Jeferson Miola: A responsabilidade direta de Bolsonaro na roubalheira “em nome de deus”

Tempo de leitura: 2 min
Fotos: Perfil de Bolsonaro no Facebook e Carolina Antunes/PR

A responsabilidade direta de Bolsonaro na roubalheira “em nome de deus”

Por Jeferson Miola, em seu blog                                            

O ministério bolsonarista da Educação [MEC] é palco de vários escândalos de corrupção, em regra abafados, como ocorre em outros ministérios e órgãos do governo militar, inclusive nas Forças Armadas.

Antes do esquema de corrupção de pastores que controlavam a agenda e os repasses de verbas públicas, outros escândalos do MEC ficaram conhecidos, como, pelo menos

[1] a fraude milionária com gráficas para impressão das provas do ENEM;

[2] a licitação fraudulenta de R$ 3 bilhões para compra de computadores para escolas públicas, por meio da qual 255 estudantes de uma determinada escola receberiam 30 mil laptops, uma média de 117,6 laptops por aluno; e

[3] a licitação, também fraudulenta, com superfaturamento de R$ 700 milhões para a compra de ônibus escolares.

A prisão do reverendo e ex-ministro Milton Ribeiro [22/6] recoloca em outros termos a discussão não só sobre a notória e sistêmica corrupção do governo militar, como a respeito da responsabilidade direta de Jair Bolsonaro no esquema de corrupção que derrubou o reverendo do MEC.

roubalheira “em nome de deus”, operada pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Hamilton Moura a mando do próprio Bolsonaro, consistia na cobrança de propinas pelos “agentes de deus” – inclusive em barras de 1 kg de ouro – como pré-requisito para viabilizarem a transferência de verbas do MEC para municípios.

Quando estourou o escândalo, o então ministro Milton Ribeiro declarou que “foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar [dos Santos]”.

Além de não contestar e, portanto, de dar como verdadeira e fidedigna a versão de Milton Ribeiro sobre a atuação corrupta dos pastores em seu nome, Bolsonaro ainda declarou que “eu boto a minha cara [não só a mão] no fogo pelo Milton” [sic].

Desta vez, sem a decretação de sigilo de 100 anos das ilegalidades e ilicitudes para abafar mais este escândalo de corrupção, o governo militar ficou nu.

O bordão eleitoral de Bolsonaro – “Brasil acima de tudo, deus acima de todos” – que, por sinal, é lema do Exército brasileiro [Brasil acima de tudo] é, na verdade, uma corruptela picareta de “roubai em nome de deus”.


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Zé Maria

#BolsolãoDoMEC

O juiz Renato Borelli, da Justiça Federal em Brasília-DF,
determinou no começo da noite de 5ª feira (23.jun.2022)
o envio da investigação sobre corrupção e tráfico de
influência no Ministério da Educação de volta para o STF
(Supremo Tribunal Federal), por suposta interferência
de Autoridades com Foro Privilegiado no caso.

O pedido foi feito pelo MPF (Ministério Público Federal).

O juiz não cita qual Autoridade teria interferido nas investigações.

O caso deve voltar para as mãos da ministra Cármen Lúcia, do STF.
Cármen Lúcia era a relatora do inquérito que apurava envolvimento
do ex-ministro Milton Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura
em crimes de tráfico de influência, corrupção passiva prevaricação e
advocacia administrativa.

Depois que Ribeiro pediu demissão do cargo de Ministro do MEC,
a Relatora remeteu o caso para a 1ª Instância da JF no Distrito Federal.

Em sua decisão, Borelli afirmou que o MPF formulou o pedido
para envio de parte do material obtido na investigação,
pois verificou “a possível interferência nas investigações
por parte de detentor de foro por prerrogativa de função
no Supremo Tribunal Federal”.

O juiz, no entanto, determinou o envio ao Supremo
da totalidade dos autos.
A Corte deve decidir sobre a continuidade da investigação
na 1ª Instância, ou o fatiamento do processo.

“Assim, figurando possível a presença de ocupante de cargo
com prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal,
cabe ao referido Tribunal a análise quanto à cisão, ou não,
da presente investigação”, disse o juiz.

Em sua decisão, Borelli cita interceptações telefônicas feitas pela PF
em que “foi possível vislumbrar eventual conhecimento das apurações
com contornos de interferência”.

