No Brasil, delações premiadas vazaram todas; nos EUA, no caso FIFA, ainda não sabemos o que disse ou fez J. Hawilla

Tempo de leitura: 5 min

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O juiz Dearie ainda não saiu na capa de revista

por Luiz Carlos Azenha

A grande maioria dos brasileiros apoia a Operação Lava Jato, dizem as pesquisas. De fato, as empreiteiras, algumas das quais enriqueceram sob a ditadura militar, sempre pairaram impunes nos bastidores de nossa política.

Demonstraram seu poder na Justiça, com a anulação da Operação Castelo de Areia, restrita à Camargo Corrêa. Comprometia gente de praticamente todos os partidos, mas tinha ênfase nas obras paulistas do Rodoanel e do Metrô. Neste caso, a PF teve acesso simplesmente ao livro da contabilidade paralela da empresa! Sobre o assunto, Conceição Lemes escreveu Mídia concentra foco na Lava Jato, mas ignora empreiteiras na Castelo de Areia e no trensalão.

Sempre é bom lembrar que não se trata apenas de corrupção: o poder das empreiteiras é responsável pelo “obrismo”, pela ênfase dos administradores em governar fazendo obras vistosas que dêem retorno eleitoral e garantam financiamento de campanha. Quanto mais cara a obra, maior o retorno.

Neste momento o assunto parece não interessar muito à nossa mídia, mas um olhar sobre a expulsão dos moradores da Vila Autódromo para a construção do Parque Olímpico, no Rio, seria suficiente para demonstrar o escandaloso conluio entre políticos e empreiteiros, em benefício próprio e em detrimento do interesse público.

A consequência natural da Operação Lava Jato deveria ser a aprovação do financiamento público de campanhas. Na mais recente pesquisa da CNT, 78,1% se disseram contra o financiamento por empresas. Porém, como isso não interessa aos conservadores, cujos interesses coincidem com os do setor privado, o assunto não recebe na mídia cobertura equivalente à que recebem as delações premiadas.

Acompanho à distância, através de um blog recomendado pelo repórter investigativo Tony Chastinet, o desenvolvimento da ação do FBI e do Ministério Público dos Estados Unidos no caso FIFA. Nele, uma pessoa não identificada coloca todos os documentos públicos sobre o caso.

Até agora, o juiz federal Raymond Dearie, do tribunal do Brooklyn, só atendeu oficialmente a um pedido da imprensa, tornando público um depoimento do ex-cartola Chuck Blazer, que colabora com as autoridades.

Um grupo de repórteres queria que ele fizesse o mesmo em relação a um dos delatores mais importantes do esquema, o empresário brasileiro J. Hawilla:

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Porém, até agora o juiz não os atendeu. Por que?

Porque ao FBI e à Promotoria dos Estados Unidos os vazamentos não interessam. E eles argumentam neste sentido junto ao juiz do caso.

Motivos:

1. Os vazamentos têm o potencial de atrapalhar as investigações, ao permitir que os investigados destruam provas ou “convençam” testemunhas durante o desenrolar das apurações;

2. Os vazamentos têm o potencial de cometer injustiças, ao divulgar nomes de pessoas e empresas que ficam imediatamente sob suspeita, mesmo que sejam inocentes.

Logo depois dos indiciamentos no caso FIFA, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, deu uma entrevista coletiva ao lado de autoridades que investigam o caso.

O Departamento de Justiça, o FBI e a Promotoria de Nova York divulgaram notas oficiais. E só.

Não há um espetáculo em torno do caso FIFA nos Estados Unidos — e, como mostra a carta acima, não é por falta de vontade dos jornalistas.

J. Hawilla fez uma aparição no tribunal de Nova York no dia 12 de dezembro de 2014 e até hoje não sabemos detalhadamente o que ele disse! Não sabemos o conteúdo das gravações clandestinas que ele fez com outros investigados, que só serão reveladas — se forem — durante o julgamento.

