Altamiro Borges: Estamos todos de luto; o jornalismo crítico perde muito o fio de sua navalha

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Adeus, Paulo Henrique

Barão de Itararé

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé se despede do jornalista e ansioso blogueiro Paulo Henrique Amorim. A notícia de sua morte, nesta quarta-feira, 10 de julho de 2019, nos deixou a todos consternados e tristes.

Jornalista com longa trajetória profissional, um dos mais importantes do país, dividiu com todos nós, do Barão, o desafio de construir uma organização que tem como centro a luta por uma comunicação mais democrática.

Paulo Henrique idealizou, batizou, fundou e ajudou a fortalecer o Barão de Itararé ao nosso lado. Era nosso presidente de honra.

Começou sua carreira profissional em 1961 e se projetou rapidamente como uma das referências da profissão. Passou pelos principais veículos de imprensa do país e conhecia, como ninguém, os limites para a livre circulação da informação e da opinião na grande mídia.

Com a internet, fundou o Blog Conversa Afiada, onde passou a expressar livremente suas opiniões e a fazer um jornalismo sem tutela. Orgulhava-se de ser um blogueiro sujo e ansioso, que se dedicava a desnudar o papel golpista da mídia hegemônica, como ele mesmo costumava chamar, o Partido da Imprensa Golpista – PIG.

Se colocou como uma das principais vozes em defesa da democratização da comunicação, em defesa da liberdade de expressão. E foi perseguido e processado por isso.

Com sua partida, o jornalismo crítico perde muito o fio de sua navalha. Perdemos seu humor, sua determinação e sua coragem. Perdemos sua inquietação e sua indignação que eram combustíveis para fazer uma luta sem tréguas contra a obscurantismo, o autoritarismo e a censura.


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Comentários

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Elena

Ficamos todos órfãos. Me sinto como se tivesse perdido alguém da família. Nunca esqueceremos PHA e seu humor irreverente e suas críticas contundentes à nossa imprensa golpista e a esse governo canalha que nos governa. Dei uma checada nos blogs progressistas para ver o que escreveram sobre PHA, e no blog do jornalista Ricardo Kotscho não vi nenhuma linha referente ao PHA. Achei super estranho.

Sagarana

De qual PHA você está falando, o dos anos 90 ou o do século XXI?

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