Estadão segue na linha de militares e sugere que Haddad, eleito, não governa

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Tiago Correa/CMM

Tiago Correa/CMM

Da Redação

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse em entrevista ao Estadão que a legitimidade de um futuro governo eleito em 2018 pode ser questionada. Ele usou como exemplo o caso de Jair Bolsonaro, mas não deixou explícito qual seria o comportamento dos militares no caso da eleição de Fernando Haddad como representante do ex-presidente Lula:

Estadão: Qual o efeito do atentado para o momento eleitoral? 

Villas Bôas: O atentado confirma que estamos construindo dificuldade para que o novo governo tenha uma estabilidade, para a sua governabilidade, e podendo até mesmo ter sua legitimidade questionada. Por exemplo, com relação a Bolsonaro, ele não sendo eleito, ele pode dizer que prejudicaram a campanha dele. E, ele sendo eleito, provavelmente será dito que ele foi beneficiado pelo atentado, porque gerou comoção. Daí, altera o ritmo normal das coisas e isso é preocupante.

Outro general, o Mourão vice de Jair Bolsonaro, por sua vez, em entrevista à Globonews não descartou nem um autogolpe, nem uma intervenção militar, dadas determinadas circunstâncias. Ele frisou falar hipoteticamente e não fez referência ao PT, Haddad ou Lula.

Merval: O senhor, então, admite que as Forças Armadas podem intervir se julgarem que um poder está inerte, ou está em perigo?

Mourão: Eu vou colocar aqui para ti, Merval. Eu vejo. O Brasil tem quatro objetivos nacionais permanentes. Integridade do território, integridade do patrimônio, democracia e paz social. Quando você fala em integridade do território, integridade do patrimônio, é defesa da pátria. E quando você fala democracia e paz social, você está dentro das outras duas missões, que é a garantia dos poderes constitucionais e a garantia da lei e da ordem.

Quem mais explicitou a ameaça a Fernando Haddad foi o Estadão, conhecido por ser porta-voz da caserna de farda ou de pijama.

Em editorial, falou em “terrível desastre”, “irresponsabilidade”, “tapeação” e “desestabilização”, um linguajar que soará como música nos quartéis e nas vivandeiras dos quartéis.

Trechos:

Nunca se chegou a tal ponto de degradação na história política nacional, mas é possível ter um vislumbre do terrível desastre que representaria para o País um desfecho como esse se recordarmos como foi o desempenho dos famigerados “postes” de Lula – o próprio Haddad, na Prefeitura de São Paulo, e Dilma Rousseff, na Presidência da República.

Dilma, nunca é demais recordar, protagonizou um dos piores governos da História nacional depois de ter sido vendida por Lula aos eleitores como uma competentíssima gerente. O Brasil ainda levará muitos anos para pagar toda a conta dessa irresponsabilidade, felizmente punida com o impeachment antes que a “obra” de Dilma fosse concluída.

Já a administração de Haddad, como sabem quase todos os paulistanos, foi marcada pela ineficiência, tão grande quanto sua arrogância. Governou para uma ínfima parte dos paulistanos, que se deixaram encantar pela alegada “modernidade” do prefeito, e desprezou as prementes necessidades dos moradores da periferia, que dependem de serviços da Prefeitura. O prometido “homem novo para um tempo novo”, como alardeou o PT ao apresentar Haddad como candidato à Prefeitura em 2012, revelou-se uma tapeação – e o resultado foi uma constrangedora derrota já no primeiro turno, na sua tentativa de reeleição, em 2016, quando conseguiu perder em todas as regiões da cidade.

Desta vez, contudo, nem é o caso de avaliar se Haddad é ou não competente para exercer a Presidência, pois sua campanha terá o único propósito de manter acesa a ofensiva lulopetista contra as instituições democráticas – e não surpreende que, na seita de Lula, haja quem discuta à luz do dia a hipótese de Haddad, se eleito, encontrar uma forma de tirar o demiurgo da cadeia. Sob qualquer aspecto que se avalie, uma campanha construída sobre tais bases é evidentemente uma afronta ao processo eleitoral e um prenúncio de desestabilização – ou seja, tudo o que o País não precisa.

PS do Viomundo: As ameaças dos militares e do Estadão podem ser o mote para que o MPF, a Lava Jato e o Judiciário turbinem ainda mais ações eleitorais contra o PT na reta de chegada do pleito.

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Comentários

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Herlene

Dizem que se Haddad ganhar o Brasil vai ter grande crise econômica , principalmente os salários dos militares, não acredito nisso, quero uma resposta vindo do partido Haddad vou registrar se eleito vou cobrar, obrigada.

Pedro Cândido Aguarrara

Militares não dão pitaco em política numa democracia. Logo, logo, vamos tirar o uniforme dele e botar ele dentro de um PIJAMA. E ele vai poder fazer fofocas num clubinho militar da vida….

