Repórter visita médicos cubanos e pergunta: Onde está a blindagem?

Tempo de leitura: 9 min

Na região de Belém, médicas cubanas comemoram o aniversário de colega

Onde está a blindagem dos médicos cubanos?

por Dario de Negreiros*, de Belém, especial para o Viomundo

Algumas notícias deixam especialmente preocupado um repórter que viaja para longe. “Assessor interrompe entrevista de médica cubana em Tocantins”, diz uma matéria do portal Terra, com vídeo e tudo. “Ministério ‘blinda’ médicos estrangeiros em São Paulo”, conta o Estadão. “Isso não é normal. Qual o medo? Qual o receio?”, questiona-me um amigo paulista, médico, pelo chat do Facebook. Eu, do Pará, começo a imaginar as desculpas que terei de dar ao meu editor quando voltar de viagem com meia dúzia de declarações dos tais dos cubanos, todas elas colhidas – por sorte, creio – na confusão de um desembarque na Base Aérea de Belém.

No domingo, dia em que vi o vídeo do Terra, haveria um evento no hotel onde estão hospedados todos os cubanos que vieram ao Pará. Lá, oficialmente, participam de uma “semana de acolhimento”. Na prática, como se sabe, o governo federal ganha tempo enquanto tenta resolver o imbróglio jurídico que envolve os seus registros nos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina). “O secretário de saúde estará lá. Amanhã vai ser quente!”, diz, ao celular, um repórter paraense. É tudo o que eu não quero: jornais, televisões, autoridades locais à solta e os cubanos, imagino, blindados.

Em vez de ir ao evento “quente”, ligo para a assessora da secretaria de saúde do Pará: “Me perdi para chegar a Mosqueiro [ilha fluvial, nos arredores de Belém, onde fica o hotel]. Posso ir amanhã?”. Ser o único jornalista no local, andando livremente pelo hotel, conversar com os médicos longe das câmeras e das autoridades, parece-me uma boa estratégia.

Mas não havia blindagem alguma. Ao contrário, as assessoras, simpáticas ao extremo, facilitam de todas as formas meu trabalho. Para melhorar, minha estratégia não podia ser mais bem sucedida. Sendo o único repórter no local, posso acompanhar os médicos nas palestras, conversar tranquilamente nas varandas de seus chalés, encontrá-los no salão de jantar, entrevistá-los, relaxados, à beira da piscina do hotel. Ninguém, evidente, conversa à vontade na presença de câmeras de TV, fotógrafos de jornal e secretários de Estado, com seus auxiliares e assessores andando pra lá e pra cá.

É verdade que há uma certa homogeneidade incômoda no discurso destes profissionais, todos eles submetidos aos termos do convênio firmado pelo governo brasileiro, via Opas (Organização Pan-americana da Saúde), com Cuba. Nesta reportagem, procuro mostrar que, em situações mais informais, suas vozes chegam a expor algumas dissonâncias, mas nenhuma capaz de desfazer o uníssono fundamental. “Solidariedade” e “internacionalismo” formam um leitmotiv cujo volume nunca diminui. Se estes cantores têm liberdade interpretativa ou se são regidos por alguma batuta invisível, que julgue o leitor.

Em treinamento

“Mucho diñero!”

É com atenção que os 62 médicos cubanos assistem à palestra do também médico Raimundo Sena, diretor da Escola Técnica do SUS (Sistema Único de Saúde). Sena fala pausadamente e os alunos, juntos, complementam: “Estes são os obje…?”: “…tivos!”. É assim o tempo todo, de forma que, tanto quanto nas entrevistas, ressoa na sala um coro de uma só voz. Se alguma bagunça irrompe – como quando Sena diz que no Brasil “o pessoal usa muita sigla”, ao que os cubanos riem vigorosamente –, surge rápido um “ssshhhhhh” e o silêncio se restabelece.

“A dificuldade maior é a comunicação, por causa da língua”, conta o professor. “Mas eles não têm dificuldade de compreensão do que se está discutindo, porque eles têm uma formação elevada. A grande maioria, além da graduação, tem especialização, alguns têm mestrado, doutorado. Isso facilita o diálogo”, afirma.

