Luisa Paiva e Lira Alli: A fascistização oculta da sociedade

Tempo de leitura: 3 min

por Luisa Paiva e Lira Alli, em Brasil de Fato, sugestão de Ricardo Musse

A Universidade de São Paulo é conhecida internacionalmente pela excelência acadêmica. Todos os anos, rankings internacionais situam a USP na lista das melhores do mundo. Se houvesse, no entanto, um ranking que apontasse o caráter antirepublicano e antidemocrático das universidades brasileiras, a USP certamente ficaria em primeiro lugar.

A USP é a universidade mais antidemocrática do Brasil. Antidemocrática porque é dirigida por um pequeno círculo de poder, que se perpetua nas instâncias de decisão na base da troca de favores.

Antidemocrática porque restringe o acesso a milhares de jovens que vêm da escola pública, aptos a estudar na USP tanto quanto os jovens de classe média que nela estudam. Antidemocrática porque, salvo exceções, a pesquisa atende demandas privadas, alheias às reais necessidades da população. Antidemocrática porque nela o ensino é alienante e despolitizador.

Há quem argumente que uma universidade não pode ser democrática por causa do mérito acadêmico. No entanto, na USP, a eleição para Reitor não tem nada a ver com mérito acadêmico, mas sim com interesses pessoais de poder e prestígio. A eleição ocorre num colegiado onde têm direito a voto menos de 1% da comunidade universitária. O atual Reitor, João Grandino Rodas, sequer foi eleito nesse colegiado. Em 2009, ele ficou em segundo lugar. Tornou-se Reitor porque o então Governador José Serra o nomeou. Rodas é um interventor, representante de um partido político na Reitoria da USP.

Na condição de Reitor, Rodas teve a proeza de superar o autoritarismo de seus antecessores. Vale lembrar que Gama e Silva, Ministro da Justiça na ditadura e autor do AI-5, também havia sido Reitor da USP. Assim como Gama e Silva, Rodas foi diretor da Faculdade de Direito, cuja Congregação esse ano o agraciou com o título inédito de persona non grata, por todo o desserviço prestado e pelos atos arbitrários, tanto na diretoria da Faculdade como na Reitoria. Nem Gama e Silva recebeu tal título.

A lembrança de Gama e Silva é oportuna neste momento, na abordagem dos acontecimentos recentes. Ao contrário do que os grandes veículos de imprensa têm maliciosamente noticiado, a causa do protesto estudantil não é pelo direito de fumar maconha. Estigmatizar o movimento dessa maneira é mais do que antiético; é ridículo. A revolta surgiu de um sentimento de indignação contra os abusos e as arbitrariedades de uma estrutura de poder antidemocrática e antirepublicana, e que nas últimas semanas materializou-se para os estudantes, docentes e trabalhadores na prática dos “enquadros” policiais.

Como comprova a pesquisa de Denise Carvalho dos Santos Rodrigues, feita no âmbito do Núcleo de Estudos da Violência da USP, a abordagem policial “reproduz um padrão arcaico e discriminatório de classificação dos indivíduos”. Além de arbitrária, a abordagem policial é uma forma de tortura psicológica e é também a ante-sala da corrupção policial.

Embora a imprensa insista em apresentar dados manipulados, o fato é que, desde que a PM passou a fazer rondas ostensivas no campus Butantã, a única coisa que mudou é que os “enquadros”, sempre truculentos e arbitrários, tornaram-se recorrentes. Enquanto isso, a insegurança persiste no campus, porque as reais causas de insegurança não foram resolvidas: o campus permanece fechado à comunidade, com áreas desertas e mal iluminadas; a Guarda Universitária e a guarda terceirizada sucateadas e desarticuladas.

A greve estudantil tem demandas e reivindicações concretas. Mas, se olharmos bem, veremos que existe algo na revolta dos estudantes que vai além das reivindicações. No fundo, o foco do protesto estudantil é o caráter inconcluso da transição democrática no Brasil. São as estruturas mesmas da sociedade que estão sendo questionadas.

