Caiado diz que decisões de Bolsonaro sobre Saúde não se aplicam em Goiás, deixando presidente da República isolado; vídeo

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Quando se escuta uma declaração como essa, de dizer que isso é resfriadinho, é uma gripezinha… Respeito! Na política e na vida, a ignorância não é uma virtude. Ronaldo Caiado, governador de Goiás.

Ontem não tinha espaço para atacar a imprensa. Tudo bem, ele tem desavenças, às vezes há exageros, distorcem as coisas que ele fala. Eu entendo tudo isso, mas não era o espaço. Você nunca veria outro líder atacando a imprensa em um pronunciamento oficial em rede nacional. Não tem por que atacar o Drauzio Varella. Pelo amor de Deus. Esquece o Drazio Varella. Quem é o Drauzio Varella perto do que está acontecendo e perto do presidente da República? Gabriel Kanner, presidente do grupo de empresários Brasil 200, que inclui os donos da Riachuelo e da Havan.

Da Redação

Um dia depois de fazer discurso em rede nacional de rádio e TV acusando a imprensa de causar histeria em torno do coronavírus, o presidente da República encontra-se completamente isolado no enfrentamento à pandemia.

A demonstração mais clara disso é que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, deu entrevista coletiva para afirmar que as decisões de Jair Bolsonaro no campo da Saúde não serão acatadas no estado (vídeo acima).

Caiado era um dos poucos governadores aliados de Bolsonaro.

Ele é do DEM, o mesmo partido que indicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Mandetta está sob pressão de Jair Bolsonaro para implantar o isolamento vertical, que deixaria em casa apenas os idosos e as pessoas que sofrem de doenças que podem complicar o quadro de coronavírus.

Governadores de estado não aceitam a decisão. Eles devem se reunir virtualmente esta tarde, sem a participação de Bolsonaro.

Depois de bater boca com o presidente da República numa reunião na manhã desta quarta-feira, o governador João Doria atacou Bolsonaro em entrevista coletiva.

Ele afirmou que em São Paulo vivem 6.831.000 pessoas acima de 60 anos e que elas não serão “abandonadas”.

Doria disse que não vai “colocar a economia acima da vida”.

O chamado lockdown foi adotado por políticos à esquerda e à direita em todo o mundo, do primeiro ministro Narendra Modi, da Índia, ao socialista Pedro Sánchez, da Espanha.

A ideia é de que, ao manter pessoas de todas as idades isoladas em casa por algumas semanas, reduz-se a taxa de disseminação do coronavírus, evitando o colapso do sistema de saúde.

O governador paulista, que se elegeu pregando a chapa BolsoDoria, contra o candidato de seu próprio partido, Geraldo Alckmin, mostrou o resultado do teste que fez para o coronavírus — deu negativo.

Foi uma alfinetada no presidente da República.

O Hospital das Forças Armadas em Brasília, que atendeu Jair Bolsonaro, omitiu dois nomes da lista de infectados, ao comunicar os resultados positivos de testes que fez a autoridades sanitárias do Distrito Federal.

A comunicação foi feita a pedido da Justiça Federal.

A especulação é de que um dos nomes seja o de Jair Bolsonaro, que participou de manifestação pública contra o Congresso e o STF no dia 15 de março, quando deveria estar em quarentena.


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Zé Maria

Ao menos 25 dos 27 governadores manterão restrições contra coronavírus mesmo após Bolsonaro pedir fim de isolamento

Disseram que manterão as regras de isolamento: governadores de AC, AL, AP, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, SC, SP, SE e TO.
Não haviam se manifestado os governadores de RO e RR, ambos do PSL.
[G1 — São Paulo]

Mourão assume e diz que posição do governo ‘é uma só’: isolamento e distanciamento social
[G1, via O Rondoniense]
https://orondoniense.com.br/mourao-diz-que-posicao-do-governo-e-uma-so-isolamento-e-distanciamento-social/

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