Enquanto isso, no Brasil, seja pela mão de policiais federais, seja pela mão de procuradores, vaza absolutamente tudo: depoimentos, relatórios e bastidores da operação, não por acaso batizada por alguém nas redes sociais de Vaza Jato.

É o que permite à mídia — e aos delegados e promotores — fazer uma leitura seletiva das denúncias, inclusive de acordo com preferências empresariais ou mesmo pessoais.

Já nos Estados Unidos, Ricardo Teixeira não sabe até agora oficialmente se é alvo ou não do FBI. Numa entrevista ao Terra, ele presume que sim e ataca o ex-parceiro J. Hawilla.

Na denúncia dos promotores norte-americanos, aqueles que ainda não foram indiciados foram identificados nos documentos apenas como “co-conspiradores”. Por um lado, os suspeitos são preservados. Por outro, sem conhecer detalhes do que foi dito por delatores, fica mais difícil tentar obstruir a investigação. Por exemplo, chegando primeiro que a polícia às testemunhas-chave. Nesse sentido, deixar os suspeitos no escuro é a melhor estratégia policial.

Já no Brasil, os vazamentos politizam as operações da PF. Documentos oficiais viram moeda de troca na mão de jornalistas e de políticos.

A única tentativa da Polícia Federal de supostamente proteger investigados foi um desastre, no famoso caso da tarja preta. Segundo informou o Estadão, a PF assim agiu para proteger acusados que têm direito a foro privilegiado. Curiosamente, o nome de ECunha aparece nos registros recolhidos nos celulares do empresário Marcelo Odebrecht. Não recebeu a tarja preta, mas JS recebeu.

“Adiantar 15 p/ JS”, está escrito lá. JS é José Serra.

No mais, é um vale-tudo.

O objetivo de policiais e promotores é óbvio. Acusações gravíssimas replicadas como se fossem verdade factual pela mídia podem mais tarde justificar uma condenação sem que haja a necessária robustez de provas: é o clamor da opinião publicada. A mídia a serviço da Justiça e a Justiça a serviço da mídia são uma deformação institucional gravíssima. Há repórteres com promotores e delegados literalmente de bolso — e vice-versa. Ao fim e ao cabo, são os barões midiáticos a decidir se a Lava Jato interessa mais ao público que a Operação Zelotes e o caso do HSBC.

Na Suiça, mesmo depois do acordo pelo qual Ricardo Teixeira e João Havelange devolveram parte do dinheiro recebido como propina, o promotor-juiz Thomas Hildbrand teve o cuidado de usar códigos para não associar pessoas e empresas inocentes aos crimes dos quais foram acusados os cartolas. Isso depois de terminado o processo!

Curiosamente, o procurador Deltan Dallagnol, ao fazer um balanço da Lava Jato nesta sexta-feira, parece ter se incomodado com o fato de a Odebrecht se defender publicamente, através de notas na imprensa. Ele disse: “Nós nos aproximamos da verdade por meio de provas e documentos, e não por meio de notas à imprensa”. Ou seja, ele nega interesse na batalha da informação ao mesmo tempo em que dá uma entrevista coletiva com grande estardalhaço!

Dallagnol também disse: “Ninguém está acima da lei”.

Repete, assim, a capa da revista Época, que poderia ter usado a frase abaixo perfeitamente com as fotos dos irmãos Marinho, pegos em flagrante pela Receita Federal em milionária sonegação. Mas, para a mídia, só existe corrupção na ou por causa da esfera pública.

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O Ministério Público e a Polícia Federal deveriam ser os primeiros a combater os vazamentos da Lava Jato, pois são eles que abrem espaço ao justiçamento midiático e às consequências políticas dele.

Na pesquisa da CNT a que me referi no topo — aquela que deu 7,7% de aprovação a Dilma e 4,8% à imprensa –, um detalhe curioso chamou a atenção.

Dos entrevistados, 69,2% consideraram a presidente Dilma culpada pela corrupção na Petrobras, 65% atribuiram a culpa ao ex-presidente Lula e apenas 3,5% às construtoras.

