Toni Reis: “A Igreja não deve dizer o que é crime e o Estado, o que é pecado”

Tempo de leitura: 5 min

Discurso do Presidente da ABGLT, Toni Reis, na abertura da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT):

“Boa noite a todas, em homenagem às delegadas do gênero feminino, que representam 60% do total dos/das delegados/as presentes em nossa conferência.

Eu gostaria de começar saudando a ministra Maria do Rosário em nome de quem saúdo toda a mesa.

Eu gostaria de fazer uma citação especial a todas as delegadas e delegados, convidadas e convidados, observadoras e observadores, que estão aqui já quase no fim do ano.  Com todas as diferenças, com todas as subjetividades, toda a pluralidade, estamos escrevendo a história da luta pelos direitos humanos da população LGBT no Brasil.

Gostaria aqui de deixar o nosso reconhecimento a uma figura imprescindível da maior conquista da cidadania LGBT na história do Brasil. Estou falando do Ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Brito, que relatou as ações que culminaram com o reconhecimento das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Gostaria que todos se levantassem e dessem uma salva de palmas.

De importância enorme nesse processo que resultou na decisão do STF, também gostaria de agradecer a Dra. Deborah Duprat, Subprocuradora-Geral da República, que apresentou a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4277, sobre este mesmo assunto.

Gostaria também de expressar o reconhecimento a outra figura importante que alcunhou o termo homoafetividade, sendo utilizada por vários ministros do STF em seus discursos, além de ser a grande articuladora do Estatuto da Diversidade da OAB, a ex-desembargadora, feminista, ativista, nossa querida amiga Maria Berenice Dias, a qual eu peço igualmente uma salva de palmas.

Quando pensamos o contexto internacional observando os direitos humanos para LGBTs, encontramos 75 países que criminalizam a homossexualidade com cárcere e dentre esses, 7 países punem os homossexuais com a  pena de morte. Mesmo com esse quadro desfavorável, tivemos um avanço importante nas Nações Unidas, que aprovaram uma resolução reconhecendo os direitos humanos da nossa população. O Brasil, através do Ministério das Relações Exteriores teve um papel protagonista nessa conquista, o que muito nos alegra.

Isso é fruto de uma articulação internacional de organizações e ativistas que deram enorme contribuição para a luta LGBT e está aqui a Secretária Geral da ILGA, Gloria Carreaga, uma mulher mexicana, feminista, lésbica que pode ser testemunha disso.

Tão perto de nós está nossa vizinha Argentina, cuja presidenta Cristina Kirchner, que acabou de ser reeleita com 54% dos votos não mediu esforços para aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e apoiou integralmente a Lei de Identidade de Gênero, que foi aprovada na Câmara dos Deputados por maioria esmagadora e que garante todos os direitos para as pessoas trans (mudança do nome civil e mudança de gênero). Pedro Paradiso Sottile, reconhecido ativista LGBT e membro do Ministério da Justiça da Argentina está aqui e pode comprovar o que estou dizendo.

Outro exemplo importante na política internacional é a posição clara do governo norte-americano.  Barack Obama e Hillary Clinton defendem em todos os fóruns internacionais os direitos para as pessoas LGBTs. “Sexual Orientation” e “Gender Identity”, ou seja, “Orientação Sexual e Identidade de Gênero” e não “opção”como temos escutado aqui no Brasil. Opção é escolher num cardápio entre feijoada ou macarrão fetuccini. Obama e Hilary são exemplos a serem seguidos, pois estão conclamando todos os países a cessarem a perseguição contra homossexuais e pessoas trans, apesar de enfrentarem diariamente uma política fundamentalista expressa pelo Tea Party (os republicanos).

RECORDAR É VIVER

Agora vem em minha mente aquele momento lindo que tivemos em 2008, quando o presidente Lula veio à abertura da I Conferência Nacional, acompanhado de 08 ministros de Estado. Me desculpem os poucos ministros aqui presentes e a ausência da Presidenta Dilma, mas envolvimento e participação são fundamentais para transformar um país homofóbico num país que respeite as diferenças e combata a miséria, pois miséria não é só falta das coisas… é também deixar matar um homossexual a cada 36 horas no país.