Leia a íntegra dos diálogos de Milton Ribeiro interceptados pela PF:

“Com Waldomiro (terceiro)”:

“MILTON: Tudo caminhando, tudo caminhando.
Agora… tem que aguardar né…. alguns assuntos tão sendo resolvidos
pela misericórdia divina né…negócio da arma, resolveu…
aquele… aquela mentira que eles falavam… que os ônibus
estavam superfaturados no FNDE… pra… (ininteligível) também…
agora vai faltar o assunto dos pastores, né?
Mas eu acho assim, que o assunto dos pastores… é uma coisa que
eu tenho receio um pouco é de… o processo… fazer aquele negócio
de busca e apreensão, entendeu?”

“Com Adolfo (terceiro, registro feito aos :00:02:45)”:

“MILTON: (…) mas algumas coisas já foram resolvidas né…
acusação de que houve superfaturamento… isso já foi…
agora, ainda resta o assunto do envolvimento dos pastores,
mas eu creio que, no devido tempo, vão ser esclarecidos…”

“Em conversa com familiar (terceiro)”:

“MILTON: Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão…
em casa… sabe… é… é muito triste.
Bom! Isso pode acontecer, né, se houver indícios né…”

[Reportagem: Lucas Mendes | Poder360 | 24.jun.2022 (sexta-feira) – 11h10]

    Zé Maria

    #BolsolãoDoMEC

    Vazô!

    Ribeiro contou a sua filha
    que “presidente ligou”
    alertando sobre buscas

    “Hoje o presidente me ligou.
    Ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim”, disse Milton Ribeiro a uma filha, no último dia 9 de junho.

    “Ele acha que podem querer fazer uma busca e apreensão em casa. É muito triste”, completou o ex-ministro.

    #CPIdoMEC

Zé Maria

Banda Podre da PF de SP rachou.
Conflito Bolsonaristas x Moristas.

Delegado Federal responsável pela prisão do ex-ministro da Educação
envolvido no #BolsolãoDoMEC afirmou a Colegas em Grupo de WhatsApp
o seguinte, textualmente:

“A investigação envolvendo corrupção no MEC foi prejudicada
no dia de ontem [22] em razão do tratamento diferenciado
concedido pela PF ao investigado Milton Ribeiro.

Vejo a operação policial como investigação na essencia
e o momento de ouro na produção da informação/prova.

O deslocamento de Milton para a carceragem da PF em SP
é demonstração de interferência na condução da investigação,
por isso, afirmo não ter autonomia investigativa e administrativa
para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência
e segurança institucional.

Falei isso ao Chefe do CINQ ontem, após saber que, por
decisão superior, não iria haver o deslocamento de
Milton Ribeiro para Brasília, e, manterei a postura de que
a investigação foi obstaculizada ao se escolher pela
não transferência de Milton à Brasília à revelia da
decisão judicial.”

Zé Maria

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O GOLEIRO DE MICHELLE BOLSONARO
Advogado da Primeira-Dama divide-se entre
os Tribunais, a Hebraica e o Corinthians

[Reportagem: João Batista Jr. | revista piauí Edição 170 | Novembro 2020]

Que absurdo!!!”
“Vou deixar de ser sócio do clube.”
“As árvores da Amazônia não te perdoam.”

Essas e outras críticas se sucederam à postagem no Facebook
de dois vídeos curtos, de menos de quinze segundos cada,
na página do clube paulista Hebraica, um dos mais tradicionais
da comunidade judaica do país.

Nos vídeos, Jair e Michelle Bolsonaro desejavam aos sócios do clube
um bom Yom Kippur (Dia do Perdão), data religiosa de grande
importância para os judeus, celebrada neste ano [2020] entre 27 e 28
de setembro.

A primeira-dama citou o “Livro da Vida” (no qual, segundo o judaísmo,
estão registrados os nomes dos que terão direito à vida eterna) e usou
termos como “misericórdia” (mantra de cristãos neopentecostais
empregado em ocasiões variadas).

A cizânia na Hebraica, porém, não foi provocada por questões semânticas.

O desconforto ocorreu por causa da suspeita de possível uso político do clube,
fundado em 1953 e hoje com 18 mil sócios, alguns de sobrenomes como Safra,
Klein e Goldfajn.