Isso mesmo: os corruptores privados, muitos dos quais estão presos, escapam praticamente impunes no tribunal da opinião pública. Resultado óbvio de uma cobertura distorcida, quando não partidarizada, abastecida 24 horas por dia por vazamentos seletivos que atropelam a presunção da inocência.

Leia também:

Fernando Brito: Folha combina perguntas com Marcelo Odebrecht


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Comentários

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FrancoAtirador

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O senador Romário (PSB-RJ) publicou em sua página no Facebook neste sábado um texto
em que rebate, ponto a ponto, reportagem publicada contra ele na Revista Veja.
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Leia abaixo a íntegra:
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“Galera, bom dia
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Na quinta-feira, fui informado por um repórter da Veja que eu tinha uma conta na Suíça com o saldo de alguns milhões.
A matéria saiu na edição impressa da revista.
Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal.
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Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a esta quantia.
Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro.
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O que há de estranho nisso é a informação da revista de que a aplicação seria de 2013, certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente.
Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito.
Mas como se trata da revista Veja, se a informação estiver errada não será nenhuma surpresa.
Essa mesma matéria diz, por exemplo, que eu desfilo de Ferrari pelas ruas do Rio, algo impossível já que o carro já não se encontra na cidade há alguns anos.
A saber, o veículo foi comprado em 2004.
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O repórter diz ainda que eu teria negociado com meu partido, o PSB, o pagamento do aluguel da casa onde moro no Lago Sul, como uma forma de compensar minha refiliação a legenda.
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Essas e outras mentiras costuram o enredo de uma farsa.
Coisa que a revista tem expertise em fazer.
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Se vocês lerem a matéria, perceberão que não há uma fonte sequer identificada de acusações contra mim.
Vale informar que durante as eleições do ano passado, esta mesma cretina revista tentou publicar esta matéria contra mim, com claras motivações políticas.
A matéria não saiu, na época, por falta de consistência.
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Não é de suspeitar que uma semana depois de eu despontar com alto índice de intenções de votos para a prefeitura do Rio, a publicação tenha sido resgatada com este fato novo da conta na Suíça.
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Difícil é esperar credibilidade de uma revista como essa, que vende capa.
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Espero que, pelo menos, a conta seja verdade.
Porque dinheiro honesto, ganho com muito suor, não faz mal a ninguém.
Bom lembrar que problemas financeiros todo mundo tem e os meus sempre foram com recursos privados, nunca nada com R$ 1 de dinheiro público.
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Ademais, podem atacar, mas eu continuarei presidente da CPI do Futebol
e imbuído de vontade moralizar o futebol brasileiro.
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Sobre o meu futuro político, nada vai tirar meu foco!
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Aos meus concorrentes, minhas pretensões se fortalecem com matérias como essas.
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Aos repórteres que assinam mentiras, nos vemos na justiça.”
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(http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/07/duas-reportagens-de-veja-deste-fim-de-semana-sao-desmentidas-7592.html)
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Chico

Excelente texto.

Só não entendemos porque o governo não age para evitar, naturalmente dentro do amparo legal.

Nelson

Texto irretocável, Azenha. Parabéns. Qualquer um que sonhe em viver em um país realmente democrático, em que as garantias individuais sejam plenamente respeitadas, está, certamente, contemplado por tudo o que tu escreveste.

De outra parte, sabemos, de sobra, que conceitos de relevada importância como democracia, Estado Democrático de Direito e garantias individuais não constituem valores fundamentais para a elite dominante, para aqueles que querem em tudo andar. Estes conceitos só servem à elite quando podem ser utilizados como instrumentais contra opositores e inimigos políticos. Fora desses momentos, são considerados descartáveis.