Saímos da ditadura, mas as relações e as estruturas da ditadura não saíram da universidade, da sociedade e das consciências. Esse é o ponto. Afinal, se estamos num regime democrático, por que a estrutura de poder da universidade concentra as decisões nas mãos de um pequeno círculo de poder?

Por que não há participação nas decisões? Por que o Reitor da USP é imposto por um partido político? Por que os conflitos são encarados como caso de polícia? Por que ainda existe a prática da abordagem policial? Por que a polícia é militar?

Essas questões apontam para o que Florestan Fernandes chamou em fins da década de 80 de “fascistização sem fascismo” da sociedade brasileira. Os estudantes tomaram consciência disso. Foram empurrados a questionar as estruturas arcaicas da sociedade e do Estado, da qual as maiores vítimas são os jovens pobres e negros que vivem nas periferias urbanas. Cabe agora ao movimento estudantil manter viva e levar adiante essa luta, em aliança com os movimentos sociais.

Luisa Paiva é estudante de Direito da USP e Lira Alli,  de Artes Cênicas.

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Comentários

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Klaus

Como se dá a escolha de Reitor numa Universidade verdadeiramente democrática? Estou perguntando por que realmente não sei e gostaria de ver um exemplo, caso exista.

    cronopio

    Klaus, a USP não tem nem mesmo eleições paritárias…

    Lis

    Se dá com a escolha do reitor pela comunidade da universidade em questão, que inclui: docentes, discentes e trabalhadores. É parecido com a forma como se escolhe presidente, governador, prefeito…, dentre vários, o mais votado toma posse da reitoria; um reitorado compreende 4 anos, como uma presidência.
    Como exemplo temos a UnB, que desde fins da década de 80 conquistou esse direito com mobilizações dos estudantes, professores e servidores, como vem ocorrendo na USP.

A ideologia da Ditabranda (Folha de SP, não para ler – definitivamente) « LIBERDADE AQUI!

[…] Luisa Paiva e Lira Alli: A fascistização oculta da sociedade […]

Cleverton_Silva

Belo texto, Luiza e Lira! A matéria de vocês vai direto na ferida da direita burra e dos tucanos chuiços. Vivem falando que o os governos Lula e Dilma aparelham isso e aquilo, mas eles é quem fazem esse tipo de coisa, e pior, numa universidade. Para o pig e os farsantes demotucanos, o povo brasileiro em último lugar. O negócio deles é tirar os sapatos nos aeroportos dos EUA e se ajoelharem diante do presidente estadunidense de plantão.

Operante Livre

Interessante esta pergunta: "Afinal, se estamos num regime democrático, por que a estrutura de poder da universidade concentra as decisões nas mãos de um pequeno círculo de poder?"

Democracia participativa só é interessante quando pode ser utilizada como ferramenta para manter os ditadores. Uma vez que percebam que não é mais útil abandonam as tais "práticas democráticas". Temos visto isto acontecer em diversas partes do mundo, e cada vez mais, inclusive em Wall Street. A palavra democracia está esvaziada. Precisamos substitui-la por um verbo: queremos participar.

O que incomoda não é a oposição e sim a eliminação das oposições que está na moda.

FrancoAtirador

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1968, O ETERNO RETORNO

Em meados dos anos 1970, sob o pretexto de promover a abertura política e a redemocratização do Brasil, os próprios ditadores militares prometeram ao povo brasileiro a implementação de um projeto de “distensão lenta, gradual e segura”, assim denominado pelo General Golbery do Couto e Silva, um dos principais mentores intelectuais do Golpe de 1964 e eminência parda durante todo o período da Ditadura Militar.

O povo brasileiro acreditou nesse engodo ditatorial, com o endosso de praticamente toda a classe política vinculada à ARENA e ao MDB, na época do bipartidarismo – outro golpe dentro do golpe.