Mas há no ar uma tensão facilmente perceptível. “Eles estão ansiosos porque têm dificuldades de comunicação com Cuba, com seus familiares”, confirma Sena. De fato, quando acaba a aula, é este o único assunto. A assessora da secretaria de saúde paraense diz que lhes trará quatro notebooks, três modems e um celular com roaming internacional desbloqueado. Os cubanos explicam que, de Cuba, não se pode fazer chamadas internacionais. Os assessores, então, ligam para a operadora, consultam a tarifa da ligação para Cuba e voltam com a resposta: não será possível garantir o contato telefônico. “Custa R$4,99 por minuto! Mucho diñero!”.

Diante do único computador da sala, os médicos formam uma longa fila. Começo a conversar com um deles, que me parece bastante aflito. Compadecido, ofereço-lhe meu celular. “Quanto custa?”. Esse não é mais vendido – respondo. Esse é velho. “Mas quanto custa?”. Com a tampa traseira rachada, assim? Sei lá, uns duzentos reais – digo, chutando. “Quer vender agora?”.

É inacreditável, mas em um programa de tamanha importância para os governos brasileiro e cubano, a simples comunicação telefônica com os familiares daqueles que protagonizam a ação não foi garantida. Os assessores se preocupam, em especial, com uma das médicas, cuja filha de dois anos e meio está em Cuba. No dia anterior, ela teria “entrado em pânico”, dizem, com a dificuldade de comunicação.

Rene (acima) e o casal Yusmel-Lisset

René, Yusmel e Lisset

É na varanda de seu chalé que converso tranquilamente com René Alberto Marrero Fernandez, 41, formado na Faculdade de Medicina de Holguín. Pergunto-lhe sobre um assunto amplamente debatido na chamada grande mídia: qual é, afinal, o destino da bolsa de R$10 mil paga, por médico, pelo governo federal?

Eis a resposta mais frequente: “este dinheiro vai, quase por inteiro, para o governo cubano; para mim, resta apenas um estipêndio mensal, o suficiente para me manter no país. Fora isso, meu salário, em Cuba, continua sendo integralmente recebido pela minha família”. Ou seja: quase todos os médicos negam que as missões internacionais sejam uma oportunidade de fazer um pé-de-meia.

René, entretanto, responde de modo um pouco diferente. “Em missões internacionais, recebemos uma compensação”, admite. “Fora isso, ajudamos um pouco a economia de Cuba, que – e isso não é segredo pra ninguém – é um país pobre. Ademais, estamos bloqueados pelo imperialismo. O embargo econômico é muito grande. Com este trabalho, melhoramos também a economia do nosso povo, que tanto necessita.”

As referências às dificuldades econômicas dão ensejo à formação de outra polifonia consonante: todos fazem questão de dizer que, em Cuba, não existe nem pobreza extrema, nem diferenças sociais importantes. “É um tema muito complicado, a economia de Cuba”, diz René. “Mas, em meu país, a pobreza extrema não existe. A saúde é totalmente gratuita para todos, assim como a educação.”

E onde não há pobreza extrema ou grandes diferenças de renda, não há violência urbana. Mais cedo, ainda durante a palestra, dois policiais militares, armados e com coletes à prova de balas, entram na sala para conversar com uma das assessoras. Esta, posteriormente, faz questão de tranquilizar a classe. “Não se preocupem. Eles só vieram aqui para dizer que, ao lado do hotel, há uma invasão, uma favela. Então, por favor, após as 21h não saiam do hotel.”

“Isso não existe, para nós”, conta Yusmel Reve, 36. “Em Cuba, você pode sair para qualquer lugar, a qualquer hora.” A médica Lisset Guerra, 33, emenda: “Sozinho!”. E Yusmel: “E não tem problema”. E Lisset: “Não acontece nada”.

Yusmel e Lisset são casados há sete anos. Juntos, estiveram também durante cinco anos em missão na Venezuela, onde garantem já terem se acostumado às limitações das restrições de segurança. “Lá, a partir das 18h já não se podia sair”, conta Lisset.

Tanto Yusmel quanto Lisset são professores de medicina: Yusmel é mestre em atenção integral à criança e Lisset, em urgências médicas. Além disso, ambos possuem pós-graduação em medicina de desastre. Das missões de que ambos participaram, a mais importante ocorreu, justamente, em meio a uma catástrofe. No dia 8 de outubro de 2005, um terremoto de 7,8 graus na escala Richter deixaria mais de 80 mil mortos na região da Caxemira. 2.564 médicos cubanos foram, então, enviados ao Paquistão.

