Depois de denúncia, Molon recolhe assinaturas para CPI do Queiroz

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Reprodução

Da Redação

O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, começou a recolher assinaturas para abrir a CPI do Queiroz.

Ele quer saber se o Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo araponga-chefe general Heleno, e a Abin de alguma forma tentaram interferir ou bisbilhotar as apurações do Ministério Público sobre o filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio.

A denúncia foi feita pela revista Época.

O senador Randolfe Rodrigues, da Rede, diz que qualquer interferência poderia representar crime de responsabilidade.

Ele e Molon querem o afastamento do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e do diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

A denúncia da Época é de que em agosto do ano passado advogadas de Flávio foram ao GSI denunciar que o senador teria sido alvo de um investigação ilegal no âmbito da Receita Federal.

Teriam pedido atuação do órgão para tentar extinguir o processo.

De acordo com Molon, “é um ataque à Constituição e às leis do país o presidente da República usar seu cargo público e as instituições de inteligência para tentar livrar seu filho de uma investigação criminal, conduzida pelo Ministério Público. Não é assunto de segurança familiar, mas de blindagem da família contra a aplicação da lei”.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que prepara mandado de segurança para afastar Heleno e Ramagem, além de pedir ao STF ordem contra Bolsonaro para que ele não se envolva no caso Queiroz.

Para Randolfe, “esse caso revela o uso político das instituições da República para fins particulares e, o que é pior, para desviar e impedir uma investigação contra a corrupção”.

No Congresso, a oposição quer convocar Heleno e o ministro Paulo Guedes, da Economia, sob o qual atua a Receita.

Foi um relatório do extinto Coaf que desatou a investigação do hoje senador Flávio Bolsonaro, suspeito de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito através do esquema de rachadão organizado por Queiroz — desvio de dinheiro público dos salários de assessores parlamentares para beneficiar o clã Bolsonaro.

O GSI divulgou nota a respeito:

Chegou ao conhecimento do GSI, de maneira informal, por meio das advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, informação acerca de supostas irregularidades, que teriam sido cometidas em relatórios da Receita Federal.

De acordo com as citadas advogadas, tais denúncias foram trazidas ao GSI, em tese, por atingir integrante da família presidencial. Entretanto, à luz do que nos foi apresentado, o que poderia parecer um assunto de segurança institucional, configurou-se como um tema, tratado no âmbito da Corregedoria da Receita Federal, de cunho interno daquele órgão e já judicializado.

Diante disso, o GSI não realizou qualquer ação decorrente. Entendeu que, dentro das suas atribuições legais, não lhe competia qualquer providência a respeito do tema.


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Zé Maria

O Milico Babão e Mijão de Pijama, no GSI,
dá mais bandeira que o Figueiredo, no SNI.

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