Assim, já que aconteceria de forma "lenta, gradual e segura", ficamos esperando, sentados, por décadas que a Democracia nos fosse concedida, sem que fossem alteradas as estruturas de poder montadas fundamentalmente nas corporações estatais.

Paralelamente, em mais um golpe de mestre, a ditadura também "concedeu" uma anistia "ampla, geral e irrestrita", isto é, restabeleceu os direitos políticos às vítimas que haviam sido perseguidas, presas, exiladas e cassadas, sobreviventes do regime criminoso imposto pelas armas, ao mesmo tempo que isentou de punição todos os torturadores, assassinos e mandantes dos crimes mais bárbaros que se possam imaginar.

Esquecemos que Liberdade e Democracia não são concessões de verdugos déspotas, mas conquistas resultantes da luta popular, por sua vez decorrente da conscientização política e do engajamento ideológico da maioria da população.

Precisamente por isto, por faltar ao povo brasileiro a educação política, condicionante necessária à libertação do jugo opressor, que, enquanto perdurar, 1968 nos será indelevelmente um eterno retorno.
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Emerson Sousa

Pessoal,

O que tenho a dizer não tem nada a ver com a ocupação da USP, mas é sobre uma campanha que o Sr. Reinaldo Azevedo colocou em seu blog – "Acho que a Comissão da Verdade, sancionada hoje por Dilma, tem de ter um patrono. Meu candidato é Carlos Lupi. Por Reinaldo Azevedo" – a qual creio ser bastante desrespeitosa com a memória dos desaparecidos políticos. Por isso, solicito ajuda a fim de sensibilizar aquele escriba a retirar a enquete do ar, somente por uma questão de respeito, só isso. Vejam a mensagem que coloquei lá (ele nunca publica meus comentários). Me ajudem nessa

Senhor Azevedo,

"Não te preocupes, vou continuar a incomodá-lo! V.Sa. deveria ter, ao menos, respeito por aquelas famílias que sinceramente lutam para saber do paradeiro dos seus familiares desaparecidos durante a ditadura (não ditabranda!), independente do viés ideológico, pelo menos isso V.Sa. deveria! É uma chance, ainda que pequena, de acabar com essa dúvida (dor)! Mas fazer o que? Uma vez facista… Por sinal, parafraseando a paráfrase do Dr. Ulisses: Que inocência a minha, pedir aos sem senso um pouco de bom senso! Velho amigo reacionário, preciso ir. Boa noite e boa sorte!

P.S.: Essa, pelo menos, V.Sa. vai publicar, não vai? E faça o favor de retirar a enquete do ar!"

Roberto Locatelli

Os teleguiados demotucanos que pululam por aqui acham que todos são como eles. Só porque eles recebem um sanduíche de mortadela e um suco de laranja (de máquina) para derrubar a qualidade dos comentários do VioMundo, eles acham que todos ganham para postar aqui.

    Coralina

    É impressionante mesmo, como pululam por aqui!…
    O que dizer, por exemplo, do comentário abaixo…? aarghh!!!…

Gustavo Pamplona

Quem em sã consciência está se importando com isto e com um bando de estuandes vagabundos, já que fumam maconha, ou seja não estão lá para estudar….

Lu_Witovisk

ALIENANTE mesmo!!!!! ai se eu falasse qualquer coisa além do ""cienitfico"" mesmo na hora de almoço!! Bom, eu era a doida, sempre. Terrível!! Aprendi muito, agradeço ao mestrado na USP, mas foi o inferno. Os professores se preocupavam com tudo: com a minha roupa (indiana até o pé, não era Geysi Arruda não!), com a minha alegria (na defesa escutei da banca: bom ver que alguem tão viva produz um trabalho de respeito! credo!), com tudo o que era superficial e acho que nunca enxergaram o que importava. Triste. Tanto preconceito, tanta formula pronta para "o pesquisador" e de vida real falam o que?? NADA. Nem com a Chauí ali do lado!! credo!