O alojamento, antes de seguir viagem para o interior. Muitos médicos cubanos vão ficar bem isolados.

Maribéis

Saindo da sala de aula, apresento-me às duas médicas que mais queria conhecer: as Maribéis. Maribel Herrera Hernandez, 43, e   Maribel Morera Saborit, 44, foram escolhidas para trabalhar na paupérrima Melgaço, no Arquipélago do Marajó. Quando, depois de 18 horas de viagem de barco, elas chegarem aos seus postos de trabalho, serão recebidas, se não por mais ninguém, ao menos por mim. Pois é Melgaço, município com o pior IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Brasil, que escolhemos para acompanhar o início do Mais Médicos.

Que não haveria blindagem alguma, já havia percebido. Mas não poderia imaginar que elas fossem tão simpáticas e receptivas. “Amigas, vejam só, nós teremos um jornalista particular”, brincam. E caminhamos até a varanda do chalé, onde fazemos a entrevista. De longe, as amigas brincam, enquanto elas posam para as fotos: “Vizinhas, a publicidade vai acabar com vocês!”, divertem-se.

“Antes de chegar, já sabíamos que o povo era muito pobre, que o índice de analfabetismo era muito alto”, conta Maribel, a Herrera Hernandez. “Não obstante, não nos amedrontamos com isso, ao contrário: vamos com muito mais desejo de mudar as condições de saúde dessa população”, diz. “Ou, pelo menos, de fazer o pouquinho que nós podemos fazer.”

É curioso: em Tocantins, o assessor do Ministério da Saúde teria provocado uma “interrupção abrupta” na entrevista – diz a vídeo-reportagem – justamente “quando uma jornalista brasileira perguntava à médica sobre o conhecimento dela sobre a realidade do Tocantins”. Sobre este assunto, todos os médicos com quem conversei, sem exceção, se mostraram particularmente à vontade para dissertar. Um deles me contou que, ainda em Cuba, fora-lhes exibido o filme “Ilha das flores”, de Jorge Furtado – talvez um dos mais conhecidos e contundentes documentos audiovisuais sobre a pobreza extrema brasileira.

“Sabemos que as principais problemas de saúde que existem em Melgaço são as doenças infectocontagiosas, que são as que mais podem ser prevenidas”, conta a outra Maribel, a Morera Saborit. “Ou seja: melhorando as condições ambientais, com medidas de higiene, de educação sanitária, podemos prevenir essas doenças. Sobretudo a tuberculose, a hanseníase e a malária. São doenças que, com determinadas medidas de educação da população, pode-se erradicar ou, ao menos, diminuir bastante seu índice de incidência”, garante. “E também vamos tratar as doenças crônicas que existem, sobretudo hipertensão e diabetes, que são as mais frequentes.” E resumindo suas expectativas – que não são baixas – afirma: “Então, acreditamos que sim: que com o nosso modesto trabalho vamos ajudar a aumentar o nível de saúde do povo de Melgaço”.

Assustou-me saber, digo-lhes em seguida, que enquanto ainda estão em um hotel da região metropolitana de Belém, não passado sequer um mês de viagem ao Brasil, a comunicação com Cuba e as saudades da família já tinham se tornado problemas tão grandes para eles. Como seria, então, passar três anos em pequenas cidades do interior do Pará?

“Nós temos uma formação, desde que começamos a estudar medicina, pautada na colaboração e no internacionalismo”, explica Saborit, lembrando-me que já esteve por quatro anos na missão venezuelana. “Veremos, dentro das possibilidades que existem em Melgaço, como podemos nos comunicar.”

“A nossa família também conhece este nosso princípio de solidariedade, e compartilha dele”, completa Hernandez, que já trabalhou em missões por dois anos na Venezuela e por 14 meses na Bolívia. Em Cuba, ambas têm à sua espera marido e dois filhos. “Eles entendem quando não podemos nos comunicar continuamente. Esperam, sim, ansiosos. Mas entendem que é a situação do momento.”

