Lelê Teles: Desobediência civil e dizimistas dizimados

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DESOBEDIÊNCIA CIVIL

por Lelê Teles, via e-mail

Amanhã, quem tiver ouvidos para ouvir que ouça, se cumprirá a profecia do haitiano.

Bolsonaro acabou!

Ele não dá mais as ordens; quer dizer, dá, mas ninguém mais lhe dará ouvidos.

Quem, em sua sã consciência, vai dar bola praquelas idiotices que o mentecapto relinchou na tevê?

Ele que lute.

O monstro parecia possuído.

A boca, que é apenas um rasgo horizontal no meio da cara, sem lábios e sem escrúpulos, vomitou uma porrada de sandices.

Atacou a imprensa, os governadores e os prefeitos, e ainda sobrou uma bordoada para o pobre do dráuzio.

Chamou a enfermidade que coloca o mundo em polvorosa de uma gripezinha e, de lambuja, arvorou-se saudável e atlético; tem algo mais patético?

O miserávi não consegue fazer uma flexão.

Contrariando o que vem sendo feito mundo afora, ordenou que o povo volte à labuta, que a chapa do girafas e do madeiro volte a esquentar, que a garotada volte às escolas e que trens, ônibus e metrôs voltem a se entupir de gente.

Disse, veja você, que deus capacitará os cientistas…

Deus, meus amigos, capacitando cientistas!

Eu quero ver o lattes desse deus, não deve ser o mesmo que capacita aqueles picaretas a pedirem grana na tevê.

O pronunciamento do psicopata que nos preside, que parece ter sido redigido no gabinete do ódio, é uma compilação das falas horrendas e irresponsáveis do véio da havan e daquele insensível do madeiro, misturada com as chantagens covardes do girafales tupiniquim e do justus veríssimo de botox (quero que idosos se explodam).

Não, ninguém vai voltar à escola amanhã, porque quando terminar o turno, as crianças e os jovens, bem como os professores e funcionários terão que abraçar seus pais e avós ao voltarem pra casa.

Porque dentro do ônibus lotado, cheio de não-pessoas sem histórico de atleta, vai ter gente hipertensa, fumantes com o pulmão debilitado, diabéticos…

Seria um genocídio!

Os cara do madeiro, da havan, do aprendiz e do girafas devem ter aplaudido de pé o pronunciamento da besta-fera.

Mas as pessoas que carregam esses sujeitos na cacunda têm amor à vida e à vida dos seus entes próximos.

Governadores e prefeitos, que honram o cargo que exercem, darão uma banana para ordens do furibundo tresloucado.

Atentai bem, se nada acontecer — e tudo indica que nada acontecerá — se as pessoas continuarem em casa (é o que recomendam a ciências e o bom sendo), a frase do haitiano que fala brasileiro se converterá numa gigantesca hashtag, esfregando-se na cara desses patriotas de araque.

Bolsonaro acabou!

Palavra da salvação.

PS: Se aquelas empresas que exploram a fé alheia abrirem as portas para encherem as sacolas de espórtulas, dizimistas correm o risco de serem dizimados!


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Zé Maria

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Paródia em tempos de Bolsonavírus

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