Em SP, domingo: Ato contra 74 anos da Nabka e assassinato da jornalista da Al Jazeera por Israel

Tempo de leitura: 2 min
Jovens palestinas seguram cartazes exibindo o rosto da jornalista Shireen Abu Akleh, que foi assassinada por Israel tenquanto cobria uma operação no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia

Ato da comunidade palestina em SP protesta contra 74 anos de Nakba e assassinato de jornalista por Israel

Barão de Itararé

Abaixo, a nota da Comunidade Palestina em SP

Neste domingo (15/5), das 11h às 13h, os palestinos e palestinas realizam na Praça Estado da Palestina, no Paraíso, em São Paulo, um ato para jogar luz sobre o apartheid e colonização israelenses contínuas.

Também vão pedir justiça para a correspondente da Al Jazeera, Shireen Abu Akla, morta por Israel com um tiro na cabeça enquanto trabalhava como jornalista em Jenin, Palestina ocupada.

Ela estava devidamente identificada, com jaleco de imprensa. Ao final, haverá atividade cultural, com música palestina.

No dia, os palestinos lembram a catástrofe que se abateu sobre eles e continua até hoje.

Há 74 anos, em 15 de maio de 1948, foi formado o Estado de Israel mediante limpeza étnica planejada na Palestina, como comprovam inclusive os novos historiadores israelenses.

Em apenas seis meses, 800 mil palestinos foram expulsos violentamente de suas terras e se tornaram refugiados. Cerca de 500 aldeias foram destruídas e 13 mil palestinos foram vítimas de genocídio em 1948.

Israel foi formado em 78% das terras palestinas. Em 1967, Israel ocupou militarmente o restante da Palestina – Gaza, Cisjordânia e a Cidade Velha de Jerusalém. Mais 350 mil refugiados.

A limpeza étnica e a brutal expansão colonial continuam.

A sociedade palestina encontra-se fragmentada e não pode se encontrar na sua própria terra. São 13 milhões de palestinos no total.

Metade vive em campos de refugiados nos países árabes ou na diáspora, impedida do legítimo direito de retorno as suas terras.

A outra metade vive sob regime de apartheid israelense e limpeza étnica contínua, em toda parte – desde Gaza, que novamente foi bombardeada durante o Ramadã e enfrenta cerco desumano há 14 anos, até Jerusalém – sob forte ataque, inclusive com ameaça de destruição da Mesquita de Al Aqsa, profanação e violência ao local sagrado por colonos israelenses também durante o Ramadã.

Somente neste ano, fontes palestinas informam que Israel matou cerca de 60 palestinos e palestinas.

O ato neste domingo é convocado pelas organizações e comunidade palestinas reunidas, com o apoio de entidades solidárias, que defendem direitos humanos fundamentais.

Ato público

74 anos da Nakba – Justiça por Shireen Abu Akla

15 de maio (domingo)

Das 11h às 13h

Na Praça Estado da Palestina, Paraíso, São Paulo (SP)

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Comentários

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henrique de oliveira

Toda minha solidariedade ao povo Palestino roubado e assassinado por Israel e com a aprovação da ONU , que alias não serve para nada a não ser garantir genocídios feitos por Israel e EUA sempre matando e roubando nações em nome da paz e da tal democracia.

Nelson

Desde 24 de fevereiro, o que mais vimos nos órgãos da mídia hegemônica é uma farsesca e condoída compaixão pelo sofrimento do povo ucraniano. Ao mesmo tempo, essa mídia e seus comentaristas vêm procurando, insistentemente, inculcar nos corações e mentes dos brasileiros, a tese de que o povo russo é feito de demônios e de que o chefe deles, Vladimir Putin, seria o demônio dos demônios.

E, em sendo demônios, a conclusão a que essa mídia procura nos levar parece ser a de que é necessário exterminar o povo russo, eliminá-lo da face da Terra.

De outra parte, não lembro de ter visto, uma única vez, qualquer desses órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas a tecerem a mais mínima crítica ao governo sionista de Israel pela invasão e roubo das terras do povo da Palestina ou pela repressão e assassínios continuados que já duram sete décadas.

Também não vi Israel ser banido de competições esportivas, atividades culturais, etc, como os países ditos democráticos, respeitadores das regras do Direito Internacional e defensores dos direitos humanos, estão, absurdamente, a fazer com a Rússia. Também nunca vi expressões como “No a la invasón” e “Stop the invasion” aparecerem na televisão e serem repetidas em profusão como tem acontecido agora.

Para terminar, não me lembro de ter visto, uma vez sequer, órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas a se condoerem pelo flagelo interminável do povo palestino. Pelo contrário, logo após cada ataque assassino das forças israelenses, essa mídia procura amenizar a coisa e até procura “livrar a cara” Israel com o já surrado e mentiroso argumento de que o país tem o direito de se defender.

A pergunta, inevitável. Como a mídia hegemônica, que se diz defensora intransigente da liberdade de imprensa e de expressão, explica tamanha seletividade na divulgação dos fatos?

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