Coronel Íbis: Desmilitarização proposta por Luís Eduardo é a única via possível para a segurança pública

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Desmilitarização, uma saída possível

por João Francisco Werneck

Foi lançada nessa sexta-feira, 24, no Rio de Janeiro, a mais recente obra do antropólogo Luis Eduardo Soares: Desmilitarizar.

A ocasião serviu também para se debater a desmilitarização da polícia, assim como as consequências e os desafios envolvidos nesse processo.

Para o coronel Íbis Pereira, ex-comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro e atualmente na reserva, há um sentimento de banalização da barbárie que predomina nas discussões acerca da segurança pública.

“Se continuarmos com esta gaiola de ferro, com polícia militarizada, governador atirando de helicópteros, essa será a regra”, alertou.

Para o coronel Íbis, a desmilitarização proposta no novo livro de Luís Eduardo “é única via possível para discutirmos a segurança pública”.

O aspecto que causou a maior convergência de ideias no decorrer do debate foi a situação das comunidades carentes no Rio de Janeiro.

A maioria dos convidados concordou que há um genocídio da população negra nas periferias.

Para o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), há um perigo que pode complicar ainda mais a já delicada situação: o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, que defende o excludente de licitude.

“A despeito das inconstitucionalidades do projeto, o excludente de licitude amplia a capacidade de mortes”, adverte Freixo.

Para Freixo, o excludente de licitude não pode ser entendido como um programa para segurança pública.  “A nossa única saída é pelo afeto”, frisou.

Para Jandira, o pacote de Moro busca apresentar uma espécie de “licença para matar”.

Segundo a deputada, há uma legitimação da execução pública pela polícia, contando com a participação do governador do Rio, Wilson Witzel, e do presidente da República.

“A autorização para o abate é inaceitável, é perigosíssimo para o nosso Estado Democrático de Direito”, concluiu Jandira.

 


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Zé Maria

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