Com Lula, Chauí, Sader e Pochmann, 10 anos de governos pós-neoliberais

Tempo de leitura: 7 min

da Boitempo

No dia 13 de maio, às 19h, a Boitempo e a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais sede Brasil (FLACSO Brasil) realizam o debate de lançamento de 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma. O evento contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da filósofa Marilena Chauí, do economista Marcio Pochmann e do sociólogo e organizador do livro Emir Sader.

Essencialmente uma reflexão sobre os rumos da política brasileira na última década, o livro oferece um panorama dos desafios enfrentados pelo País. Além de trazer uma rara e inédita entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a obra reúne 21 artigos de alguns dos principais intelectuais engajados e ativamente envolvidos na política dos últimos anos.

Aberto ao público, o evento é gratuito e não requer inscrição. Senhas para entrada serão distribuídas a partir das 18h, no local do evento.

Centro Cultural São Paulo: rua Vergueiro, 1000, Liberdade, São Paulo

Sobre o livro

Como avaliar as enormes transformações pelas quais o Brasil passou ao longo da última década? O país foi palco de profundas mudanças desde que elegeu o Partido dos Trabalhadores. Compreender e refletir o seu legado tornou-se uma tarefa incontornável para pensar os rumos da nação. 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil, coletânea organizada pelo sociólogo Emir Sader, contribui para essa difícil empreitada, com reflexões de alguns dos mais destacados pensadores brasileiros, como Marilena Chauí, Marco Aurélio Garcia, Marcio Pochmann, Luiz Gonzaga Belluzzo, José Luis Fiori, Luis Pinguelli Rosa e Paulo Vannuchi.

Coeditado pela Boitempo e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais sede Brasil (FLACSO Brasil), o e-book do livro estará disponível para download gratuito a partir da segunda quinzena de maio.

Sader não hesita em expor as tensões em meio às quais se desenvolveu a política econômica do governo, da primeira à segunda – e atual – fase. O resultado é um panorama de 21 ensaios de intelectuais engajados e ativamente envolvidos na política da última década, que discorrem sobre como foram implementadas as políticas sociais – o cerne dos governos Lula e Dilma –, seus enfoques setoriais obrigatoriamente desiguais, seus sucessos e obstáculos até hoje ainda não superados.

Além desse amplo espectro de reflexões, o livro conta com uma entrevista inédita com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada em fevereiro de 2013 especialmente para esta coletânea, na qual ele avalia a experiência de governo e faz um balanço das suas realizações e do que não foi possível fazer durante seus dois mandatos.

“A intuição e o pragmatismo de Lula serviram de bússola nesse caminho, com situações às vezes surpreendentes e inesperadas, mas que fizeram com que se concluísse esse período com um balanço claramente positivo”, afirma o sociólogo.

O livro é considerado por Sader um instrumento de atualização da prática política e de reflexão necessária para a superação definitiva do neoliberalismo no Brasil. A rubrica “pós-neoliberal” visa dar conta da totalidade das políticas antineoliberais que emergiram no marco das grandes recessões que abalaram a América Latina no final do século XX.

A perspectiva essencial é de que o esgotamento do modelo neoliberal não foi sucedido por um modelo alternativo que pudesse substituí-lo em escala global. “Vivemos e seguiremos vivendo ainda por um tempo prolongado um período turbulento, nos planos geopolítico e econômico-financeiro, de disputa hegemônica, em que um mundo velho insiste em sobreviver e um mundo novo encontra dificuldades para se afirmar”, avalia Sader no ensaio “A constituição da hegemonia pós-neoliberal”.

A década que teve fim em 2002 combinou várias formas de retrocesso. Entre elas, a prioridade do ajuste fiscal, as correspondentes quebras da economia e as cartas de intenção do FMI, que desembocaram na profunda e prolongada recessão que o governo Lula herdou.

Os caminhos pelos quais os governos Lula e Dilma trilharam e ainda trilham para enfrentar essa herança foram mais complexos e conflituosos do que se poderia esperar.

No entanto, Maria Inês Nassif afirma no texto de orelha que, na última década, o Brasil percorreu tão rapidamente caminhos desconhecidos em sua história que ainda não se deu conta de que uma nova geração já perdeu a referência do passado. “O debate é fundamental para o futuro”, assinala.