Maria

Só acho que se não aceitarem o resultado das eleições seja ele qual for o Brasil seguirá o caminho da Argentina e iremos para o fosso, com perigo de faltar dinheiro para pagar funcionários públicos, forças armadas, juízes, hospitais……Temos que trabalhar para que volte a democracia e que aprendamos respeitar a vontade da maioria. Vejam Jereissati falando.

robertoAP

Isso é absolutamente hilário. Um jornal vagabundo e parvo, encalacrado em dívidas, dando opinião grotesca,baseada na sua orientação terrorista, sobre o futuro do Brasil que o jornal detesta e abomina e o presidente que será eleito pela maioria da população.

Parece aquele jogador de cartas,vigarista e trapaceiro, que usa todas as artimanhas ilegais para ganhar, mas perde sempre para jogadores eruditos,inteligentes e sagazes, que seguem todas as regras do jogo.

Estadão, vai trapacear lá no quinto dos infernos, que é o seu lugar de direito !!!

Eduardo

Kkkkkkk!!!!!! Estadão! Como Aécio não aceita, não absorve! Qual à conclusåo? Como disse Haddad, está com mêdo! Ser minoria não é defeito e tampouco causa mêdo! Defeito é ser um jornal identificado pelo povo como reduto de mesquinhez, marcado e remarcado pela ausência de profissionalismo, de carater, competência,

Haroldo Cantanhede

Preocupa qualquer pessoa que, eleito para governar, o Haddad e o PT se vejam impedidos por mais um golpe; e os golpistas da hora, no caso os militares, acabarão de entregar o país, suas reservas e o futuro da nação a um poder externo, que quer nos escravizar. No final das contas, tlavez seja isso que eles anseiam,: bater continência, ser enternamemente subservientes a um outro país, traindo o seu próprio, ratificando o rótulo de terciero-mundo, sub-desenvolvidos que querem tanto ser.

RONALD

O “engraçado” é que nenhum dos dois fala do governo traíra, vil e corrupto do vampirão e da sua doação do patrimônio público aos bancos e à shellzinha, fantástica essa seletividade da farda e da mídia !!!!

RONALD

Que nojo, tanto do jornaleco quanto do verde oliva, argh !!!!

Cláudio

Cláudio 13/09/2018 – 05h13 ou 6h13 :

: Esse Extradão consegue ser ainda pior do que a Foia e a Óia, o detrito sólido de maré baixa. Não serve nem para papel higiênico porque já vem mais sujo do que qualquer outra sujeira possível…

Estadão, Folha, Globo e similares : a grande imprensa marrom.

“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” (Joseph Pulitzer)… Por isso, não podemos deixar passar mais tempo. Tem que ser agora, já : Ley de Mídias Já, urgente.

Haddad/Manuela 2018 neles/nelas ! ! ! ! ! Tem que ser 13 de ponta a ponta, de deputado estadual a presidente da República, com Lula/Haddad/Manuela, o trio parada dura bom de luta rumo ao penta 2018 ! ! ! ! !

:.:

Cláudio

Rapaz, esse Extradão consegue ser ainda pior do que a Foia e o detrito sólido de maré baixa. Não serve nem para papel higiênico porque já vem mais sujo do que qualquer outra sujeira possível…

Haddad/Manuela 2018 ! ! ! ! ! Tem que ser 13 de ponta a ponta, de deputado estadual a presidente da República, com Lula/Haddad/Manuela, o trio parada dura bom de luta rumo ao penta 2018 ! ! ! ! !

Julio Silveira

Se tiver um bancada progressista majoritaria governa, mas se, por outro lado, tiver uma majoritaria bancada podre como a atual, com golpistas e trairas em abundância, não conseguirá levar a bom termo seu governo, pois terá que conviver com o oportunismo dos reacionarios havido no estigma oportunizado por eles na fraqueza da Dilma.

    Julio Silveira

    E não podemos esquecer que o povo irresponsavel costuma eleger esse tipo de representante, golpista e traira, para depois reclamar deles por quatro anos.

Jose Fernandes

SÓ EXISTE NESTE CASO UMA ALTERNATIVA LUTAR,LUTAR E LUTAR CONTRA ESTE CÂNCER,CHAMADO MÍDIA NATIVA, MÍDIA FASCISTA E CANALHA,ESSE ESGOTO, ….ELES ESTÃO DESESPERADOS POR UM GOVERNO QUE SUSTENTEM ELES,E FINANCIEM, UMA JÁ ESTA SENDO ENTERRADA (ABRIL)POR QUE JÁ ESTÃO EM ESTADO DE PUTREFAÇÃO,ELES REPRESENTAM ESTES DOIS RIOS TIETE,E PINHEIRO DOIS VERDADEIROS ESGOTOS A CÉU ABERTO….

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