    Acauam

    A pós-graduação é um horror de alienação mesmo.. e vai ficando cada vez pior conforme voce vai subindo na hierarquia (mestre – doutor – pós-doutor). Não é a toa que nossos dirigentes sejam o que são.

alexandre

O reitor da USP é nomeado pelo governador, que é o principal representante democrático da população do estado, a quem pertence a USP. Isso está correto. A razão é análoga àquela pela qual o presidente da república escolhe os ministros do Supremo Tribunal Federal no lugar de, digamos, o conjunto dos juízes e desembargadores. Excluir o governador do processo em favor da "comunidade universitária" enfraqueceria a participação democrática, ao contrário do que afirma o texto.

    Lu_Witovisk

    Nada a ver…. Quem está dentro é que sabe, não seguir a lista triplice é o auge da soberba ou do mal caratismo

    Cleverton_Silva

    Da chegada de Lula à presidência até hoje, qualquer decisão sujeita à lista tríplice tem como praxe a indicação de um primeiro colocado na eleição interna da instituição, representada por quem tem direito ao voto e que tem melhores condições de conhecer os candidatos. Não tem como correr: S(F)erra foi autoritário e desrespeitou a vontade da maioria da comunidade votante da USP. Isso sim enfraqueceu a participação democrática. Mas fazer o quê? Breve o Zé Alagão volta como candidato a prefeito de SP, prometendo cumprir o mandato até o final.

FrancoAtirador

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Extra! Extra!

XUXU aceitou a proposta de substituir o Rodas.

O próximo Reitor a rodar a baiana na USP será…

REINALDO AZEVEDO.
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    Lu_Witovisk

    Boa!! o "Rei" (como os comentaristas da óia o chamam) estava mesmo precisando. Afinal, vai que a óia some, como o prometido: que titulos da abril sumirão… E ainda engloba o que o Civita quer: lidar com educação.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Cara,

    Esses dias eu inventei de olhar aquilo lá…

    Me apavorei.

    Parece até aquela seita do Charles Manson.

    Depois não sabem como é que "do nada" surge um fanático,

    estilo norueguês, metendo bala em pessoas inocentes.
    .
    .

    Lu_Witovisk

    Também passei mal… os comentarios conseguem ser piores que as postagens. triste.

    O Maldoror

    …todos os dias mando um recadinho para o ReiNazi Azedo…mas nunca publicaram…hahahahaha…e realmente os comentários da plebe conseguem superar o Monarca….

Livia

Bom texto.

PM dentro de universidade é a súmula de efeito vinculante que certos segmentos de nossa sociedade deseja. Se tem na USP devemos por em todas. Efeito dominó ? Não tenho dúvida. O DEM comanda o DCE da UnB. Veja só ! Pensei que morreria e não veria algo dessa envergadura acontecer. Dai para PM chegar lá…

O militares foram depostos do poder, mas o seu legado continua. Aliás, defendo que em 1ª de abril de 1964 morreu um país e nasceu outro. Esse que vivemos nasceu lá. Tudo ao mesmo tempo. O Brasil em que estamos hoje é o dos debates rasos, baixos. Da virulência, da difamação. Do aparentar SER culto, enquanto a alma deita na ignorância e no preconceito. Da tortura institucionalizada e aplaudida pela mídia e sociedade em geral. Mas só quando é contra "vagabundo, preto e nordestino". Branco não.