Todas as críticas foram logo apagadas por ordem de Daniel Bialski, advogado
e presidente da entidade desde 2018, com o objetivo de evitar a propagação
de discursos de ódio no ambiente (mesmo virtual) do clube.
Ele havia recebido os dois vídeos responsáveis pela ira dos sócios na manhã
de 26 de setembro, pelo WhatsApp.

Abafada a grita, o caso trouxe à tona a crescente influência no Palácio
do Planalto exercida por Bialski, judeu de origem polonesa e romena.

Desde o início do ano [2020], ele assumiu a função de advogado de Michelle
Bolsonaro, indicado por Fabio Wajngarten, secretário executivo do Ministério
das Comunicações, que também é judeu.

A principal demanda jurídica de Michelle é identificar os donos dos perfis
em redes sociais que insinuaram que ela teria uma relação extraconjugal
com o deputado Osmar Terra (MDB-RS), um luminar do negacionismo científico.

As insinuações tiveram origem numa nota publicada na revista IstoÉ, em 21
de fevereiro, oito dias depois de Terra ter sido demitido do cargo de ministro
da Cidadania.
“Ela está abalada com as fake news, a internet não pode promover discurso
de ódio e inverdades”, diz o advogado.

Em seu currículo, Bialski acumula clientes notórios.
Paulo Preto, ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.),
condenado por operar propinas do PSDB, é um deles.
Átila Jacomussi, [ex-]prefeito de Mauá/SP [hoje deputado estadual] cuja
ficha corrida inclui investigações por desvio de recursos destinados ao
combate à Covid-19, está sempre no escritório de Bialski.

Mas, quando associam seu nome ao de Cynthia Giglioli da Silva, o advogado
não esconde a irritação.
Trata-se da ex-mulher de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola,
considerado o líder do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em 2008, ela [ex-mulher de Marcola] contratou Bialski para defendê-la
numa ação em que era acusada de tráfico e recebimento de mesada
da organização criminosa (acabou sendo condenada por formação
de quadrilha e lavagem de dinheiro).

O advogado diz ter feito somente a apelação do caso a pedido de uma
prima de [Cynthia] Silva com quem trabalhou na Comissão de Prerrogativas
da Secciona Paulista da OAB.

“Toda pessoa, seja vítima ou acusada, tem direito a um advogado”, afirma. [*]

Sem perfil aberto em rede social, mas vaidoso no mundo de carne e osso,
Bialski, de 49 anos, tem pinta de galã. Com 1,90 metro e 104 kg, usa camisa
justa para valorizar os braços fortes.
Carrega no peito um colar com nove pingentes, entre eles a estrela de Davi,
um olho turco, uma pedra de sal e o chai (símbolo da vida para os judeus).
O advogado circula de máscara com o emblema do Corinthians e um Rolex
no pulso.

Pai de três filhos, Bialski separou-se da advogada Juliana Mendonça em 2018,
após 21 anos de casamento.
Nascida em família católica, ela se converteu ao judaísmo antes de se casar,
instruída pelo rabino Henry Sobel.

“Sobel foi um amigo muito importante na minha vida”, diz o advogado sobre
o rabino que combateu a ditadura militar exaltada pelo marido de Michelle
Bolsonaro.

Na comunidade judaica, Bialski tem grande importância.
Além de ocupar a presidência da Hebraica, é diretor do Museu Judaico
e ex-presidente da Sinagoga Beth-El.
Seu escritório atende inúmeros judeus sem cobrar um tostão.

Embora tenha desagradado parte dos sócios ao mandar publicar mensagens
de Jair e Michelle Bolsonaro no Facebook da Hebraica, não se pode dizer que
Bialski não zele pelos interesses da entidade.

Em agosto, o governo federal liberou a captação de 11,3 milhões de reais,
via lei de incentivo, para o clube construir um campo de futebol e um
espaço para eventos.
O advogado nega haver conflito de interesses.
“Dei entrada na papelada antes de ela virar minha cliente.”

Questionado se seus honorários são uma cortesia para Michelle, ele afirma
que a primeira-dama arca com as custas processuais. Os valores ele não revela.
Alega sigilo profissional.

Íntegra: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-goleiro-de-michelle-bolsonaro/
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“Advogado de Milton Ribeiro também atua na defesa de Michelle Bolsonaro”

Daniel Bialski, que assumiu a defesa do ex-ministro da Educação, disse que
continua atuando nos casos em que Michelle foi “vítima de crimes”

[Reportagem: Isadora Peron — Brasília | Valor Econômico | 22/06/2022]

O advogado Daniel Bialski, que assumiu a defesa do ex-ministro da Educação
Milton Ribeiro, também atua em processos que têm como alvo a primeira-dama
Michelle Bolsonaro.

