Bolsonarista vai em cana de novo, agora por propagar fake news contra Boulos

“Impedido de frequentar as redes sociais, em data recente, o investigado desrespeitou a ordem judicial e foi autor de inúmeras fake news em que imputou crimes a candidato a prefeito da cidade de São Paulo, sendo necessária ordem judicial da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo para retirada do conteúdo”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes em sua decisão.

Preso, o blogueiro Oswaldo Eustáquio foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde será instalada uma tornozeleira para cumprimento de prisão domiciliar.

Ele foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal para recolhimento de aparelhos eletrônicos.

O jornalista continua tendo acesso às redes sociais. No Twitter, são 128 mil seguidores do bolsonarismo raiz.

De acordo com o Intercept, Eustáquio é um difamador profissional. 

Na eleição de São Paulo, foi o responsável por propagar fake news contra Guilherme Boulos, do Psol, que acusou de lavagem de dinheiro.

Ele também denunciou um suposto complô de Luciano Bivar, presidente do PSL, contra Bolsonaro.

Bivar teria procurado formas de prender militantes pró-Bolsonaro com o objetivo de isolar o presidente da República e eventualmente controlar todo o fundo partidário do PSL.

É uma teoria da conspiração para justificar a prisão de Sara Giromini e do próprio Eustáquio, ambos denunciados no inquérito do STF que apura fake news e mensagens de ódio contra a Corte e a Câmara.

Giromini está em prisão domiciliar. Eustáquio passou dez dias na cadeia. Agora, também ficará recolhido em casa.

Curiosamente, Eustáquio continuou tendo acesso à mídia de extrema-direita, como a rádio Jovem Pan de São Paulo, mesmo depois de ser alvo da PF.

Foi na rádio que ele denunciou a suposta conspiração de Bivar.

Eustáquio teve sua conta no You Tube suspensa, mas mantém — supostamente através de terceiros — a conta no Twitter.

Foi nesta conta, no domingo, que ele “denunciou” sem provas fraude eleitoral no Brasil.