Trump continua punindo seus próprios eleitores com covid, mesmo depois de vacinação em massa nos EUA

Da Redação

Os Estados Unidos tiveram 135.811 casos de covid-19 no dia 2 de agosto, retornando ao patamar do final de janeiro de 2021.

Porém, desta vez, os casos estão concentrados em bolsões de pessoas que recusaram a vacinação, numa correlação direta com regiões onde o ex-presidente Donald Trump foi melhor votado em 2020.

O condado de Sabine, no Texas, por exemplo, experimentou um aumento de 5.100% na média móvel de novos casos nas últimas duas semanas. Lá, Trump obteve 87,19% dos votos nas eleições presidenciais, contra 12,19% do democrata Joe Biden. Em Sabine, apenas 29% dos moradores estão completamente imunizados.

Em todos os dez condados do Texas, Louisiana, Mississipi e Flórida que lideram a disparada de casos, Trump venceu em 2020 e as taxas de vacinação estão entre 29% e 41%, quando o número nacional é de 50%.

46.447 pessoas estão sendo hospitalizadas diariamente nos Estados Unidos. O número de mortes diárias, em média de 341 nas últimas duas semanas, apresenta alta de 27%.

O estado que lidera o número de novos casos é a Lousiana, que tem 7 dos dez condados campeões de novos casos no país.

Em todos eles Trump teve vitória esmagadora em 2020: no condado de Livingstone, bateu Biden por 84,1% a 14,2%. No de Lafourche, teve 79,4% a 19,1% de Biden.

A variante Delta tornou-se dominante nos Estados Unidos ao mesmo tempo em que a campanha de vacinação esbarra no negacionismo.

Mesmo em cidades com alta taxa de vacinação, como Nova York, o prefeito decidiu exigir prova de imunização para permitir acesso a restaurantes, cinemas e academias de ginástica — uma forma de convencer os reticentes a se imunizar.

Duas empresas, a Microsoft e a Tyson Foods, que empregam juntas 220 mil trabalhadores, decidiram exigir prova de vacinação de seus trabalhadores para a manutenção do emprego.