General Augusto Heleno coloca a faca no pescoço de Aras e do STF e partidos pretendem convocá-lo a se explicar

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José Cruz/Agência Brasil

O curioso é que a nota do general Heleno, supostamente em nome da “segurança nacional”, pode ser enquadrada na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83). Flávio Dino, governador do Maranhão

Eu sinceramente espero que o General Heleno tenha um pijama lavado e passado em casa, porque brevemente este governo cai, merecidamente, e aquela será a sua vestimenta padrão – de onde nunca deveria ter saído. Margarida Salomão (PT-MG), deputada federal 

Criou-se a encruzilhada história que definirá o futuro do país. Os militares não precisaram de um cabo e um soldado num jipe, só uma nota oficial no Twitter. Se STF insistir em investigar o presidente, haverá “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. É golpe! Jorge Solla (PT-BA), deputado federal

A nota assinada pelo general Augusto Heleno expressa uma tentativa de intimidação aos demais poderes. Trata-se de um militar que ocupa funções de segurança. O general faz uma clara ameaça ao falar em “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. Um valentão de esquina. Wadih Damous, ex-deputado federal


A declaração do “conselheiro Acácio” precisa de resposta dura dos demais poderes. Não se enfrenta o fascismo de cócoras. Renildo Calheiros (PCdoB-PE), deputado federal

Em defesa da democracia! Contra ameaças! VÁRIOS PARTIDOS assinam hoje pedido de convocação do General Augusto Heleno ao Parlamento para explicar esse pronunciamento. Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada federal

Nenhum brasileiro, nem mesmo o presidente da República, está acima da lei. Inaceitável a manifestação do ministro general Heleno com ameaças à democracia. O que Bolsonaro esconde em seu celular? Por que não se dispõe a entregá-lo voluntariamente à Justiça? Humberto Costa (PT-PE), senador

Da Redação

O general Augusto Heleno colocou a faca no pescoço do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Cabe a ele analisar os pedidos feitos por parlamentares da oposição de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro, do vereador Carlos, da deputada Carla Zambelli e do ex-ministro Sergio Moro.

O pedido foi encaminhado pelo ministro Celso de Mello para avaliação de Aras, a quem cabe decidir.

Porém, em seu despacho, Celso de Mello disse que ninguém está acima da lei:

O aspecto que venho de ressaltar evidencia, portanto, o dever jurídico do Estado de promover a apuração da autoria e da materialidade dos fatos delituosos narrados por “qualquer pessoa do povo”. A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na “notitia criminis”, motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República , independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que tal agente se ache vinculado.

O ministro do STF já havia irritado três generais ministros de Bolsonaro convocados a depor ao dizer que, em caso de negativa, poderiam sofrer condução coercitiva.


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Comentários

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Marcos Videira

O Ministro Celso de Mello demonstrou que não tem medo desses covardes militares entreguistas, fascistas traidores da Pátria.

Belmiro Machado Filho

Infelizmente nós, o povo, ANISTIAMOS estes Gorilas Verdes-Oliva Assassinos pelos crimes brutais que eles cometeram durante a Sangrenta e Assassina Ditadura Militar que durou de 1964 a 1985. Perseguiram, estupraram, torturaram impiedosamente, assassinaram sumariamente e nem crianças recém-nascidas foram poupadas. Tivéssemos punido severamente estes criminosos, figuras desprezíveis, anti-democráticas e golpistas como este Gen. Heleno, como o entrevado e vingativo Eduardo Villas Bôas saberiam exatamente o lugar deles.

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