FrancoAtirador

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Governo NeoNaziFascista do Ucranistão
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baniu os partidos comunistas ucranianos,
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sob a acusação de que são… nazistas [!?!]
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(http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/07/apos-aprovacao-do-parlamento-lei-que-proibe-partidos-comunistas-entra-em-vigor-na-ucrania)
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abolicionista

Dilma está cometendo um erro estratégico grave. Está tentando apagar o incêndio jogando água na fumaça. A direita sabe muito bem que a PF está agindo como um órgão tucano e golpista. Tanto que as manobras já são feitas de modo escancarado (vemos, por exemplo, editoriais da Folha e do Estadão sugerindo pretextos para um eventual impeachment). Dilma tem que vir à TV dizer o que a direita quer. O golpe é um projeto dos ricos. É preciso dizer a palavra. O Brasil é um país desigual, o povo sabe e sente isso. É preciso dizê-lo. Armínio Fraga, braço direito do Aécio, disse que iria abaixar o salário mínimo. Dilma precisa dizer isso. Aécio entrará no poder para diminuir salário mínimo. Aécio falou em ajustes impopulares. O que seria isso? Dilma tem que questionar. Nós temos algumas hipóteses. Aécio vai acabar com o SUS? Vai cortar bolsa família? Por que querem cassar os direitos políticos do PT? Para que o povo fique sem voz. Para que, uma vez no poder, possam privatizar, vender o patrimônio nacional. É esse o discurso. Chega de ficar chamando de parcial quem todo mundo já sabe que é parcial. A questão é: a que serve essa parcialidade? É para manter o pobre no seu lugar. É pra manter pobre fora de aeroporto. Manter o pobre em trabalho escravo. Pra terceirizar. Chega de tecnicismo, a hora é de ser contumaz.

    Elias

    Permita-me- assinar em baixo, caro abolicionista. Sua síntese desta realidade política deveria ser lida por Dilma.

Euler

Duas questões essenciais, seja na Lava Jato ou em qualquer outro escândalo nos últimos anos: enquanto se restringe ao PT e aliados mais fracos, a mídia, a justiça, a PF, o MP agem com autonomia, desde que consigam resultados contra o PT e suas lideranças. Já contra o PSDB a realidade é outra: tudo acaba arquivado ou se arrasta até a prescrição – caso do mensalão tucano de Minas. Os dois nomes citados na Lava Jato com indícios robustos – o caso Aécio e as propinas mensais da diretoria de Furnas, e o caso Anastasia, cria de Aécio, que teria recebido mala cheia de dinheiro, foram esquecidos pela mídia, pela PF, pelo MP, até chegar ao arquivamento.

Agora que atingiu o todo poderoso achacador Eduardo Cunha, que é protegido da mídia, mas não é do PSDB, a coisa tem tomado um rumo diferente. Até a advogada que encheu as burras de dinheiro com as delações selecionadíssimas contra o PT e seus aliados, já quer escapar do país, pois provavelmente teme por pressões da máfia que cerca o presidente da Câmara. O PT tem o governo federal, nem precisaria usar de expediente baixo, mas também não poderia jamais tratar essas questões com o amadorismo que o faz.

As propinas de construtoras são coisas corriqueiras Brasil afora, desde qualquer prefeitura, passando por governos de estado até a União. Claro que é preciso combater isso, que escoa fortunas para práticas ilícitas. A maneira mais direta de combater isso seria uma reforma política que estancasse a origem dessas roubalheiras. Mas, isso a mídia não quer, nem o PSDB, nem o PMDB, enfim, se interessam por isso.

O resultado disso, tal como aconteceu no chamando mensalão do PT, é que novamente os “suspeitos de sempre” – o PT, alguns executivos para servir de exemplo, e alguns aliados mais fracos do PT, serão punidos. Já os caciques do PSDB e a alta cúpula do PMDB, que controlam o congresso nacional e parte do judiciário, ficarão impunes. E as propinas continuarão, sobretudo para o PSDB, porque os empresários também não são burros e já perceberam que doar dinheiro para o PT é chave de cadeia, enquanto que para o PSDB é garantia eterna de impunidade. Simples assim.

Urbano

Num país em que há maledicentes em altíssimo grau incrustados nos mais dignos setores da República, então, seu mano, não se vai para canto nenhum. E isso principalmente se os dignos e honestos, que pelo seu grande silêncio dá a impressão que venha a ser a minoria, mas não é o caso com toda a certeza, não se façam presentes. Aí vem aquela pergunta pueril, pertinente e que não se cala: até quando iremos conviver com essa miserabilidade?

