Protestos contra Bolsonaro reúnem 750 mil pessoas em 427 atos no Brasil e exterior; na Avenida Paulista, 100 mil; fotos e vídeos

Tempo de leitura: 3 min
19J na Avenida Paulista, SP. Foto Ricardo Stuckert

📣 Boulos na Avenida Paulista #19JForaBolsonaro
📍 São Paulo
Via: @MidiaNINJA pic.twitter.com/Kzv9CIoHEd

— Ana (@hereisgone) June 19, 2021

Da Redação, com RBA e redes sociais

Segundo as frentes  Brasil Popular e Povo Sem Medo, as manifestações do #19JForaBolsonaro reuniram neste sábado (19/06) mais de 750 mil pessoas em 427 atos no Brasil e em 17 países no exterior. 

Ou seja, superaram em 300 mil os protestos do 29 de maio.

Em São Paulo, mais de 100 mil participaram do “Fora, Bolsonaro!”, na Avenida Paulista.

A concentração foi no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

No início, pelo menos, quatro quarteirões da avenida foram tomados pelos manifestantes.

Um grupo de ciclistas realizou uma bicicletada em homenagem às 500 mil vítimas da pandemia e em defesa da democracia.

Foto: Mídia Ninja

Os manifestantes pediram “mais máscara e menos cloroquina”.

Eles atribuem à negligência do governo federal o agravamento dos impactos econômicos da pandemia.

“Seu comércio está falindo porque Bolsonaro não comprou vacina”, dizia o cartaz carregado por uma mulher.

“A culpa é dele!”, registrava outra participante.

Além das faixas e cartazes de protesto, manifestantes também carregarram bandeiras de partidos políticos, como PT, Psol, PCdoB e UP.

Foto: Mídia Ninja

Movimentos sociais, centrais sindicais e integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) marcaram presença.

O presidente Jair Bolsonaro, o vice Mourão, os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e o ministro Paulo Guedes (Economia) foram criticados pela demora na compra das vacinas.

De Guedes cobraram ainda o auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia.

Os filhos de Bolsonaro também viraram alvo dos protestos. Foto: Mídia Ninja

‘Bolsonaro matou meu irmão’

Dona Neuza portava um cartaz com a foto do seu irmão. Ela sugeriu que todos trouxessem retratos dos familiares vítimas da pandemia, “para mostrar o quanto as pessoas estão sentidas”.

BOLSONARO MATOU MEU IRMÃO – Confira depoimento de manifestante direto do ato Fora Bolsonaro em São Paulo

📽️Guilherme Gandolfi @guifrodu / inédita pic.twitter.com/6ZfnMhZZ9d

— Rede Brasil Atual (@redebrasilatual) June 19, 2021


“Ele tomou todas as precauções, mas morreu de covid. Porque não foi vacinado. Bolsonaro rejeitou em agosto lotes de imunizantes que já poderiam ter sido aplicados em milhões de brasileiros. Bolsonaro não é brasileiro”, protestou.

Assim como ela, vários manifestantes lembraram dos familiares que estavam mais presentes.


Geração 68 Carlos Alberto foi torturado e ficou preso por 10 anos, Romildo teve o irmão assassinado pelo regime e Alberto foi torturado e ficou preso 10 anos. Todos (agora vacinados) ainda lutam por democracia e justiça social.

São Paulo gigante neste #19J!

Foto: Mídia NINJA#19JForaBolsonaro #19JPovoNaRua pic.twitter.com/9z6AXC9e98

— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) June 19,
2021

“Perdi a pessoa mais importante da minha vida”. São Paulo, Brasil. 500 mil mortes! Foto: Midia NINJA #19JForaBolsonaro #19J

Fotos: Mídia Ninja

 


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Comentários

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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1406571278748749828

Brazil’s death toll from COVID-19 passed 500,000 as experts warned that the outbreak may worsen due to delayed vaccinations and the government’s refusal to back social-distancing measures. Thousands protested against President Jair Bolsonaro

https://reut.rs/2SECvSJ

https://twitter.com/Reuters/status/1406571278748749828

Darcy Brasil

As manifestações de rua poderão ter sido extremamente importantes se forem consideradas dentro de um processo que terá que ser definido como luta em defesa da vida, da ciência, da democracia, em última instância, em defesa das liberdades democráticas conquistadas e inauguradas pela chamada “Nova Democracia”. Todas as forças sociais dispostas a repactuar o que se convencionou chamar “Estado de Direito Democrático “, ou seja, uma situação em que a luta de classes pode se desenvolver de forma mais ou menos pacífica, tal como vinha ocorrendo desde 1985 a partir do governo Sarney, devem ser chamadas a engrossar os protestos de rua futuros, integrando a estrutura responsável pela organização dessas manifestações . Se assim não for feito, os protestos não terão forças para ultrapassar os limites das manifestações de rua que tentaram impedir o impeachment de Dilma –
o que será insuficiente para conter o golpe que Bolsonaro se prepara para aplicar-, em vez de reeditar as grandes manifestações plurais que configuraram o movimento “Diretas Já”, e que puseram um ponto final no regime militar. Tentar confrontar o fascismo com uma Frente de Esquerda em lugar de fazê-lo com uma Frente Ampla Antifascista será um equívoco político de consequências imprevisíveis.

    joao

    Muito lúcido seu comentário Darcy.

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