Carlos Veras: Casos Pilha e Lucimauro fazem parte de escalada de violência, que já tem 79 casos de intimidação por Bolsonaro

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O jovem deputado federal Carlos Veras (PT-PE) ocupa o importante cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Do posto, demonstra preocupação com a escala de violência protagonizada institucionalmente pelo Ministério da Justiça e, nas ruas, de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, especialmente contra petistas.

No primeiro de maio, em Recife, bolsonaristas desceram de um carro para espancar o petista Lucimauro Oliveira, que andava a pé e vestia uma camiseta “Lula Livre”.

Preso em Brasília, o militante Rodrigo Pilha denunciou que foi torturado, uma denúncia que já está sendo apurada pelo Ministério Público Federal.

Pilha foi preso originalmente por segurar uma faixa contra o presidente da República.

O agente que teria espancado Pilha na cadeia, segundo testemunhas, disse que o militante seria muito velho para ser um vagabundo petista e que a chegada de Jair Bolsonaro ao poder era para que gente como ele tomasse vergonha na cara.

Nota-se, portanto, que um agente do estado teria se aproveitado de sua condição para ir à forra contra um adversário político.

Carlos Veras, que já foi agricultor e presidiu a CUT em Pernambuco, diz que as prioridades de sua comissão no momento são as medidas para combater a fome e vacinar a população contra a covid.

Porém, ele também narra esforços para extinguir no Congresso a Lei de Segurança Nacional, um entulho da ditadura militar, utilizado pelo governo Bolsonaro para intimidar críticos, como o ex-candidato ao Planalto Guilherme Boulos e a ativista indígena Sonia Guajajara.

Guajajara é um caso especial, pois a entidade à qual ela pertence, a APIB, tem feito uma campanha articulada, de âmbito internacional, para denunciar o governo Bolsonaro por violar os direitos dos povos indígenas e destruir a Amazônia.

Veras já contabilizou 79 processos movidos contra jornalistas, escritores e militantes através dos quais Bolsonaro tenta calar a oposição.

Na entrevista (topo), ele fala dos casos de Pilha, Lucimauro e das preocupações do momento da importante comissão que ele dirige, inclusive o fato de que 125 milhões brasileiros enfrentam insegurança alimentar.

Para o deputado, o essencial é obter consenso dentro da própria comissão, para que as medidas propostas em defesa dos Direitos Humanos tenham sustentação no plenário do Parlamento.


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Comentários

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Carl Dias

Em 2 anos tá um jogando bomba no outro. Brigando pelo SEU político.

Igor

Será que esses que gostam de bater gostariam de apanhar incluso uma reação desproporcional.
É o fim do mundo. Nem por uma camisa a pessoa pode, mas eles podem por a camisa que quiser. Inclusive a camisa do mito. Aí não, não pode bater neles. Que povo mais tosco. Bate no pobre, mas no rico beija os pés e puxa o saco mesmo que o rico deixe eles morrerem sem nada.

Danielle

DEMOCRacia piada.

Fernando

Depois dizem que a esquerda é violenta e radical…

abelardo

O radicalismo odiosos é um potente sinal de desequilíbrio intelectual, de paranoia violenta, de idolatria insana e de grande aproximação com a demência incurável.

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