Não é à toa que Melgaço receberá duas Maribéis. Esta, aliás, é uma característica que chama logo a atenção de quem bate os olhos na lista de alocações dos médicos cubanos: não é possível depreender dela nenhuma outra ordem que não seja a alfabética. Logo, conclui-se: salvo casos especiais, os médicos não parecem dar qualquer palpite sobre o lugar em que trabalharão. Em dado momento, perguntei para um deles: “Vocês não escolhem a cidade?”. Respondeu-me com uma gargalhada.

“E nós não estamos com medo, como alguns têm dito, das condições do lugar ou de quão longe eles sejam”, afirma Hernandez. “Ao contrário, é um incentivo para nós: temos de nos esforçar um pouco mais em nossa ajuda.” E Saborit completa: “Vemos as pessoas como seres humanos, não como mercadoria.”

Dizendo-me isso, olhando-me nos olhos, estas mulheres me fazem lembrar de Lorenzo Nacheli, um missionário italiano que há anos passa sua vida, vinte e quatro horas por dia, cuidando de pessoas em situação de rua, no Arsenal da Esperança, em São Paulo. “Quando estou conversando com você, Dario”, dizia-me Lorenzo, “você é a pessoa mais importante do mundo para mim. E é assim com todas as pessoas com quem converso”. Agora, na minha lembrança, por uma dessas inversões que a gente não explica, são os olhos de Lorenzo que me lembram os olhos das Maribéis, como se tivesse visto estes antes daquele. “Nos vemos em Melgaço”, despeço-me.

Não sei até onde vai a perspicácia e em que ponto começa a inocência do repórter, mas me parece ser necessário muito esforço para abstrair destas falas o tom opressivo e castrador de um discurso previamente combinado. De qualquer maneira, contenho-me: como disse, cabe ao leitor tirar as suas conclusões.

*Dario de Negreiros viaja financiado pelos leitores do Viomundo. Para nos ajudar a produzir mais conteúdo exclusivo como este, clique aqui.


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Comentários

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Isabela

Ah, que legal Viomundo! Eu lia e me arrepiava aqui: estive em Cuba e penso que esse olhar de dignidade e entusiasmo é comum por lá. Ouvir as pessoas falando em defesa do sistema, com argumentos plausíveis e inteligentes, foi umas das coisas mais marcantes que percebi. Parabéns! Estarei aqui acompanhando as matérias do Dario…

Roberto Locatelli

O que está a ocorrer em relação aos médicos cubanos nos mostra que é preciso o governo Dilma sair de cima do muro, como fez neste caso. Foi um gol de placa. Ficou CLARÍSSIMO para a população quem está a favor dela e quem está contra.

A carcomídia e os partidos subordinados a ela não tiveram a menor dúvida: ficaram radicalmente CONTRA o programa. Assim como as entidades médicas brasileiras e, aparentemente, a maior parte dos médicos.

Ocorreu um efeito extremamente didático. Certamente a oposição perdeu alguns milhões de votos.

dukrai

adorei as “Maribéis” no plural kkkk

Rituska

Caro Dario de Negreiros, um abraço imenso pra você! Belíssimo trabalho você está fazendo! Sou paulista, moro (ainda) no estado de São Paulo, mas sinto uma paixão tão grande pelo estado do Pará que é como se eu tivesse nascido aí. Estou acompanhando todos os seus passos aí com os cubanos, não só pela qualidade jornalística das matérias, mas também – e principalmente – pra matar a saudade dessa terra querida!

Luís Carlos

Ótima matéria, sem os ransos ideológicos dos grandes jornais.
Parabéns aos médicos cubanos, brasileiros e demais estrangeiros que estão aderindo ao Mais Médicos e enfrentando os ataques rasteiros e sórdidos de entidades médicas. Melgaço merece, o povo brasileiro merece algo melhor, muito melhor do que as entidades médicas e os jornalões querem para a saúde pública brasileira.

    Sagarana

    Ranço.

    Luís Carlos

    Obrigado.

Horridus Bendegó

Parabéns ao belo trabalho jornalístico!

Assinar esse blogh vale cada centavo!

Sagarana

“Compadecido, ofereço-lhe meu celular. “Quanto custa?”. Esse não é mais vendido – respondo. Esse é velho. “Mas quanto custa?”. Com a tampa traseira rachada, assim? Sei lá, uns duzentos reais – digo, chutando. “Quer vender agora?”” Duzentão?!?! Que roubo! Pede para o Ronaldo Caiado que ele dá celular para todos os cubanos.