Para Nassif e Sader, o livro é uma proposta para o aprofundamento das discussões sobre os governos Lula e Dilma pela óptica progressista e pela perspectiva da continuidade. “São 10 anos que servem de pano de fundo para se pensar sobre a herança recebida, as transformações logradas e aquelas não realizadas, com suas razões e consequências, e as projeções do futuro brasileiro”, conclui Sader.

Sumário

BALANÇO DA ÚLTIMA DÉCADA
O necessário, o possível e o impossível
Luiz Inácio Lula da Silva (Entrevista concedida a Emir Sader e Pablo Gentili)
GEOPOLÍTICA
O Brasil e seu “entorno estratégico” na primeira década do século XXI
José Luís Fiori
POLÍTICA EXTERNA
Dez anos de política externa
Marco Aurélio Garcia
ECONOMIA
Dez anos de política econômica
Nelson Barbosa
POLÍTICA INDUSTRIAL
Os anos do povo
Luiz Gonzaga Belluzzo
DESENVOLVIMENTISMO
Dez anos depois…
Jorge Mattoso
CIDADANIA E CLASSES SOCIAL
Uma nova classe trabalhadora
Marilena Chaui
PÓS-NEOLIBERALISMO
A construção da hegemonia pós-neoliberal
Emir Sader
POLÍTICAS SOCIAIS
Políticas públicas e situação social na primeira década do século XXI
Marcio Pochmann
DESENVOLVIMENTISMO REGIONAL
Desenvolvimento regional brasileiro e políticas públicas federais no governo Lula
Tania Bacelar de Araujo
ENERGIA
Energia e o setor elétrico nos governos Lula e Dilma
Luiz Pinguelli Rosa
REFORMA AGRÁRIA
A reforma agrária que o governo Lula fez e a que pode ser feita
Bernardo Mançano Fernandes
COMUNICAÇÃO
Por que não se avança nas comunicações?
Venício A. de Lima
MEIO AMBIENTE
A política ambiental na década 2002-2012
Liszt Vieira e Renato Cader
SAÚDE
Saúde é desenvolvimento
Ana Maria Costa
EDUCAÇÃO
A procura da igualdade: dez anos de política educacional no Brasil
Pablo Gentili e Dalila Andrade Oliveira
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Uma década de avanço em ciência, tecnologia e inovação no Brasil
Sérgio Rezende
CULTURA
Cultura: políticas públicas e novas visibilidades
Glauber Piva
TRABALHO
Um olhar dos trabalhadores: um balanço positivo, uma disputa cotidiana e muitos desafios pela frente
Artur Henrique
POLÍTICA PARA AS MULHERES
10 anos de política para as mulheres: avanços e desafios
Eleonora Menicucci de Oliveira
DIREITOS HUMANOS
Direitos humanos e o fim do esquecimento
Paulo Vannuchi

Sobre os autores
Luiz Inácio Lula da Silva foi presidente da República de 2003 a 2010. Ex-sindicalista, com papel de liderança nos protestos contra a ditadura militar, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, do qual é presidente honorário.

José Luís Fiori é professor titular de economia política internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É autor de Poder global e a nova geopolítica as nações (2007) e Ontem, hoje e amanhã: tendências do sistema mundial (no prelo), ambos pela Boitempo.

Marco Aurélio Garcia é assessor especial de Política Externa da presidenta Dilma Rousseff, função que desempenhou nos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva. É professor aposentado de História, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Nelson Barbosa é professor do Instituto de Economia da UFRJ e secretário executivo do Ministério da Fazenda.

Luiz Gonzaga Belluzzo é professor de Economia da Unicamp. Atuou como consultor pessoal de economia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Escreveu com Júlio Sérgio Gomes de Almeida, Depois da queda: a economia brasileira da dívida aos impasses do real (Civilização Brasileira, 2002).

Jorge Mattoso é economista e consultor. Foi presidente da Caixa Econômica Federal (2003-2006) e atua como secretário de finanças da Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo desde 2009.

