Pesquisa dos banqueiros: Haddad sobe de 5% para 19% no Nordeste e aparece empatado em segundo lugar

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Ricardo Stuckert

Quando identificado como candidato de Lula, Haddad tem 16%, contra 23% de Bolsonaro — adiante de Ciro Gomes fora da margem de erro

Por Marcos Mortari, no Infomoney

Bolsonaro derruba rejeição e vai a 26%; Haddad empata com Ciro no Nordeste e chega a 10%, mostra XP/Ipespe

SÃO PAULO – Uma semana após ser vítima de um ataque a facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), o deputado Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem em relação aos adversários na corrida presidencial e viu sua taxa de rejeição deixar de ser a maior entre os candidatos.

É o que mostra pesquisa XP Investimentos/Ipespe, realizada entre 10 e 12 de setembro.

Segundo o levantamento, o parlamentar saltou de 23% para 26% das intenções de voto no intervalo de uma semana e agora está 14 pontos percentuais à frente de Ciro Gomes (PDT), adversário mais bem posicionado na disputa.

A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na semana em que foi oficializado candidato – substituindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) chegou a 10% das intenções de voto no cenário estimulado de primeiro turno.

O desempenho representa uma oscilação positiva de 2 pontos percentuais em relação à pesquisa da semana anterior e um salto de 4 pontos comparando com levantamento de duas semanas atrás.

Com esse desempenho, Haddad aparece tecnicamente empatado com outros três candidatos na corrida presidencial: o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que, em tendência de alta há três semanas atingiu seu maior patamar da série histórica, aos 12%; o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que apesar da larga vantagem em tempo de propaganda no rádio e na televisão, não consegue sair dos 9%; e a ex-senadora Marina Silva (Rede), que dá sinais de desidratação ao sair de 13% há duas semanas para 8% agora.

Entre os fatores que contribuem para o salto de Haddad nas últimas pesquisas, destaque para o bom desempenho entre faixas do eleitorado em que o lulismo é mais forte, caso dos nordestinos, grupo em que o petista saiu de 5% no fim de agosto para 19%, em condição de empate técnico com Ciro Gomes, líder na região com 21% das intenções de voto.

Haddad cresceu para 15% entre os eleitores com Ensino Médio ou Ensino Fundamental.

Há duas semanas, o apoio deste grupo ao candidato era de apenas 4%.

Já na faixa com renda de até dois salários mínimos, o ex-prefeito paulistano foi de 4% há duas semanas para 10%. Em outro pelotão, outros quatro candidatos também pontuam.

O empresário João Amoêdo (Novo) e o senador Álvaro Dias (Podemos) têm 4% das intenções de voto cada, tecnicamente empatados com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), com 2%, e o historiador Guilherme Boulos (PSOL), com 1%.

Pelo limite da margem de erro, de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, Amoêdo e Dias também estão tecnicamente empatados com Marina Silva.

Já o grupo dos brancos, nulos e indecisos agora soma 23% do eleitorado, uma queda de 4 pontos em relação á semana anterior.

A pesquisa XP/Ipespe mostrou que o apoio a Bolsonaro também cresceu no cenário espontâneo, quando o entrevistado diz em quem pretende votar sem que lhe sejam apresentados nomes de candidatos.

Nesta situação, o deputado tem 20% das intenções de voto. Uma semana atrás a taxa era de 16%.

Logo atrás aparece o ex-presidente Lula, que, mesmo impedido de participar da disputa em função da Lei da Ficha Limpa, é citado por 9% dos eleitores.

O ex-presidente chegou a 19% dos votos espontâneos há duas semanas.

Já Ciro Gomes aparece com 6% das indicações espontâneas de voto, numericamente à frente de Haddad, com 5%.

Alckmin tem 4% neste cenário, ao passo que Amoêdo tem 3% e Marina tem 2%, mesmo percentual de Álvaro Dias.

Neste caso, o grupo dos “não voto” representa 47% do eleitorado, o que ainda indica o grau de imprevisibilidade desta eleição.

O levantamento também mostrou que, a três semanas do primeiro turno, cresceu o interesse pela eleição presidencial.

Agora, 59% dos eleitores se dizem muito (34%) ou mais ou menos interessados (25%).

Uma semana atrás a soma desses grupos representava 52% do eleitorado.

A faixa de eleitores que se diz desinteressada com o processo, por sua vez, minguou de 26% para 21%.

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Comentários

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José Eduardo dos santos

Melhor coisa é banir do meio político esse câncer que se chama PSDB e que participou do golpe, estão a maioria envolvido corrupção, sem falar que acabaram com a segurança do estado de São Paulo onde quem manda são as os bandidos.

José Eduardo dos santos

Em recente pesquisa realizada com seriedade de um instituto sério o candidato Haddad tem 30% das intenções de voto.

RONALD

PATÉTICO !!!!

Otto

Pesquisa forjada, portanto, sem legitimidade. Igualzinha aquela do Vox Populi, instituto financiado pelo PT. O Fernando “Dilma” Haddad não vai levar. PT nunca mais…

    ana s.

    Informe-se melhor antes de postar qualquer coisa na internet. Se essa pesquisa foi manipulada, foi contra o PT, pois quem está à frente desse instituto, o Ipespe, é o sociólogo Antônio Lavareda, anti-petista de carteirinha. Muito diferente do Vox Populi.

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