Depois de advogada denunciar “pacto da morte” entre governo e Prevent, senador Humberto Costa pergunta: onde anda o Conselho Federal de Medicina?

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Reprodução

Da Redação

A advogada Bruna Morato fez um depoimento devastador à CPI da Pandemia em nome de médicos e ex-médicos da operadora Prevent Senior.

Ela contou, por exemplo, que para abrir vagas nas UTIs dos hospitais do plano, a oxigenação dos pacientes era reduzida depois de 10 a 14 dias.

Bruna afirmou não considerar a prática como parte de qualquer protocolo de medidas paliativas, já que a redução do oxigênio poderia complicar o quadro dos pacientes, levando a óbito.

Ela pediu que a CPI investigue os prontuários de pacientes das UTI da Prevent.

De acordo com a representantes dos médicos, a Prevent atrasava a internação de pacientes, que quando davam entrada no hospital estavam com casos graves de pneumonia e logo eram sedados com morfina.

A advogada também afirmou que o diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Jr., mentiu à CPI ao dizer que uma paciente citada como morta pelo dossiê dos médicos estava viva.

Bruna Morato afirmou que os nomes dos 9 pacientes mortos durante o “estudo observacional” que a Prevent assume ter feito com drogas ineficazes, como hidroxicloroquina e azitromicina, constam no Cadastro Nacional de Óbitos.

De acordo com os médicos, a Prevent manipulou os resultados do estudo omitindo a morte de ao menos 6 pacientes que tomaram cloroquina.

Subsequentemente, o pseudo estudo foi promovido nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos filhos dele.

A advogada também disse que havia um pacto ideológico entre o Ministério da Economia e a Prevent, no sentido de oferecer à população o sentimento de segurança para sair às ruas mesmo com a pandemia em andamento.

Daí o fato de a operadora oferecer o kit covid indiscriminadamente, sem receita médica, como “tratamento”, o que reduziria seus custos.

O jornalista investigativo Gilberto Nascimento já denunciou em um post de rede social que sua mãe e outro parente receberam em casa o kit covid da Prevent, sem receita médica, mas rejeitaram o uso das drogas ineficazes.

Pacientes tomaram cloroquina antes mesmo de ter o resultado de testes confirmando a covid.

A advogada citou os médicos Anthony Wong, Nise Yamaguchi e Paolo Zannoto como integrantes do gabinete paralelo, que intermediava a relação entre o governo Bolsonaro e a Prevent.

Wong morreu num hospital da Prevent Senior em janeiro deste ano. Ele teve covid, mas o hospital não mencionou a doença no atestado de óbito.

Nise foi a responsável por acompanhá-lo. Wong recebeu todo tipo de tratamento experimental, inclusive mais de 20 sessões da ozonioterapia retal.

A CPI pediu proteção policial à advogada denunciante, que em seu depoimento contou que seu escritório foi alvo de invasão por três pessoas bem vestidas logo depois da primeira denúncia baseada no dossiê preparado por ela ter saído na imprensa.

Ao fazer um balanço do depoimento, o senador Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, perguntou: onde está o Conselho Bolsonarista Federal de Medicina?


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Comentários

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Zé Maria

‘Ainda existem Medic@s em Berlim’

CFM “Cúmplice”
Associação de Médic@s pela Democracia
critica Conselho Federal de Medicina (CFM)
no Escândalo da Prevent Senior
Em Nota Médic@s lamentam “omissão”
do Órgão e acionam TCU e MPF para
solicitar que a Autarquia Federal cumpra
suas responsabilidades institucionais legais

Íntegra da Nota:

“A sociedade brasileira assiste, estarrecida, às revelações de que operadora de plano de saúde Prevent Senior teria usado pacientes como “cobaias” em experimentos em que foram utilizados medicamentos visando o “tratamento precoce” da COVID 19, mesmo depois da comprovação da ineficácia destes medicamentos para a doença.