Mardones

Os cubanos vão dar uma lição nos coxinhas de plantão. k k k k

Ontem, a lição veio por parte do Min Celso de Mello.

Aliás, Gilmar Mendes não suportou ficar na sua cadeira para ouvir a aula de história da garantia dos infringentes. k k k k

Marat

O pessoal da “grande” (só de tamanho e de mutretas) imprensa tem um comportamento radical. Puxa, os conservadores não vivem dizendo que tudo pode ser resolvido com uma boa conversa, com negociação? Não consigo entender tanto radicalismo

Marat

Bem, levando-se em conta que a imensa maioria do PIG parou no tempo (está na década de 1950), nada mais natural em ter medo dos malvados cubanos, que certamente irão despejar poções mágicas na comida dos coitadinhos dos capitalistas e convertê-los instantaneamente ao comunismo. Quando não isso, os pobrezinhos e indefesos capitalistas, ao pegarem no sono, serão transformados em seres sem alma, tal qual o filme vampiros de almas. O Estadão é um caso à parte. Os editorialistas de lá estão no século XVIII.

José de França

Ótimo uso do dinheiro doado.

Reportagem que não encontramos no restante da imprensa.

Parabéns ao repórter. Continue assim.

Sugestão: compare Melgaço antes e depois da chegada das Maribéis.

Visite Melgaço daqui a 6 meses e conte para a gente como está.

    bill

    Concordo José de França
    Excelente matéria.
    Parabéns ao repórter e ao Viomundo

    Roberto Locatelli

    Acho que a carcomídia já não consegue fazer mais jornalismo. Qual é a dificuldade de ir lá, se hospedar e ficar um dia com os médicos? Dinheiro a carcomídia (ainda) tem bastante. Falta-lhes a intenção de informar.

luiz carlos

Se os médicos cubanos vem voluntariamente qual o problema em se expressarem da mesma maneira quando indagados sobre sua estadia no Brasil?
Todos eles tem consciência da sua rejeição pela grande maioria da classe médica brasileira e por isso todo o cuidado ao exporem seus pensamentos e suas ideias.

Alô governo

Sem dúvida que o governo poderia doar para cada um telefone para ligaram com Cuba nas hora que fosse e de graça, afinal esses vão fazer um trabalho pelo Brasil que nenhum brasileiro quis

De fato

Os outros não foram por pura incompetência. É por isso quer precisa dp + Jornalista, pois em tais hora o povo fica com falta de informação.

Fabio Passos

Viva a solidariedade de Cuba!
Exemplo para o Brasil e o mundo.

E PiG e a escumalha racista-reacionária que se danem…

O importante é que finalmente nossa população mais carente terá acesso a atendimento digno de saúde.

    Claudio Freire

    Boboca!

    Adilson

    E tu nem ver a bandeira já te U.S.A. a muitos anos.

FrancoAtirador

.
.
Enfim, uma matéria verdadeiramente jornalística,

informativa e, especialmente, desmistificadora

sobre @s solidári@s e altiv@s médic@s cuban@s.
.
.

Luiz Moreira

Fernando!
Vai Para Guantanamo!! Lá vais ver como se comportam teus heróis!
Aproveite bem antes, pois podes voltar castrado.

Lindivaldo

Estou de queixo de caído!!!!

Não confiava nele, porém partiu do Celso de Mello, a salvação da:

-Democracia;
-Constituição Federal; e
-Direitos e garantia individuais!

Não cedeu à pressão da mídia, da Direita, da opinião publicada e dos Ministros.

Pelo contrário, defendeu a admissibilidade dos embargos infringentes, o duplo de grau de jurisdição e a submissão das decisões do STF à Corte Interamericana de Justiça!

Viva o Brasil!

Toma, golpistas!

Realmente, estamos numa Democracia! Que bom…

wagner paulista de souza

Fernando, repare que foi usado o particípio do verbo estar. ESTIVERAM APOIANDO A DITADURA. Ora, cara pálida, até o reino mineral sabe QUÊ direita apoiou (passado) QUAL ditadura. Um Fusquinha Zero KM para quem responder: A DIREITA BRASILEIRA ESTEVE APOIANDO A DITADURA (NADA BRANDA)…. pontinhos…..MILITAR BRASILEIRA ! E nossa Direita nem faz questão de esconder essa opção preferencial pelo regime dos coturnos; estão até mesmo desfilando essa bandeira de “Volta do Regime Militar”. Xô !