Marilena Chaui é professora de Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e autora, entre outros livros, de Iniciação à filosofia (Ática, 2012) e Cidadania cultural (Perseu Abramo, 2006).

Emir Sader foi secretário-executivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso). Organizou ao lado de Ivana Jinkings, Carlos Eduardo Martins e Rodrigo Nobile aLatinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe (Boitempo, 2006).

Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia da Unicamp. Pela Boitempo, publicou O emprego na globalização (2001), O emprego no desenvolvimento da nação (2008) e Nova classe média? (2012).

Tania Bacelar de Araujo é professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em desenvolvimento regional. É autora de Ensaios sobre o desenvolvimento brasileiro: heranças e urgências (Revan, 2000).

Luiz Pinguelli Rosa é diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (UFRJ). Membro da Academia Brasileira de Ciências, foi presidente da Eletrobras de 2003 a 2004.

Bernardo Mançano Fernandes é professor de Geografia na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente e coordenador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos da Reforma Agrária na mesma universidade.

Venício A. de Lima é professor de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), fundador e primeiro coordenador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da mesma universidade.

Liszt Vieira é doutor em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e professor da Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- Rio).

Renato Cader é doutor em Ambiente e Sociedade pela Unicamp e docente da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ana Maria Costa é médica sanitarista, doutora em Ciências da Saúde e presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes).

Pablo Gentili é secretário executivo do Clacso, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e diretor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Brasil).

Dalila Andrade Oliveira é presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Sergio Machado Rezende é professor de Física da UFPE. Foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. É autor de Materiais e dispositivos eletrônicos (Livraria da Física, 2004).

Glauber Piva é sociólogo e foi diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Foi professor de Políticas Culturais, Corpo e Diversidade na Faculdade de Artes de Paraná.

Artur Henrique é sociólogo e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). É conselheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e diretor financeiro da Fundação Perseu Abramo na gestão 2012-2016.

Eleonora Menicucci de Oliveira é socióloga e ministra-chefe da Secretaria de P olíticas para as Mulheres. É professora em Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Paulo Vannuchi é jornalista. Foi ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos de 2005 a 2010. Trabalhou na elaboração de Brasil nunca mais, coordenado por dom Paulo Evaristo Arns.

Renato Ferreira é advogado e professor de Direitos Humanos. Mestre em Políticas Públicas pela Uerj. Foi assessor da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

Ficha técnica
Título: 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil
Subtítulo: Lula e Dilma
Organização: Emir Sader
Autores: Vários
Orelha: Maria Inês Nassif
ISBN: 978-85-7559-328-8
Páginas: 384
Preço sugerido: R$ 20,00 (livro impresso; ebook será gratuito)
Coedição: Boitempo e FLACSO Brasil

 


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Comentários

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Ela Wiecko: "Em uma democracia, não se deve ter medo dos movimentos sociais" – Viomundo – O que você não vê na mídia

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É curioso ler os “esquerdistas” que acham que tudo é fácil de resolver, que não existem outras pessoas no Brasil que pensam diferente.

Eu sou de esquerda, e vejo os avanços que ocorreram nos últimos 10 anos.

E para o tipo de sociedade conservadora que temos, foram avanços expressivos.

Quero mais, muito mais, mas sei que não é fácil negociar com um congresso conservador e interesseiro.

Para o “esquerdista” passional tudo tem que ser resolvido de cima para baixo, sem negociação, só por ideologia.

Não funciona assim, nunca funcionou em lugar algum do mundo.

Para avançar é preciso ouvir o outro e traze-lo junto, equilibrando a decisão.

Quem dá porrada a três por quatro, toma porrada na mesma intensidade.

Avançamos, estamos avançando e estamos prestes a destronar o ninho do conservadorismo no poder: o PSDB de São Paulo. Ganhando a eleição para governador em SP, poderemos avançar muito mais rapidamente. Aqui está a chave!

    Navegador

    Em primeiro lugar, POLÍTICA vem da politéia grega, que a grossíssimo modo, além de respeitados os anacronismos, seria a forma de resolver TODOS os problemas da polis.
    Em segundo lugar, eu também vi avanços nesses dez anos todos, mas são avanços em questões emergenciais. SÓ. Vocês abriram as pernas pro capital e deixaram a letargia tomar conta de toda e qualquer política alternativa realmente social. Reformas sociais estruturais não agem por inércia…

    Em terceiro lugar, quem tá resolvendo de cima pra baixo são vocês, ou vocês vão sair de Brasília e voltar a fazer trabalho de base na periferia?

