Por Lula livre, dois símbolos da resistência se juntam a artistas de Brasília; vídeo

Tempo de leitura: 3 min

CANÇÃO PELA LIBERTAÇÃO

Joaquim França e Eduardo Rangel

Pra vencer a farsa que se faz

Devolver toda a verdade à paz

Precisa mais que ser um só

Mais que adoecer, mais que silenciar

Mais que cantarolar esta canção

Não há razão pra se esconder

Partir, se exilar em Béldan

Quem foge de um pais que criou

Se culpas não tem

Se só germinou o bem

Confinados em cela igual

Somos nós todos reféns, porém

Não se negocia a dignidade

Por nada aquém, nada além

Lula, nós vamos te libertar

Pra gente também se livrar

Da prisão nesse pesadelo

Lula, de Bangkok à Guiné-Bissau

Denunciam a farsa local

E um coral se ergue a você

Nas leis, escolhem quem trancar

E alguns que é de bom tom perdoar

Nas redes, a mentira a granel

Pra vencer eleição

Jogar irmão contra irmão

Na praça, os tanques a mirar

Em esperanças de guris, fuzis

Mas enquanto houver a fome há saudade

De um Brasil que repartiu

por Conceição Lemes

Em 26 de outubro do ano passado, portanto dois dias antes do segundo turno da eleição presidencial, o Viomundo publicou: Em Brasília, sob a batuta do maestro Joaquim França, músicos e plateia unem-se contra o fascismo, pela democracia e o amor.

O maestro fez um arranjo da canção Bella Ciao, cuja letra foi adaptada para o português e ficou com o título de Ele, não.

A ideia era gravar um vídeo com uma cantora e a orquestra, para postar nas redes sociais em apoio à candidatura Fernando Haddad.

Na hora da gravação, ele resolveu chamar ao palco, para cantar junto, a plateia que foi assistir à apresentação.

Resultado: um vídeo antológico, belíssimo.

Pois o maestro e os músicos de Brasília voltam a arrasar com Canção pela Libertação, de Joaquim França (melodia) e Eduardo Rangel (letra).

Música e vídeo emocionantes.

Desta vez com a participação do trompetista Fabiano Leitão, que é de Brasília.

“O Fabiano não poderia faltar, pois se tornou um símbolo de resistência em defesa da liberdade de Lula”, aplaude o maestro.

Fabiano também não poupa elogios a Joaquim França.

“O maestro arrebentou! Tudo muito lindo! A companheirada de Brasília fez um esforço máximo pra isso sair. Mas os louros são do maestro”, diz em mensagem na madrugada de 15 de setembro, logo após receber o vídeo com a música.

Ele estava em Curitiba, jantando com a amiga Tânia Mandarino num bar onde progressistas e pessoas de esquerda se reúnem.

“O Fabiano me mostrava a música e chorava. Eu, ao lado, chorava junto”, conta-nos Tânia.

“Ele ouviu mil vezes, prestando atenção nos detalhes”, prossegue.

“Chorou em todas!”, revela Tânia, que é a “mãe” dos Lulaços.

A propósito, o maestro Joaquim França costuma participar dos  Lulaços nos shoppings de Brasília. Até comprou um trompete para isso.

Segue a nossa entrevista com o maestro.

Viomundo — Maestro, qual a diferença entre o vídeo do ano passado e este agora?

Joaquim França – O do ano passado foi um ato de participação na campanha do Haddad. O de agora é um posicionamento dos artistas de Brasília contra a prisão ilegal do ex-presidente Lula.

Na verdade, é um vídeo de denúncia de que Lula é um preso político no Brasil. Por isso, vamos lançá-lo também com legendas em inglês.

Viomundo – Como surgiu a ideia?

Joaquim França — No início deste ano, eu estava pensando como poderia me manifestar de forma contundente contra a prisão injusta do Lula.

Aí, me veio a ideia de juntar os artistas de Brasília que estavam sentindo a mesma coisa para gravarmos um vídeo que mostrasse nossa indignação contra essa farsa, esse ato desumano e arbitrário que foi a prisão de Lula.

Só que precisávamos de uma música que representasse esse sentimento de indignação.

Quando a melodia ficou pronta, chamei o Eduardo Rangel, que é meu amigo e compositor, para fazer a letra.

Viomundo – E como foi juntar esse pessoal todo?

Joaquim França — No momento em que a letra ficou pronta, eu enviei um convite pelas redes sociais aos artistas sabidamente de esquerda, perguntando se topariam participar da gravação do vídeo.

Rapidamente, o convite se espalhou no meio artístico de Brasília e as pessoas foram me retornando entusiasmadas, confirmando presença.

Fiz um grupo nas redes e fomos passando as informações para a realização da gravação do vídeo, que se deu no início de setembro.

Detalhe: no coro não havia apenas músicos, tinha atores, poetas, artistas plásticos, professores.

Viomundo – No vídeo está escrito todos os artistas e técnicos que participaram da filmagem abriram mão de cachês ou qualquer tipo de remuneração.

Joaquim França –– Realmente, ninguém recebeu cachê pela participação.

A Trupe do Filme, produtora de cinema, ficou sabendo e se colocou à disposição para fazer a gravação do vídeo, que saiu totalmente de graça.

Também saiu de graça a gravação do áudio, que foi feito pelo Durand Estúdio Produção e Música.

Ou seja, os gastos foram pouquíssimos, porque todos queriam participar e ajudar na realização do ato, de alguma forma.

Viomundo – E como Fabiano Leitão entrou?

Joaquim França — Conheci o Fabiano ano passado, nas manifestações que ele organizava pela defesa de Lula.

Fiz questão que ele participasse do vídeo. Ele não poderia faltar pois se tornou um símbolo de resistência em defesa da liberdade de Lula.


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Zé Maria

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Os Protestos contra o Espantalho de Gravetos na ONU
que destrói o Brasil por dentro e por fora, e o #LulaLivre,
em New York, como um Clamor por Restauração do País
perante o Mundo.

https://pbs.twimg.com/media/EFMDiFVW4AYaJqm.jpg
https://revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2019/09/fotojet-8.jpg

https://revistaforum.com.br/global/hotel-que-bolsonaro-esta-em-nova-iorque-e-alvo-de-projecoes-de-protesto-e-lula-livre/

Dário Souza

DIVINO.

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