Lindivaldo

Mudando um pouquinho de assunto, foi ótimo o Joaquinzão “chicanar”, na última quinta-feira, para prorrogar o voto de Celso de Mello.
A intenção do JB era submeter o Ministro a uma pressão da mídia conservadora.
Não “colou”, deu com o burro n’água!
Hoje à tarde, numa defesa longa, contundente, consistente, embasada, o Ministro Celso de Melo desmoralizou as falácias ocas do JB, Fux, Cármem Lúcia, e do Marcos Aurélio!
Toma, Carmem Lúcia, medrosa, para nunca mais ir na “onda” da mídia e dos ministros partidários!

Acredito que, a partir de agora, a casa caiu para o Joaquim Barbosa!

lidia virni

Se esse DNA da bondade, integridade moral, patriotismo e solidariedade dos Médicos cubanos (com maiúscula mesmo)pudesse contagiar ao menos parte dos médico$ brasileiros que esbravejam contra sua vinda e tentam dificultar sua estadia aqui, seria um passo a mais na tarefa hercúlea que Lula e Dilma assumiram de tornar o Brasil um grande país econômica e socialmente.

Gilles

Bonita reportagem, após as fotos — digo, a parte em que conversam com as pessoas. Toque editorial leve; sente-se saltar dos entrevistados, e não da voracidade do jornalista, os ideais mais bonitos dos cubanos. Não pretende ser a história toda, é apenas a vida. A vida é cheia de dobras…

Confesso que não apoiaria financeiramente o Viomundo; sua orientação ideológica vai na direção oposta da maioria daquilo em que acredito. Mas é uma iniciativa super bacana, essa das reportagens de campo. Parabéns ao jornalista e ao editor.

Pinheiro Neto

Sempre fico às lágrimas quando leio a palavra desses médicos.
Eles realmente estão em missão e vão sim melhorar a vida de gente que nunca, repito, nunca tiveram atendimento médico nenhum.
Sei de todas as firulas advindas dessa medida. A eleitoreira, a tapa buraco, a apressada, enfim. Todos os “contrários”. Mas as vantagens superam qualquer argumento contrário.
Boa sorte a todos os cubanos, médicos ou não.

Brasileiro, o outro

Acho uma p(*) sacanagem não poderem, gratuitamente, entrar em contato com Cuba.
Coloquem-se na situação deles: longe de casa, da família, da pátria e ainda sem comunicação? Não é um pouco demais, não?
Vêm aqui para ajudar e até esse mínimo lhes é negado? Sacanagem da grossa, hein, Padilha?
Faça o favor de providenciar-lhes o necessário e peça desculpas a eles em nosso nome.

Marton

Ótima reportagem. super exclarecedora. obrigadão.

ignez

O relato é emocionante. A formação profissional elevada – Cuba tem estrangeiros de todo lugar do mundo em suas universidades – aliada ao ideal de solidariedade nos impacta porque nossa sociedade consumista privilegia o individualismo. Torna-se primordial o governo disponibilizar meios para que nossos irmão cubanos possam falar com seus familiares. Lindo demais. Só os neoliberais rancorosos, e alguns CRMs dirigidos por hipócritas médicos continuam pensando que podem impedir que o governo implemente Políticas Sociais que beneficiem o povo pobre deste vasto continente brasileiro.

José X.

Ótima utilização do (pouco) dinheiro que o Viomundo está recebendo dos seus leitores. Parabéns ao Viomundo. Espero que o número de assinantes chegue logo aos 5.000 desejados inicialmente.

cirineu fernandes

O CRM tem muito medo do ‘COMECU’ Cooperativa dos Médicos Cubanos..que vai dar umas pauladas nos coxinhas..
Re

Zanchetta

“Solidariedade” , “internacionalismo” e “dinheiro para a ditadura” formam um leitmotiv