Naquela ocasião eu chorei, todos nós choramos. Foi um marco do reconhecimento da nossa luta por direitos humanos e da necessidade do governo brasileiro incorporar as políticas LGBTs nas suas ações.

Nesse momento em que o grande guerreiro do povo brasileiro passa por um momento difícil, eu quero deixar, se me permitem, em nome de todos LGBTs do Brasil, um recado: Força Lula!  Você ainda tem muito que contribuir com nosso país.

Falando de hoje, queria falar diretamente para a Presidenta Dilma: … Muitos LGBTs votaram em você. Eu sou um deles!  E, você sabe,  viado e sapa é que nem geladeira, toda família tem… só muda o modelo, marca e tamanho.

Infelizmente você não pôde estar conosco, mas está muito bem representada pelo Ministro Secretário-Geral da Presidência, meu conterrâneo Gilberto Carvalho (já fizemos muita coisas juntos, muitas campanhas, muitos sonhos…), pela Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e pela Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Bairros.

Presidenta Dilma: você falou essa semana na abertura da Conferência das Mulheres que não haverá retrocesso em seu governo.  E é o mesmo que queremos dizer hoje aqui: NÓS TAMBÉM NÃO QUEREMOS RETROCESSO! Queremos a liberação imediata do material didático pedagógico do Projeto Escola sem Homofobia. Não aceitamos num país laico como definido em sua Constituição que religiosos homofóbicos se tornem censores das políticas públicas.

Segundo pesquisas divulgadas, cerca de 70% da nossa comunidade  já foi discriminada e 20% já sofreu violência física.

Infelizmente, o ano de 2011 foi marcado pelo crescimento da violência homofóbica. Assistimos a veiculação de diversas notícias de agressões físicas nas ruas, nas universidades, nas escolas e espaços públicos em geral. Grupos de skinheads, de orientação nazista, bem como homofóbicos em geral, têm aterrorizado homossexuais em vários lugares do nosso país.

O que nós da ABGLT queremos, a exemplo da juventude, dos idosos, das crianças e adolescentes — nós queremos a criação de uma Secretaria Nacional LGBT.  Essa lacuna tem que ser preenchida e temos que ser tratados de forma igual aos outros segmentos.

As políticas públicas devem ter como princípios a garantia da laicidade do Estado. Queremos que o pacto federativo seja efetivo, e que os Estados e Municípios assumam a sua responsabilidade nessas políticas com a instalação e fortalecimento do tripé da cidadania LGBT, a instalação de uma coordenadoria, a implantação de um Conselho e a criação do Plano para implantação das políticas, com a garantia de recursos orçamentários, com controle social, transversalidade, equidade de gênero, regionalidade, territorialidade, recorte étnico-racial, geracional, garantia da acessibilidade universal entre outros.

No legislativo queremos a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA JÁ! Pela aprovação da Lei Alexandre Ivo.

Pela aprovação do casamento civil e a lei de identidade de gênero, que respeita a identidade civil das pessoas trans.

O fundamentalismo religioso é uma erva daninha que tem se alastrado nas salas onde decisões importantes em relação aos direitos sexuais e reprodutivos devem ser tomadas para garantia de diretos.

A IGREJA NÃO DEVE DIZER O QUE É CRIME, ASSIM COMO O ESTADO NÃO DEVE DIZER O QUE É PECADO!

Os direitos humanos ou valem para todos e todas, ou não valem para ninguém.

Não queremos guerra, queremos paz e amor ao próximo.