Mas há males que vêm para o bem. Chegamos ao fundo do poço? Não sei. Mas quando esses garotos se insurgem contra essa estrutura na USP. Quando temos um MST. Quando o último presidente veio da classe operária é porque no mínimo alguns pararam de cavar nesse buraco. Deus ajude que com isso estejamos em rota – consciente – de colisão com o nosso passado, pois é daí que virá a mudança. Na hora em que rompermos com esse legado do qual a ditadura é apenas a faceta mais recente.

    dukrai

    o movimento estudantil que derrubou um reitor por causa de uma lixeira de mil reais e apoiou um interventor é o mesmo que tomou posse do DCE na UnB. Essa direita estudantil é regurgitação de Sarney, Collor, Itamar e FHC, filhos bastardos da cruza do varão ideológico escravagista e a donzela liberal, gestados no leito da Redentora.

    edv

    E que não confundam a princesa Isabel de 13 de maio de 1888 com o 1 de abril de 1964…

ana

a ditadura influenciou o seu cérebro, que virou essa massa amorfa

Candinho

oculta??????????????????????

Regina Braga

Perfeito o texto.Um dos melhores já apresentados. A transição não foi feita pelos governantes.Sampa,ainda vive a síndrome de estocolmo e a USP, é a sua mais fiel representação.Mas como colocou o curso de Psicologia…Pensar,Pesquisar,Possibilitar novas formas de ser ver problemas sociais é função da Universidade.Que chegue os novos tempos,64 já foi.

    Deusdédit R Morais

    E pensar que tivemos dois governos seguidos de "esquerda", e já estamos no terceiro, sem que esta necessária discussão sequer tenha sido posta em pauta, preferindo os nossos esquerdinhas festivas as benesses da boa vida burguesa aos embates realmente necessários para a real transformação da sociedade brasileira em uma sociedade democrática. Democracia não é só voto.

    Saudações

    Espantado

    Regina comenta sobre os governos anacrônicos de SP e você, cego pela ideologia, investe contra os governantes federais de maneira estapafúrdia. Acorda!

pedro

Interessante como o pessoal da USP fala de ditadura, isso está sendo uma má influência pra eles, vejam o caso dos membros do DCE que acabam de dar um golpe adiando a eleição por medo da derrota eminente.

Isso é a ditadura influenciando "os meninos"…

    Carlos5

    amigo…

    não é "o pessoal da USP" q fala de ditadura… são meia-duzia, num universo de 80 mil alunos!!!!

    isso, graças a Deus, não representa o pensamento do "pessoal da USP"

FrancoAtirador

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DESTAQUES:

"…na USP, a eleição para Reitor não tem nada a ver com mérito acadêmico, mas sim com interesses pessoais de poder e prestígio.

A eleição ocorre num colegiado onde têm direito a voto menos de 1% da comunidade universitária.

O atual Reitor, João Grandino Rodas, sequer foi eleito nesse colegiado.

Em 2009, ele ficou em segundo lugar. Tornou-se Reitor porque o então Governador José Serra o nomeou.

Rodas é um interventor, representante de um partido político na Reitoria da USP"

"No fundo, o foco do protesto estudantil é o caráter inconcluso da transição democrática no Brasil.

São as estruturas mesmas da sociedade que estão sendo questionadas.

Saímos da ditadura, mas as relações e as estruturas da ditadura não saíram da universidade, da sociedade e das consciências.

Esse é o ponto.

Afinal, se estamos num regime democrático, por que a estrutura de poder da universidade concentra as decisões nas mãos de um pequeno círculo de poder?

Por que não há participação nas decisões?

Por que o Reitor da USP é imposto por um partido político?

Por que os conflitos são encarados como caso de polícia?

Por que ainda existe a prática da abordagem policial?

Por que a polícia é militar?"
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    EUNAOSABIA

    Por que você existe?

    FrancoAtirador

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    P'ra você ter seu ganha-pão.
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    .

    EUNAOSABIA

    O seu pão, é ganho com o quê?

    FrancoAtirador

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    Sua desonestidade intelectual desautoriza a lhe dar qualquer satisfação.
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    mfs

    Nossa, que cérebro! Não conseguiu passar no vestibular para universidade pública nem conseguiu ficar rico. Como compensa? Ofendendo as pessoas. Escondendo-se atrás do pseudônimo.

    ana

    por que VOCÊ existe. para não saber de nada, seria melhor desaparecer

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