Ribeiro foi preso nesta quarta-feira, em Santos (SP), sob a suspeita de envolvimento
em corrupção e tráfico de influência durante a sua gestão à frente do Ministério
da Educação [MEC].

O caso envolve também dois pastores, que atuavam para liberação irregular
de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O ex-ministro é pastor da Igreja Presbiteriana e Michelle, evangélica.
No dia em que ele foi exonerado do Ministério da Educação, em março,
a primeira-dama saiu em sua defesa.

Ao ser questionada sobre as acusações contra o então ministro, ela respondeu
que “Deus vai provar que ele é uma pessoa honesta”.

Inicialmente, o presidente Jair Bolsonaro também defendeu Ribeiro, e chegou
a dizer, em uma de suas “lives”, que colocaria “a cara no fogo” por ele.

Nesta quarta-feira, o presidente mudou o discurso.
“Ele que responda pelos atos dele, eu peço a Deus que não tenha problema
nenhum”, disse.

Ao Valor, Bialski confirmou que continua atuando nos casos em que Michelle
foi “vítima de crimes”.

Em nota, mais cedo, ele [Bialski] disse que, enquanto a Polícia Federal cumpria
o mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro, ele foi acionado
e contratado [por quem mesmo?] para compor a defesa [de Milton Ribeiro].

Íntegra: https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/06/22/advogado-de-milton-ribeiro-tambem-atua-na-defesa-de-michelle-bolsonaro.ghtml
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[*] Veremos agora, o que dirão os Bolsonaristas Mal-Intencionados Infames
que difamaram o Advogado Kakay, por exemplo, tentando desqualificá-lo
por ele haver feito a Defesa Técnica de alguns Acusados em Juízo.
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https://jornalggn.com.br/justica/advogado-de-michelle-bolsonaro-assume-defesa-de-ex-ministro
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Ibsen Marques

Infelizmente o máximo a que se chega é nas beiradas. Parece que Bolsonaro tem uma carapaça que o blinda contra qualquer punição ao gigantesco volume de crimes que pratica diariamente.

    Zé Maria

    Ora, ora, meu caro Ibsen.

    O Energúmeno Genocida, Miliciano-Mor do Planalto,
    não tem uma carapaça só, tem várias. Por exemplo:

    1) O Presidente da Câmara dos Deputados,
    para blindá-lo dos Crimes de Responsabilidade;

    2) O Procurador-Geral da República,
    para blindá-lo dos Crimes Comuns;

    3) Dois Ministros, por enquanto, na Corte Suprema,
    para blindá-lo (e os 4 Filhos) com Decisões Monocráticas
    e Manobras nos Julgamentos do STF, com pedidos de vista.

    4) Vários Juízes e Desembargadores nos Tribunais para safar
    as Organizações Policiais Criminosas, inclusive as Milícias;

    5) As “Bancadas do Crime” [BBB (Boi, Bíbla e Bala) e Centrão]
    no Congresso Nacional, para manipular o Orçamento e dar
    cobertura aos Crimes Ambientais e contra os Indígenas;

    6) Os Oficiais Militares das FFAA no (des)Governo, incluindo
    o General Vice-Presidente, para fazerem espionagem e
    perseguirem os Opositores, e blindá-lo na Mídia Venal;

    7) A própria Imprensa-Empresa (Mídia Venal) para fazer
    Propaganda do Mercado, em favor das Defórmas do Guédes,
    e prejudicar a Classe Trabalhadora, fingindo que a está servindo …

Sérgio Vianna

O genocida diz não ter corrupção no desgoverno dele, mas a latinha de leite condensado a 162 reais a unidade vai ficar marcada como a corrupção – com o abono das FFAA – é marca registrada desse desgoverno.

Zé Maria

É preciso ter em mente que o Presidente da República
só aceita Ordens de uma Pessoa: A Primeira Dama …
E ela não tem Foro Privilegiado …

JOSE GERALDO MOREIRA

Cade o povo do bozo que vive questionando o blog???? O presidente rsrs dizia “que colocava a cara no fogo ” pelo ministro….hahahaha sacangem…

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