Para concluir, gostaria de citar Chico Xavier:

“A gente pode
morar numa casa mais ou menos
morar numa rua mais ou menos
morar numa cidade mais ou menos
e até ter um governo mais ou menos
A gente pode

Olhar em volta e sentir que tudo
está mais ou menos
TUDO BEM
O que a gente não pode mesmo,
nunca, de jeito nenhum,
É amar mais ou menos
É sonhar mais ou menos
É ser amigo mais ou menos

Senão a gente corre o risco de se
tornar uma pessoa mais ou menos.”

A nossa luta é todo dia por um Brasil sem homofobia”.

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Comentários

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beattrice

Um retrato claro do grau de discriminação e de histeria que os evangélicos e católicos dispensam ao tema foi apresentado publicamente ao vivo e a cores na audiencia publica do senado que discutiu a questão da homofobia, no PL 122/2006, pastores e sua torcida organizada chegaram ao ponto de desrespeitar publicamente a autoridade constituida, senadores, durante o debate.
Alguns declararam sem margem a duvidas que jamais votarao a criminalização da homofobia.
Para reflexao um texto do Tulio Vianna:

"O Congresso Nacional brasileiro não costuma convidar traficantes de drogas para audiências públicas destinadas a debater se o tráfico de drogas deve ou não ser crime.
Também não convida homicidas, ladrões ou estupradores para dialogarem sobre a necessidade da existência de leis que punam seus crimes.
Já os homofóbicos têm cadeiras cativas em todo e qualquer debate no Congresso que vise a criar uma lei para punir suas discriminações.
Estão sempre lá, por toda parte; e é justamente por isso que a lei ainda não foi aprovada."
http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_m

FrancoAtirador

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DEUSES E MITOS

Bilhões de auroras foram necessárias
Até que o fogo se fizesse lava,
Até que a lava se fizesse pedra,
Até que a pedra se fizesse Terra.

Bilhões de auroras foram necessárias
Até que os brutos se tornassem homens,
Até que os homens se tornassem anjos,
Até que os anjos se tornassem Deuses.

Bilhões de auroras foram necessárias
Até que os homens inventassem mitos,
Até que os mitos constituíssem fé.

Contudo apenas uma aurora basta
Para que os homens, finalmente homens,
Cancelem mitos e estraçalhem Deuses.

Gastão Aurélio de Lima Torres Filho
(Poeta gaúcho de Venâncio Aires)

Este Poema foi publicado em 08/01/1977,
no Caderno de Sábado do Correio do Povo.

http://farolante.wordpress.com/tag/poesia-do-rio-

Julio/Contagem-MG

Ótimo, que o estado brasileiro, seja laico, mas a maioria da população desse estado é religiosa, e esse
posicionamento deve democraticamente ser respeitado, pois afinal, o estado existe por causa do seu po
vo, que o mantem.

    beattrice

    O estado brasileiro não é laico de fato.

Wawa

http://www.youtube.com/watch?v=vW-FeXLXV9k&fe…!

Maria José Rêgo

Um discurso perfeito que vale a pena ser disseminado nas redes sociais. Parabens Toni Reis! Desejo sinceramente que a lei seja aprovada no congresso.

Luiz Fortaleza

As pessoas mais humilhadas na sociedade machista… com agressão verbal e física e até morte. Religião não condena gordo, negro, deficiente físico e a sociedade tolera-os, mas os homossexuais masculinos e femininos são as categorias sociais mais açoitadas moralmente.

marilamar

Tb estou com o movimento, desde que nao apoie o KASSAB, ALCKMIN, SERRA, FHC, e outros corruptos, aliás qq corruptos, odeio corruptos e todos eles deveriam estar no interior de uma cela fria e umida, comendo PF……(prato feito)???? por no minimo 10 anos???? Que Deus abençoe os anti-corruptos sem distinçao!!!!