C.Paoliello

AS 5 ESTRATÉGIAS DOS EUA PARA DOMINAR A AMÉRICA LATINA:

http://actualidad.rt.com/actualidad/181074-estrategias-eeuu-asfixiar-america-latina

jean

Tenho ressalva as instituições do USA, mas possuo uma certeza, o juiz do paraná e seu chico pança do ministério público NUNCA em nome de caçar corruptos destruiriam empresas como a Petrobras e empreiteiras multinacionais; quando nossa elite compreenderá que deixamos de ser colonia.

CaRLoS

Azenha, a gente conversa com as pessoas, até as mais simples, e elas acusam sem saber o porquê. A mídia pauta a vida delas e destruiu as suas mentes. Foi uma lavagem cerebral poderosa. Não podemos nos esquecer que foram os mais pobres que conseguiram uma grande evolução em suas vidas, nesses últimos 10 anos. As revistas e os jornais publicam mentiras; inventam fontes e vai por aí afora. A grande mídia faz isso, porque sabe que não será punida. Os órgãos de justiça têm medo e também porque, seus titulares, são pressionados por seus familiares e amigos principalmente. Não podemos nos esquecer que pertencem à classe média e muitos à classe média alta. As mentiras ficam circulando na rede e entre as pessoas, sem que haja desmentidos constantes. Cabe então ao PT, também, recrutar os comissionados petistas, a fim de que entrem na batalha da informação. Esses comissionados têm muito mais obrigação do que nós, pois são remunerados.

Romanelli

uma obs ..aqui as obras não devem ser somente caras e vistosas, mas MOROSAS, pois só assim se viabilizan os infindáveis aditivos
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Sua preocupação com a proteção de inocentes e dos autos é legítima, mas, convenhamos, se a LAVA JATO não ocorresse do jeito que se esta fazendo, a probabilidade de tudo terminar em pizza (num país de leis e direitos exclusivos) seria infinitamente multiplicada.
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da minha parte só espero que o julgamento seja o mais breve e rápido possível ..tudo a ponto e pegar muitos destas camarilhas ainda vivos, abaixo dos 70

Angela Simões

Aqui os vazamentos ( dos quais nem sabemos se tem veracidade) , só tem um interesse que ´dar uma visão distorcida do fato; mas aprendi com um professor de história moderna, que não deve se atentar só no óbvio e sim ‘ A QUEM INTERESSAR POSSA’, tais coisas.

Lukas

Bem, alguma coisa os USA tem que ter melhor que o Brasil.

Cunha e Silva

Nos somos terceiro mundo , estamos numa escala . temos que passar para o segundo , quem sabe se chegarmos ao primeiro mundo não teremos mais vazamento . Talvez só de petróleo todos eles vazam .

Julio Silveira

Mas nada anormal nisso. Os homens que usam os states em sua idolatria o usam por saberem da grande ignorancia geral sobre a a condução das regras desse país, e o fazem também por entenderem a compulsão nacional pelo que vem de fora, pela moda, e lá, queiramos ou não, é hoje o polo irradiador da verdade ocidental, que muitos brasileiros, sem qualquer noção das diferenças que nos separam, idolatram.
Costumo dizer que os states é o alibe perfeito para toda especie de crimes que se comete institucionalmente no Brasil, não por ingenuidade ou desconhecimento, mas por maquiavelismo puro dos conhecedores das diferenças em nossas culturas.

    Julio Silveira

    Uma correção antes que algum nobre literato tenha engulhos sobre meu erro no português. Onde se lê alibe leia-se alibi. Minhas mais sinceras escusas.

