Leandro Fortes: Fixação pelos EUA provoca os estelionatos acadêmicos do bolsonarismo

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fotos Agência Brasil

PSEUDOS BACHARÉIS

por Leandro Fortes, no Facebook

A fixação das extrema direita brasileira pelos Estados Unidos e pelo american way of life criou uma onda de estelionatos acadêmicos desnudados, agora, pelo bolsonarismo.

A Universidade de Harvard, que habita o inconsciente coletivo dessa tigrada semi analfabeta, transformou-se em um delírio acadêmico orientador dos currículos de autoridades públicas ávidas por se autoafirmar como gente letrada.

Esse estelionato, além de, obviamente, criminoso, é também simbólico sobre a mentalidade colonizada dessa turba — ministros, procuradores, gestores públicos — em relação ao conhecimento.

Para a maior parte dos eleitores de Bozo, o conceito de alta escolaridade está ligado à fantasia pequeno burguesa de meritocracia, daí a profusão de currículos cheios de mestrados, doutorados e MBAs que não suportam um avaliação minimamente profissional, quando não uma simples checagem jornalística.

O caso mais recente é de um aliado de primeira hora do Reich, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, outro que formou-se na Harvard Fantasy da Bozolândia.

O fato é que o governo Bozo apenas deu visibilidade a um fenômeno que sempre esteve presente no submundo da tecnocracia brasileira, mas que, antes, não chamava a atenção, por desprezível, academicamente falando.

Assim, quatro ministros já foram pegos na mentira: Abraham Weintraub, da Educação; o antecessor dele, Ricardo Vélez Rodriguez; Ricardo Salles, do Meio Ambiente; e Damares Alves, dos Direitos Humanos.

Esta última, como sempre, inovou. Damares colocou no currículo ser mestra em educação, direito constitucional e direito da família.

Flagrada no estelionato, argumentou ter sido formada pela Bíblia.

Agora, descobriram que Deltan Dalagnol, o beato Salu do Ministério Público, apagou do currículo um alegado mestrado, claro, em Harvard.

É esse, o nível.


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Comentários

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Zé Maria

Senadores da CCJ do Senado tentaram dar um Golpe no STF,
para extinguir o Processo de criminalização da homofobia.

O texto do Projeto apreciado por alguns senadores na Comissão,
por se tratar de um substitutivo, terá de passar por nova votação
na própria CCJ, onde poderá sofrer novas modificações.
Se aprovada pela maioria do colegiado, a proposta deverá seguir
para análise da Câmara dos Deputados.

O substitutivo ameniza a tipificação do Crime de Homofobia, em comparação
com a extensão que teria se a Maioria dos Ministros do Supremo decidam por enquadrar os atos de homofobia e a transfobia nos tipos penais previstos na legislação que define os crimes de racismo.

Na sessão de hoje do STF, o ministro Relator Celso de Mello não caiu na conversa
dos senadores da CCJ do Senado e afirmou que a situação não justifica a suspensão do julgamento.
“O fato de existirem em tramitação no Congresso Nacional algumas proposições acerca do tema, não é suficiente para afastar a inércia legislativa”, disse o Relator.

O entendimento foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin, Alexandre de
Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski,
Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.
O presidente, Dias Toffoli, e Marco Aurélio votaram pela suspensão.

https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=411898
http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2019-05/stf-decide-continuar-julgamento-sobre-criminalizacao-da-homofobia
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/05/22/comissao-do-senado-aprova-em-primeiro-turno-projeto-que-criminaliza-a-homofobia.ghtml

Francisco de Assis

Mesmo que isto não tenha sido decisivo, as escolhas desses farsantes para cargos públicos que ocupam ou ocuparam, passou pela entrega de curriculos para inserção e documentação dos respectivos processos de nomeação. Comprovado isto (deve ser informação pública, podendo ser requerido, pela lei de transparência), praticaram não apenas uma farsa, mas crime de estelionato, pelo menos.

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