Maria Thereza

Parabéns ao Toni. É mais uma vez, com repercussão, para ver se conseguimos separar de vez, de fato, igreja e Estado.
Ninguém pode ser obrigado a ter uma religião e, portanto, seguir suas orientações. Mas todos vivemos sob as leis do Estado laico, que deve preservar os direitos e dignidade de todos/as cidadãos e cidadãs.

mfs

Os teólogos, pastores, padres e crentes podem acreditar que os gays vão para o inferno após a morte. Este não é um fato empiricamente comprovável, pelo menos não neste mundo aqui. Do mesmo modo, podem afirmar que são pecados horrorosos fazer sexo heterossexual antes do casamento, ler obras de Lukács ou apreciar a música de Schoenberg. A esfera religiosa é assunto de cada crença. O que eles NÃO podem é acusar os gays de serem desonestos, criminosos ou danosos para a sociedade. E o que NÂO podem fazer é discriminar. No resto, podem continuar no púlpito a gritar que o diabo ama os gays tanto que se veste como um deles e que por isso as pessoas devem parar de ler Gide, Susan Sontag e Gore Vidal e se concentrar em pagar o dízimo em dia…

Lenin

(nada contra protestos bem humorados)Primeiro os direitos;depois é q se faz as paradas…Perfeito,Toni.

Regina Braga

Que bom dividir Estado e Religião…Estava na hora de romper vínculos medievais.O Estado, só deve garantir o exercícios de todas as práticas religiosas…e a religião garantir a satisfação de seu rebanho.Muito justo…que as viseiras se rompam.Estado laico é garantia de vida,para todos.

Renato

Simplesmente brilhante. Parabéns Toni Reis. É preciso combater as trevas que ainda teimam em habitar muita mentes. Infelizmente o fundamentalismo ainda impera em diversos segmentos de nossa sociedade. como vencê-lo? Só uma educação libertadara. O seu pronunciamento vale por centenas de aulas…

@zeroka21

Parabéns, Toni Reis, você é uma pessoa com um espírito generoso! Acompanho sua luta que também é minha e de toda a comunidade homossexual. Torço para que meu voto para presidente não tenha sido em vão. O Partido dos Trabalhadores não merece ser desmoralizado por uma Presidente que não teve origem neste partido. Uma técnica que não saber o que é homossexualidade! Ela deveria se corrigir e se referir à nossa comunidade com mais respeito.

Roberto Ribeiro

Reinaldo Azevedo surtou, de vez.

betinho2

Belo discurso. Aplausos a Toni Reis.
E vamo que vamo.

betinho2

Fora de pauta:
Uma lúcida abordagens para reflexão dos inconformados: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011

Tomudjin

De que lado está a razão?
Faça, por exemplo, um comentário negativo a respeito de Belo Monte e talvez você conquiste o direito de interpretar um personagem "jorgeamadiânico".

Peterson

beleza…
entretando tem algumas coisas que não estão claras ferentes a esse assunto que gostaria de dividir com vocês e quem sabe alguém me respondesse

1º Já não existem leis que garantem a preservação física e moral de todos os indivíduos? Pelo pouco conhecimento que tenho, essas leis já existem, pois eu não posso sair pela rua "dando porrada" em quem eu quiser pois se eu fizer isso serei preso. Se as pessoas agridem os homossexuais e não são presos o problema não é questão de criar uma lei, mas de fazer valer as que já existem. Eu sei que tem a questão da união civil, adoção etc. Entretanto fico indignado pelo fato de que sempre os argumentos utilizados são referentes a violencia, que repito minha pergunta," já não existem leis para esses casos?".

2º Se essas leis forem criadas acredito que outras referentes a outros tipos de situações também tenham que ser. Por exemplo as pessoas de baixa estatura, gordos, entre outras coisas. Forem muitas as vezes que vi amigos na escola serem agredidos, usados como objetos de "chacota" ou até mesmo excluidos por possuirem uma estatura baixa ou serem gordos.

"Os direitos humanos ou valem para todos e todas, ou não valem para ninguém"

    Julio/contagem-MG

    Peterson,

    Concordo contigo em genero, numero e grau.