Lucena

Muitos dizem que a nossa Polícia Federal ficou bem ao estilo da polícia federal paraguaia ou hondurenha … discordo, a polícia federal do povo paraguaios e os hondurenhos merecessem respeito … rsrsrsr … essa PF do Brasil se tornou há muito tempo, um sindicato policialesco desses que faz e arma barração nas ruas e depois,por coação, pede dinheiro para retirá-los …. EIS a nossa PF >

Bonobo de Oliveira, Severino

Testo perfeito. Não há o que acrescentar. Apenas o fato de que o comportamento dos agentes públicos nessa vergonhosa distorção das finalidades do serviço público traz a desconfortável sensação de inveja do judiciário de outros países, como a Argentina, que tem pensadores da estatura do conceituado jurista Eugenio Raúl Zaffaroni.

Em apenas uma aula do professor, é possível entender, na nossa realidade atual, o papel dos bancos e o que se tornou o judiciário brasileiro.
A midiática “cruzada” do Moro demonstra claramente que a “elite” que imaginamos é muito mais elitizada do que a parcela da sociedade detentora de patrimônio e grandes capitais. Na verdade, a ELITE, é uma seleta (seletíssima) minoria dessa camada social. São, portanto, os Banqueiros, cujas extraordinárias fortunas nutrem-se tanto dos que estão mais em baixo, como dessa parcela abastada da sociedade. São eles que mandam.

Sobre os Bancos:
“O rico, às vezes, vai para a cadeia também. Isso acontece quando ele se confronta com outro rico, e perde a briga. Tiram a cobertura dele. É uma briga entre piratas. Nesse caso, o sistema usa o rico que perdeu.”
Sobre o judiciário:
O Papel do direito penal é limitar o poder punitivo (do Estado)
“Na medida em que os juízes traem sua função, tornam-se menos juízes, levando a um estado policial em que não há juízes, mas policiais fantasiados de juízes (Barbosa e Moro). Foi o que aconteceu na Alemanha nazista.” (Vale a pena ler essa aula!)
Eugenio Raúl Zaffaroni
http://jornalggn.com.br/noticia/papel-do-direito-penal-e-limitar-o-poder-punitivo

    Bonobo de Oliveira, Severino

    Eh lamentável observar que no Brasil, expressiva parcela dos servidores públicos da alta burocracia do Estado, beneficiários de regras especiais de proteção e privilégios funcionais especialíssimos, oferecidos pelo Estado que eles não ajudaram a construir, justamente para que tenham segurança e independência para atuar com imparcialidade, reduziram-se a meros agentes auxiliares da cafajestagem rentista e corrupta controladora dos meios de comunicação, aparentemente em troca de mimos na imprensa e premiações no Instituto Innovare.

Messias Franca de Macedo

BOMBA! A [imunda] CASA GRANDE “COMEÇA A SER LAVADA A JATO!”

E O PIGolpista está [mais uma vez] DESMORALIZADO!
No entanto, criminosamente impune!
E “o republicanismo das nossas instituições” está num patamar tão elevado que se nivela à altura de um pé de coentro!
E MAIS: para o PIG “investigativo e criterioso” “o Relatório da Polícia Federal sobre o celular do executivo aponta que as referências a ‘Vaca’ poderiam ser ao ex-tesoureiro do PT, também preso na Lava Jato, João Vaccari Neto.”

[A advogada Dora Cavalcanti e demais advogados desmascaram as investigações midiáticas… VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA DOS ADVOGADOS DA ODEBRECHT:

FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=RDXLS_URHeM ]

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A defesa da Odebrecht contestou nesta sexta-feira, 24, o andamento da operação Lava Jato e explicou que algumas das anotações presentes no celular do executivo fazem referência a uma vaca adquirida pelo irmão de Marcelo no valor de R$ 2,2 milhões em um leilão em 2013. Além disso, segundo os defensores, a sigla “LJ” que aparece nas anotações de Marcelo é uma referência ao jornalista Lauro Jardim, da revista Veja.
(…)

FONTE: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/vaca-no-celular-de-odebrecht-e-animal-de-r-22-milhoes-diz-defesa/

Fabio SP

“Não há um espetáculo em torno do caso FIFA nos Estados Unidos…”

KKKKK…. 99% da população nem sabe o que é FIFA….

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