No Rio, SP e Curitiba milhares tomam as ruas pela Amazônia, contra os retrocessos ambientais do governo Bolsonaro; vídeos

Tempo de leitura: 2 min

por João Francisco Werneck,  da Cinelândia, no RJ, especial  para o Viomundo

Nesta sexta-feira, 23/08, manifestações em defesa da Amazônia e contra os retrocessos ambientais promovidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ocorreram na Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Itália e Inglaterra.

No Brasil, ocorreram protestos em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, entre outras cidades.

No Rio de Janeiro, o ato aconteceu na Cinelândia, e contou com a participação de milhares de pessoas.

Diferentemente das manifestações políticas que acompanham os oito meses do governo de Jair Bolsonaro, o ato desta sexta-feira não foi convocado por movimentos sindicais ou partidários.

A iniciativa partiu do coletivo social “Amazônia na Rua”. E a forte presença da imprensa estrangeira na Cinelândia garantiu a pluralidade da manifestação, assim como a gravidade do assunto.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi na Cinelândia. Foto: Pedro Rocha

Entre as palavras de ordem repetidas no carro de som, muitos pediam a saída imediata do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, e a renúncia de Jair Bolsonaro.

Além das falas, performances indígenas e artísticas foram acompanhadas pelo público.

O auge do encontro aconteceu quando as pessoas marcharam até o prédio da Petrobrás, gritando e pedindo por uma política de maior preservação ambiental.

Para estudante de psicologia Julia Santos, “o que está acontecendo é descaso do governo federal”.

Para sua colega, Thaíse Amaral, “é a chance de mostrar para o mundo que nos preocupamos com a floresta amazônica, e  o Brasil não é esta zona que as pessoas pensam”.

Nesta semana, a questão do meio ambiente brasileiro chegou à gota d’água.

Desde que tomou posse, em janeiro, Jair Bolsonaro passou a ser continuamente questionado a respeito do desmonte das políticas de preservação ambiental.

Entre algumas medidas tomadas pelo capitão está o corte de R$5,4 milhões do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

Importantes organismos de fiscalização, prevenção e pesquisas, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Instituto Nacional de Pesquisas Aeroespaciais (Inpe), também tiveram seus recursos desmantelados.

Em algumas reservas ambientais, como a Bacia de Abrolhos, o presidente liberou a exploração predatória de recursos.

Mas foram as queimadas, nos últimos dias, que fizeram o assunto Amazônia ser destaque da mídia no mundo inteiro.

O governo Bolsonaro num primeiro momento acusou as ONGs e movimentos sociais de atearem atearem fogo.

O objetivo era acobertar o Dia do Fogo, promovido em 10 de agosto pelos produtores rurais.

Nessa data, em Novo Progresso, no Pará, produziram 124 focos de queimadas. Em 11 de agosto, somavam 203 focos.

Nos dias seguintes, a ação se espalhou para outras regiões. A situação está fora de controle.

Para tentar solucionar a crise, o presidente assinou nesta sexta-feira, 23/08, decreto que autoriza o uso das Forças Armadas no combate às queimadas na Amazônia. Ele prevê a atuação das tropas até 24 de setembro.

Mais manifestações estão convocadas para este final de semana.

No sábado, haverá atos em Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Ribeirão Preto (SP), São Carlos (SP), Porto Velho (RO) e Natal (RN).

No domingo, acontecem novas manifestações no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM).

 

 


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