Fábio

E onde está o bando de aves gourentas que vaticinava a derrocada de Dilma Rousseff até recentemente? Dela se disse cobras e lagartos e isso gente que acha que "sabe que sabe" tudo de política.
Pois aqui estão os fatos: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1022298-avalia
Agora os ferozes críticos da Presidenta estão todos mudinhos. Auto-ctítica? Nem pensar!
Os críticos à Presidenta se esquecem que quem deu a ela a vitória foi o povo trabalhador. Que não dá a menor trela para o PIG. Os 72% de apoio pessoal à nossa Presidenta é feito de gente que analisa os fatos concretos e não vive de ilusão.

    Vlad

    Exatamente.
    Parece que os brasileiros gostam da postura e do estilo da Dilma…mais do que dos seus antecessores.

    José Stefanini

    Não é bem assim, Fábio…
    É meio "conversa" a alta aprovação de Dilma propagada pela mídia (CNI/Ibope neste caso).
    É um artifício usado para convencer o governo de que a “faxina” vai aumentando a popularidade de Dilma, mantendo-a nesse caminho preconizado pelo PIG.
    Esse nível de aprovação dos institutos de pesquisa inclui a avaliação “regular”, enquanto que a de Lula incluía só bom e ótimo.
    A aprovação de Dilma é de 56% (bom e ótimo), muito, muito menor que a de Lula quando deixou o governo, que era de cerca de 80 a 83% de ótimo/bom. E não vale o argumento de que Lula tinha aprovação menor no seu primeiro ano e Dilma chegará nesse patamar de 83% de ótimo/bom porque “ainda fará seu nome”.
    Ora, Dilma herdou, ganhou de mão-beijada o governo com níveis altos de aprovação popular, com cerca de 80%/83% apenas de ótimo/bom, e conseguiu em tão pouco tempo despencá-lo para 51% (agora, segundo o Ibope, subiu para 56%).
    Veja como o Ibope maqueia, incluindo o “regular”, que não incluía quando as pesquisas eram com Lula: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/
    Aprovação no final do governo Lula, segundo o Datafolha: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,O…
    E segundo o Ibope: http://br.noticias.yahoo.com/ibope-80-consideram-

    Armando S Marangoni

    Concordo com o Stefanini.
    Precisamos todos prestar mais atenção nas bulas, nas instruções, nas cláusulas, nos artigos e parágrafos, nas entrelinhas.
    É nesse recôndito do mando que se encondem as iniquidades.
    (A Justiça não protege quem está adormecido, segundo sua doutrina.
    E o Ministério Público parece um adereço da Constituição).
    Segurar pela ignorância imposta é o jeito mais fácil de manter as coisas como estão: ótima/boa para alguns e insuportável/miserável/escravizada para o resto.
    Prestar atenção dá trabalho, exige leitura concentrada, e no mundo mundano, que é que consegue se concentrar no estudo?

    beattrice

    Concordo com sua análise.
    Nãos e pode ademais fiar em pesquisas vinculadas ao PiG como GLOBOPE.
    pois tivemos claramente exemplos de como e em que parametros elas ocorrem na campanha de 2010.

Andre

Matéria muito interessante, Sou fã do site! Aproveito para
indicar o http://www.iaulas.com.br, vale conferir são mais de 10 mil apostilas para download.

Morvan

Boa tarde.

Toni Reis, você é dila!

Que discurso brilhante, claro, direto.
Isso que o Toni Reis falou, é verdade. A direita continua pautando o Governo Dilma. Já era para Dilma Roussef ter ido pra cima desta cambada da igreja há muito tempo, na verdade, na ocasião das eleições, quando o "Santo Ofício" pautou as eleições brasileiras, maculando, imagino, para sempre, um processo que era limpo, isento deste escroques e de suas ideias pré-históricas.
– "Há, mas tema 'governabilidade'. E perderíamos a eleição, se tivéssemos radicalizado". Mas aí eu vos pergunto: e adianta ganhar as eleições e ser pautado pela TFP, pelo Zé Torquemada, pelo bispinho de Gurarulhos, pela Opus Dei?
O "kit anti-homofobia" teria de sair, por cima de pau e pedra, do Bolsonaro, do escambau, mas o Governo a la Vacarezza roeu, de novo, a corda.
Só teremos uma sociedade livre de preconceitos se começarmos a plantar agora. O "kit" era grande instrumento para isso, mas venceu a "governabilidade".