R Godinho

Aí chega outubro de 2014, e a Dilma tem uma votação espetacular nesses lugarejos perdidos. A soma deles não faz nenhuma diferença significativa no resultado final, não representam mais do que 4 ou 5 porcento dos votos do país, sendo generoso. Ao invés de verem esse resultado como uma resposta de uma população imensamente carente a uma primeira e modesta – em termos – iniciativa para tratá-los com algum respeito e solidariedade humanos, à esquerda e à direita os críticos se esmerarão em dizer que isso não passa de clientelismo político, da compra de votos com migalhas.
Se esse programa funcionar, nos grotões deste país vai aumentar a votação em Dilma. Se funcionar bem o bastante, vai aumentar também nas periferias. E nessas sim, fará imensa diferença, dada a quantidade de votos em disputa.
Embora a direita (e parte da esquerda) ache que o discurso moralista anticorrupção poderá dar-lhes uma vitória eleitoral, duvido que isso possa de fato acontecer – como não aconteceu em 2006 e 2010. Uma pessoa pobre, do interior ou das periferias, tem coisas muito mais próximas e concretas com que se preocupar. E, para quem chegava em uma UPA ou Posto de Saúde, e ficava duas, três, quatro horas esperando, e ouvia os comentários dos auxiliares sobre o atraso do dr. fulano, “que está numa cirurgia”, e depois tem que ir embora, porque o médico do turno seguinte ou não virá, ou manda dizer que vai demorar muito e que é melhor procurar outro atendimento, só para diminuir a fila que o colega deixou pra ele, para essa pessoa pobre, só o fato de esperar uma hora “apenas” e ser atendida por um profissional que tem uma outra formação, especialmente no trato com o paciente, só isso já será motivo para achar que tudo melhorou bastante e ter esperança de, votando na Dilma, vá melhorar ainda mais.
Se o PT – especialmente o Ministro da Saúde – tiverem juízo e a percepção correta da vantagem eleitoral que podem vir a ter, garante a eleição 2014 e azeita a de 2018. Falta só os candidatos a cargos executivos se preocuparem em pedir voto também para as bancadas.

Fernando

Fala pra eles usarem o skype e a internet. Da pra conversar tranquilo hehe.

Ou até mesmo o e-mail. Da pra bater papo por lá também.

Fabrício

O tratamento a médicos estrangeiros, cubanos em particular, como coisas de outro mundo, é meio maluco

Ricardo

Esses medicos cubanos tem um DNA da bondade. Talvez o idealismo em suas mentes sobrepoem qualquer dificuldade. menos a saudade de seus familiares.

augusto2

Eu nao acredito, presidenta dilma, que os inimigos possam -nem digo vencer mas criar tanto obstaculo.
Nao acredito que o MS nao tenha previsto os problemas dos medicos, ao menos os mais punitivos.
Planeje as coisas,va a justiça – acrescente verba ao programa ano que vem, va a cuba e faça os ajustes!
Que porcaria!

Matheus

Uma sugestão para os editores dos jornalões: deixem os médicos cubanos trabalharem em paz.

Os pobres brasileiros agradeceriam.

    irineu

    Matheus , concordo com vc …. são jornalões golpista e estão perdendo Ibope e atacam de qualquer forma …essa direita corrupta desse Pais , enquanto estiveram apoiando a ditadura , eles enriqueceram e a nós povo comemos o pão que o diabo ( golpista ) amassou !!!

    Fernando

    opa não entendi, quem exatamente está apoiando a ditadura?

    a direita brasileira?

    err, no texto acima descrito só tem uma ditadura descrita e a direita infelizmente não tem nada haver com ela.

    Luiz Augusto Marcondes

    Para o Fernando:
    1-Você tentou escrever que a direita (sic) não tem nada a ver, mas infelizmente escreveu “haver”
    2-Se você não entendeu, o comentarista acima de você falava da ditadura militar que houve (agora sim, é a vez do verbo haver) neste país entre 1964 e 1985, caso você inacreditavelmente não saiba disso…

    Fernando

    Desculpe pelo erro de portugues.

    Eu entendi que era a ditadura militar.

    Mas tentei mostrar que a direita apoiou a ditadura militar, e a esquerda também está apoiando a ditadura.

    Felizmente a brasileira já passou. Estou falando do hoje e não do ontem.

    Ta claro isso. Ou vai me dizer que porque a direita fez não tem mal nenhum a esquerda fazer

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