    Em quarto lugar, esse “outro” que você cita como sendo imperativo trazê-lo para seu lado, É GENTE QUE BASEIA A PRÓPRIA VIDA NA IDÉIA DA SOCIEDADE DE CLASSES, COM ELES POR CIMA E NÓS OBEDECENDO (coisa que vocês enquanto “escravos queridos da casa grande” estão adorando…). Não há equilíbrio que resolva essa situação, a não ser a ruína desse próprio sistema. Vocês estão só se aproveitando pessoalmente do momento.

    Em quinto lugar, POLÍTICA não é torcida de futebol e esse papo de “destronar o ninho do conservadorismo em São Paulo” não só é demagogia sua, como é uma TREMENDA MENTIRA. Vocês vão mexer na Opus Dei? Vocês vão mexer na TFP? Vocês vão mexer em alguma coisa da igreja católica sem se aliar com essa bandidagem neopentecostal da maneira como estão fazendo???

    O oPTei e o PT saudações ficaram há muito tempo pra trás.

Igor Bello

O ex-governador Ciro Gomes acaba de detonar o governo Dilma em entrevista no programa do Amaury Junior. Livrou a cara da presidente, mas desancou sua equipe de governo que, aliás, classificou como medíocre. Com relação à equipe, chamou de corrupta, simplesmente. Será que o ex-companheiro Ciro foi cooptado pelo PIG e está, secretamente, apoiando o Aécio? Que é isso companheiro?!

Paco

Poxa que bacana, estou ansioso.

Luana

Você irá transmitir, Azenha?

Julio Silveira

Descobri finalmente o nome dos criadores do manto da invisibilidade petista.

willian

Pós-liberais? Mesmo?

Alexandro Rodrigues

Márcio Pochmann, o melhor nome para o PT na disputa do Governo de São Paulo em 2014!

    willian

    Os tucanos apoiam.

FrancoAtirador

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Uma no cravo, outra na ferradura.
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Sagarana

… com o Palocci, com o Meireles…

Edgar Rocha

Logicamente ainda não pudemos ler a referida obra. Tenho certeza que será um documento importante para um balanço geral e discussão de novas perspectivas políticas. Mesmo não tendo lido, dá pra constatar ao menos duas coisas interessantes: primeiro, dos intelectuais que ajudaram a compor o trabalho, apenas dois são da USP, a Marilena Chauí e o Emir Sader (afastado atualmente). A FFLCH tá em baixa mesmo. Quer saber? Graças a Deus! Estudei naquela porcaria e engrosso os 90% de evadidos da Faculdade de História na década de 90. E olha que eu insisti, mas lá, não dá! Segundo, embora a maioria dos especialistas contribuintes da obra seja formado na área de Humanas (Sociologia, em especial), há apenas um tópico relacionado aos Direitos Humanos (pelo título, deve se referir à questões sobre a época da Ditadura) e nenhuma, (li de novo e não vi!), absolutamente nenhuma abordagem diretamente relacionada a questão de Segurança Pública e do Crime Organizado no Brasil. Considerando de boa fé que tal temática se encontre diluída em temas mais centrais, acho lamentável, pra dizer perigoso, tratar de forma periférica esta questão que, sem sombra de dúvida, pode botar em risco toda conquista política em favor da igualdade social, da prioridade sobre questões sociais e, sobretudo em favor do Estado Democrático. Se depender dos intelectuais de esquerda, esta água suja só será descarregada depois que bater na bunda. Será que não percebem o risco que o avanço do crime organizado e do poder paralelo representa para as instituições democráticas? Ah, sim! Me esqueci que este é um tema que não foi pauta durante todo o Governo Lula e nem é no atual Governo. Enfim, vamos ver se, depois que acontecer algo que ameace as instituições, não vão aparecer sociólogos afirmando que “eu não sei o que dizer sobre isto, no momento”.

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