No passo que vamos, não vai demorar muito e o "Intelligent Design" será lecionado nas escolas brasileiras como verdade absoluta; talvez o modelo de Ptolomeu se torne o mapa do universo, versão brasileira. Assim quer a igreja. Se não tomarmos cuidado, vai ser implementado. É governabilidade…

Todo o apoio aos seres humanos homoafetivos. Todo apoio às pessoas humanas cujo único "pecado" é terem identidade de gênero "não convencional" (enquanto isso, tá cheio de "santinhos" da privadização(Sic!) incólumes, flanando por aí).
Parabéns, Toni Reis. Você é dila. Você é de luta (dila quer dizer – corruptela – "dilascar"). É elogio, acredite. É que nós cearenses temos um jeito de elogiar inconvencional, por assim dizer.

:-)

Morvan, Usuário Linux #433640.

    José Alberto SSA BA

    Movran.
    Ainda bem que você esclareceu quanto ao "dila". Era novo, até agora,nas ruas baianas. Obrigado.
    Concordo quanto ao discurso de Toni Reis, foi preciso, contundente.
    Foi "DILA".

    Morvan

    Boa tarde.

    Obrigado pelo retorno, José Alberto SSA BA.
    Aqui, nós dizemos "é dila", para protestar contra algo ou para elogiar alguém; alguém muito engraçado, por exemplo.
    Tem também o "é difo", que não precisa de explicação.

    :-)

    Morvan, Usuário Linux #433640.

    beattrice

    Morvan,
    esse seu alerto com relação ao criacionismo ou sua forma mais "elaborada" e supostamente palatável, o "intelligent design" vem sendo martelado pelo PiG,
    que vem nestas mesmas "matérias" afirmado que parcela estatisticamente significativa da população apoiaria esa vertente.
    O ESTADO LAICO no BR clama por socorro em todos os setores, a ameaça representada por estas bancadas religiosas não é de pouco tamanho.

    Morvan

    Bom dia.

    Beattrice, o avanço da direita a la Opus Dei é notório. Desde as eleições, onde quem pautou o discurso do PT foi o bispo de Guarulhos, a própria Opus Dei, desaguando na intromissão do sr. Ratzinger (o papinha da juventude nazi), melando de vez o processo eleitoral do Brasil, que, até então, era marcado por um necessário e saudável laicismo. Pois muito bem; desde este período, eles viram que "podiam mais" e estão aprontando direto: sufocando iniciativas educacionais do Governo (veja o caso do "Kit Anti-Hemofobia"), combatendo direitos sociais e reprodutivos, enfim, são quem pauta a prática do Governo. Cabe a nós todos lutarmos contra tudo isso, já que o Governo está totalmente refém dos fundamentalistas.
    Não parece ser este um Governo que vai lutar conosco por causas laicas e nem para depurar o processo eleitoral brasileiro, já bastante viciado, em muitos aspectos.

    :-)

    Morvan, Usuário Linux #433640.

Vera Silva

Por mim este discurso do Toni Reis seria o texto do Manifesto Ao Congresso Nacional que eu assinaria: tudo o que tinha que ser dito foi dito e bem dito.

Eric Bittencourt

O Homoafetivo pode votar e ser votado, pode rir, pode ir em qualquer lugar, pode estudar, etc… pode fazer o que bem entender, porque são brasileiros como eu, como meus pais, e merecem respeito como qualquer um !!!

    João Grillo

    Inclusive com as mesmas LEIS feitas pra mim. Senão vira zona, com leis que poderão mais repartir do que unir.

trombeta

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