Sábado Resistente discute as manifestações de junho

Tempo de leitura: 3 min

As manifestações de junho, a defesa da democracia e a afirmação da luta pelo resgate da memória política

Sábado Resistente deste mês discutirá a conjuntura política. Dia 27 de julho, no Memorial da Resistência de São Paulo, das 14h às 17h30 – Largo General Osório, 66 – auditório 5º andar.

As manifestações de junho, que levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas em todo o país, trouxeram o claro recado aos governos e às instituições de que a população não aceita mais a violência policial, quer participar das decisões que impactam a vida cotidiana do povo brasileiro e aumentar o controle social sobre os governantes e legisladores.

A mobilização que começou com a reivindicação do Movimento pelo Passe Livre pela redução das tarifas dos transportes coletivos, e cresceu em resposta à violência policial contra manifestantes e jornalistas, ganhou outras pautas à medida que movimentos sociais com propostas específicas e segmentos da sociedade civil se incorporaram aos protestos.

Nas ruas, o comportamento de grupos autoritários que tentaram impedir que partidos políticos e o movimento sindical levantassem suas bandeiras, assim como atacaram profissionais e veículos da grande imprensa, acendeu o debate sobre os limites do direito à manifestação e, principalmente, sobre tentativas de manipulação do povo nas ruas com o objetivo de promover a desestabilização das instituições e o retrocesso político.

Para debater como a nova agenda política criada a partir de junho se relaciona com pautas em andamento, como os trabalhos das Comissões da Verdade, e o que querem os novos movimentos sociais que defendem a horizontalidade política e utilizam as redes sociais como forma de mobilização, esse Sábado Resistente vai discutir com protagonistas das mobilizações, estudiosos, militantes e jornalistas.

Dessa troca de experiências, com certeza, resultarão importantes aprendizados para os militantes que defendem a democracia e o aprofundamento das investigações para resgatar a memória política do país como forma de barrar qualquer tentativa de volta ao autoritarismo.

PROGRAMAÇÃO

14h: Boas vindas

Kátia Felipini (Coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo)

Coordenação: Milton Bellintani (diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política)

14h15 – 16h45: Palestras

Carla Bueno (militante do Levante Popular da Juventude)

Celso Curi (crítico de teatro, militante e ex-coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo)

Gabriela Alves (militante feminista)

Ladislaw Dobor (professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)

Luiz Carlos Azenha (jornalista, editor do blog Viomundo)

Lucas Oliveira (Representante do Movimento Passe Livre)

Sérgio Vaz (poeta, criador da Cooperifa – Cooperativa Cultural da Periferia)

16h45 – 17h30: Debate com o público

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.

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Comentários

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João

Nas manifestações de ontem em São Paulo, cerca de 100 policiais da polícia do Alckmin não conseguiram conter 300 manifestantes. “A orientação é não causar confronto”, teria dito um policial à Folha”.

A notícia na Folha

O ato reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a PM. A maioria era adepta da estratégia de protesto anticapitalista “black bloc”, que prega a destruição do patrimônio privado.

Os manifestantes –muitos mascarados e de preto– depredaram 13 bancos, a estação Trianon-Masp, uma loja de carros, semáforos e um furgão da TV Record.

A polícia só interveio uma hora depois. “A orientação é não causar confronto”, disse à Folha um soldado.

Os manifestantes se concentraram por volta das 18h no vão-livre do Masp. De lá, saíram em marcha no sentido Paraíso, tendo à frente uma faixa com os dizeres “Vaza Cabral”.

Um grupo abriu outra faixa que dizia “Fora Alckmin”. Foi repreendido por outros participantes, com o argumento de que a pauta do dia era o governador do Rio, mas conseguiu aval para seguir.

Outro grupo puxou gritos de “Alckmin, pode esperar, a tua hora vai chegar”.

“O povo do Rio hoje não pode ter voz. Mas quero dizer que essa manifestação é pacifica”, disse um rapaz, sendo vaiado e sufocado pelos gritos de “sem pacifismo”.

O vandalismo começou assim que o ato deixou o Masp, às 19h. Um grupo arrancou o corrimão de uma agência do Itaú e o usou para destruir a fachada deste e de outros bancos. Em algumas agências foram destruídos computadores, mesas e cadeiras.

Apesar dos gritos de “só banco”, eles depredaram equipamentos públicos, como semáforos, relógios e canteiros. Cabines da PM foram arrancadas e usadas como escudos.

A marcha seguiu pela av. 23 de Maio. Manifestantes invadiram um ônibus e o atravessaram no meio da pista Congonhas, bloqueando-a.

A PM só atuou quando a marcha já estava na 23 de Maio, lançando bombas de gás contra o grupo atacou o furgão da Record. A corporação negou que tenha demorado a agir. Disse que chamou reforços quando notou que o protesto deixou de ser pacífico”.

Estranho, muito estranho!
Eu não duvido nada de que esses grito contra o Alckmin seja um álibi.
Quem vai pagar os prejuízos causados às agências bancárias?

Mailson

ESTÁ FICANDO ENGRAÇADO: A MANIFESTAÇÃO DE ONTEM EM SÃO PAULO FOI CONTRA O GOVERNADOR DO RIO. 300 PESSOAS (ESTE FOI O NÚMERO DE MANIFESTANTES) SAIRAM QUEBRANDO TUDO QUE ENCONTRAVA PELA FRENTE. TAI O RESULTADO, SEGUNDO A FOLHA DE SÃO PAULO.

Na Folha:

“O ato reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a PM. A maioria era adepta da estratégia de protesto anticapitalista “black bloc”, que prega a destruição do patrimônio privado.

Os manifestantes –muitos mascarados e de preto– depredaram 13 bancos, a estação Trianon-Masp, uma loja de carros, semáforos e um furgão da TV Record.

A polícia só interveio uma hora depois. “A orientação é não causar confronto”, disse à Folha um soldado.

Os manifestantes se concentraram por volta das 18h no vão-livre do Masp. De lá, saíram em marcha no sentido Paraíso, tendo à frente uma faixa com os dizeres “Vaza Cabral”.

Um grupo abriu outra faixa que dizia “Fora Alckmin”. Foi repreendido por outros participantes, com o argumento de que a pauta do dia era o governador do Rio, mas conseguiu aval para seguir.

Outro grupo puxou gritos de “Alckmin, pode esperar, a tua hora vai chegar”.

“O povo do Rio hoje não pode ter voz. Mas quero dizer que essa manifestação é pacifica”, disse um rapaz, sendo vaiado e sufocado pelos gritos de “sem pacifismo”.

O vandalismo começou assim que o ato deixou o Masp, às 19h. Um grupo arrancou o corrimão de uma agência do Itaú e o usou para destruir a fachada deste e de outros bancos. Em algumas agências foram destruídos computadores, mesas e cadeiras.

Apesar dos gritos de “só banco”, eles depredaram equipamentos públicos, como semáforos, relógios e canteiros. Cabines da PM foram arrancadas e usadas como escudos.

A marcha seguiu pela av. 23 de Maio. Manifestantes invadiram um ônibus e o atravessaram no meio da pista Congonhas, bloqueando-a.

A PM só atuou quando a marcha já estava na 23 de Maio, lançando bombas de gás contra o grupo atacou o furgão da Record. A corporação negou que tenha demorado a agir. Disse que chamou reforços quando notou que o protesto deixou de ser pacífico”.

Tá ficando gostoso, não está BOECHART DA BAND?

Mateus Nascimento

vai ter transmissão online ? ou gravação no youtube ?

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