Tais experimentos teriam ocorrido com o cometimento de diversas irregularidades, dentre elas a sonegação de informações aos pacientes, adulteração de prontuários, a omissão de óbitos, o uso indevido de medicamentos do denominado “kit COVID” e a imposição de prescrição aos médicos do corpo clínico, em clara afronta ao preceito da autonomia médica.

Investigações realizadas pela CPI da COVID e, agora, pelo Ministério Público de São Paulo sugerem que as práticas ilícitas da Prevent Senior teriam se dado em estreita associação com o chamado “gabinete paralelo” articulado de dentro do Palácio do Planalto, visando sobretudo incentivar a utilização ampla da hidroxicloroquina e da ivermectina, ao tempo em que se desprezava a estratégia da vacinação e do distanciamento social.

Durante todo esse período, o Conselho Federal de Medicina – CFM manteve-se omisso em relação aos desmandos da Prevent Senior e à própria utilização do “tratamento precoce”. Por sua omissão, o CFM tornou-se cúmplice do governo federal nas políticas de enfrentamento a COVID19 contrárias ao preconizado pela OMS e por protocolos internacionais, desconsiderando as melhores evidências científicas existentes.

​Atuando de maneira desvirtuada, o CFM afastou-se de seu compromisso maior, que é a “defesa dos direitos dos pacientes, a necessidade de informar e proteger a população assistida, buscando fazer com que a medicina esteja a serviço do paciente, da saúde pública e do bem-estar da sociedade, de maneira harmônica e equilibrada”.

​O conceito de “autonomia do médico” foi deturpado , passando a ter valoração amplificada e contrária à Ciência, ao tempo em que a “autonomia do paciente” passou a ser sumariamente omitida, negando-se o que preconiza o próprio Código de Ética Médica de que deva haver a “harmonização entre os princípios das autonomias do médico e do paciente”.

​Os prejuízos causados à saúde pública e, por conseguinte, à sociedade brasileira pelo posicionamento do CFM não podem ficar impunes.
Os próprios médicos e médicas brasileiros passaram a ser vítimas desse posicionamento, na medida em que ficaram expostos à pressão brutal de interesses obscurantistas e mercantilistas, a exemplo do que ocorreu com diversos médicos da Prevent Senior.

Nesse sentido, médicas e médicos defensores da ciência, da vida e da saúde da população brasileira, reiteram sua cobrança ao Conselho Federal de Medicina para que assuma as responsabilidades previstas na legislação brasileira e adote posicionamento condizente com o papel que lhe cabe.
Ao mesmo tempo, solicitam ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União para que adotem as medidas que se fizerem necessárias para que o CFM cumpra suas responsabilidades institucionais.

Fortaleza (CE), 28 de setembro de 2021

Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia – ABMMD
Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

https://medicospopulares.org/pelo-resgate-do-papel-do-cfm/

Francisco Hernandez

Respondendo a pergunta: onde esta o CFM? Chafurdando na lama!

Zé Maria

“A Prevent Senior tinha autorização do governo,
tinha autorização do Conselho Federal de Medicina,
autorização do Ministério da Saúde,
tinha autorização para matar em nome do
desenvolvimento de uma fórmula milagrosa”,
resumiu o Senador Rogério Carvalho (PT-SE).

[ Reportagem: Eduardo Maretti | Rede Brasil Atual, via Brasil de Fato ]
Íntegra:

https://www.brasildefato.com.br/2021/09/28/prevent-senior-tinha-permissao-para-matar-em-nome-de-formula-milagrosa-diz-senador

Zé Maria

“A Inversão Moral na Alemanha Nazista:
a Transformação do Crime em Virtude
e da Violência em Valor Positivo.”

“No código moral nazista, a lealdade e a obediência [*], no cumprimento do dever,
estavam acima de sentimentos como solidariedade e compaixão.

A moral deixava de ser a consciência individual sobre o certo e o errado
e passava a emanar de um ente externo ao sujeito:
a autoridade messiânica, detentora da ‘verdade’.”

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-11042014-121333/publico/2013_MarcosGuterman.pdf

Vilmer Braga

Anda morto dr Humberto Costa. Táo com o c.u na mão.
É conselho dos médicos, não é conselho dos pacientes.

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