Bebianno diz que foi demitido por Carlos Bolsonaro e que governo tem “fofoqueira perigosíssima”; veja como foi a entrevista

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, deixou o cargo atirando.

Mas mirou apenas em Carlos Bolsonaro, a quem atribuiu sua demissão.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele disse que a guerra movida pelo filho de Jair Bolsonaro contra ele começou ainda durante o período eleitoral.

Bebianno afirmou que, quando Carlos desistiu de concorrer à Câmara Federal pelo Rio de Janeiro, o nome dele, Bebianno, chegou a ser cogitado.

Teria nascido então a divergência.

O ex-ministro disse que teve sua indicação ao ministério bombardeada por Carlos ao longo de todo o período de transição.

Bebianno negou que seja um “homem-bomba” e que tenha denúncias a fazer contra Bolsonaro ou seu governo.

Negou que tenha vazado informações à imprensa.

Disse que seu encontro com Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, seria institucional.

Lembrou que Tonet já havia se reunido antes com os generais Augusto Heleno e Santos Cruz, além de Onyx Lorenzoni, todos integrantes do governo Bolsonaro.

O ex-ministro disse que foi informado por Jair Bolsonaro, a certa altura, de que não deveria participar de encontros com militares integrantes do governo, que teriam dúvidas sobre o ex-presidente do PSL.

Bebianno atribuiu o mal estar a uma “fofoqueira”, “perigosíssima”, que é ainda integrante do governo — ele não quis identificar.

O ex-ministro disse que só mais tarde conseguiu desfazer os supostos ataques da “fofoqueira” e se aproximou dos ministros militrares, aos quais elogiou ao longo da entrevista.

Sobre a presença de Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto, disse que os ministros se espantavam quando todos eram obrigados a deixar seus celulares do lado de fora, mas o filho do presidente participava de reuniões sem se submeter à exigência, apesar de não integrar formalmente o governo.

“Minha indignação é a de ter servido como um soldado disposto a matar e morrer e no fim ser crucificado e tachado de mentiroso porque o Carlos Bolsonaro fez uma macumba psicológica na cabeça do pai”, disparou.

Bebianno terminou a entrevista dizendo que deseja um futuro positivo à carreira política de Carlos Bolsonaro.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

O Quadrunvirato do Governo de Jair Bolsonaro:
Hipocrisia, Cinismo, Desfaçatez e Sem-Vergonhice.

Nilo

Isso não passa de cascata para livrar a cara do Flavito.
Se vai cair atirando pq não detonou o bozo. Muito estranho essa briguinha com 40 e poucos dias de governo. Nenhum governo briga tão rápido e nem ministro cai por causa dessa bobagem.

Deixe seu comentário

Leia também