da Rua Augusta, a caminho da Praça Roosevelt, onde o ato se encerra.

Portando faixas e cartazes, os manifestantes, em sua maioria mulheres, pediram autonomia sobre seus próprios corpos e rechaçaram a ideia de que a roupa ou o comportamento justifiquem violência contra elas.

“A gente quer mostrar que as mulheres são livres, que a palavra vadia significa liberdade. Queremos mostrar para homens e mulheres machistas que nós temos nosso lugar e somos iguais aos homens. Há de haver esse respeito. A gente tem de sair na rua com a roupa que quiser”, disse Luana Rodrigues Silva.

Na manifestação foram distribuídos “cartões de emergência” às mulheres, que podem ser levados na carteira, com telefones de delegacias especializadas em crimes contra a mulher, do hospital Pérola Byington – que atende pessoas em situação de violência sexual – e da central de atendimento à mulher (180).

“O ideário disseminado pelo patriarcado no ensina que vadia é uma mulher vulgar, promíscua, que não esconde seus desejos sexuais e que isso é algo negativo. Que existem mulheres para se casar e mulheres para fazer sexo. A palavra vadia é usada para ofender e depreciar a imagem da mulher. Por isso o termo foi apropriado pelo movimento visando ressignificá-lo”, dizia texto distribuído pelos organizadores.

Homens também participaram da passeata. Rafael Anacleto vestindo saia apoiou o ato.  “Eu acho que a manifestação é você ser o que quiser. A marcha é um momento para que todo mundo saia e diga: eu posso ser o que eu quiser, independentemente do que se acha ou não”.

Além de São Paulo, outras treze cidades do país recebem neste final de semana a Marcha das Vadias, dentre elas sete capitais: Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, São Luiz e Aracaju.

A Marcha teve início em 2011, quando um policial disse às estudantes da Universidade de Toronto, no Canadá, que para se proteger de uma onda de violência sexual, as mulheres deveriam não se vestir como vadias. Três mil pessoas tomaram as ruas da cidade em um manifesto denominado SlutWalk, no Brasil conhecido como Marcha das Vadias.

Edição: José Romildo

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Comentários

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Jose Mario HRP

Antes de vadiar elas deveriam tomar ciencia disso:

http://noticias.r7.com/cidades/estupros-no-brasil-geram-debate-sobre-divisao-de-classe-e-genero-28052013

E se mobilizar antes de devaneios feminis!
Essa é a dura realidade do que a doença mental, as drogas e crime organizado vem fazendo com as familias e nossas filhas querida!

Anja

Na próxima eu vou.

O Brasil está anos-luz da maioria dos países ocidentais nesse tema.então a passeata é muito válida.(embora na europa os homens pratiquem outros machismos quais ir ao Brasil catar umas garotas mais jovens)

angelo

Aposentado compulsoriamente condenado por receber propina de traficante o juiz que prendeu Planet Hemp.

http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/,0fc4cd8ebf6de310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html

Gerson Carneiro

Alelúia! Ô glória!

O sangue de Gzuis tem pudê!

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Alice Matos

As Marchas das Vadias estão ficando monótonas, apesar de importantes. Tá na hora da renovação

Fátima Oliveira: A atitude corajosa e pedagógica da atriz Angelina Jolie – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Marcha pede que mulheres denunciem agressões […]

renato

[“O ideário disseminado pelo patriarcado no ensina que vadia é uma mulher vulgar, promíscua, que não esconde seus desejos sexuais e que isso é algo negativo. Que existem mulheres para se casar e mulheres para fazer sexo. A palavra vadia é usada para ofender e depreciar a imagem da mulher. Por isso o termo foi apropriado pelo movimento visando ressignificá-lo”, dizia texto distribuído pelos organizadores.]

Só para pensar!Só pensar!Hoje não estou a fim de estar a favor!
O que as mulheres pensam de si mesmas?
Quem rotula mulher na rua é mulher?
Quem chama as mulheres de vadia( ver dicionario) são mulheres.
Eu nunca vi um homem meter o braço numa mulher só por ela
ser vulgar!
Só se for a filha dele! A mulher dele ele já conhecia quando casou?

    Lucas

    machismo não é doença do homem, assim como tem servo que adora o patrão. Claro que homem chama mulher de vadia, não é só mulher não. Tem homem que não mete o braço apenas por ser uma mulher vulgar, mas tem alguns que usam isso como justificativa para ela ter sido estuprada, “compartilhando” a culpa com o agressor.

renato

(Rafael Anacleto vestindo saia apoiou o ato)
Cara do céu, por isto não dá certo, era o dia das Vadias
Nada a ver com homem vestido de Mulher.
Para isto existe outro dia.
Também não é dia dos bombeiros, nem dia da Marcha para Cristo!
Nem o dia dos Negros.Qual o outro dia?
Quem é que paga estas passeatas.
Alguém foi na periferia?
Lá o pau come!

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