Em mais um passeio do coronavírus, Bolsonaro esfrega o nariz e aperta a mão de idosa mascarada; vídeo

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Reprodução de vídeo
Vídeos disseminados pelo Twitter

Da Redação

Em novo passeio pelas ruas de Brasília nesta sexta-feira, 10, o presidente Jair Bolsonaro coçou o nariz e em seguida cumprimentou uma idosa mascarada.

É um gesto que tem o potencial de disseminar o coronavírus, assim como os passeios do mandatário, que juntam populares e jornalistas e desobedecem à recomendação de isolamento social.

A “comunhão” entre líder e o povo é uma das características de regimes fascistas e ganha contornos dramáticos por sugerir que Bolsonaro “não tem medo do vírus”, embora ele próprio esteja possivelmente colaborando para espalhar a doença a seus apoiadores.

O comportamento vai ao encontro da estratégia de Bolsonaro de sugerir que desafia autoridades constituídas, fazendo oposição ao seu próprio governo — quando, na prática, governa em defesa do interesse econômico da elite brasileira.

A reabertura da economia a qualquer custo é um dos objetivos dos empresários que sustentam Bolsonaro no poder — e ele usa a inquietação popular com a possível ruína econômica a favor do empresariado.

O gesto de Bolsonaro ganha dimensão especial por se tratar da véspera do feriado religioso da Páscoa, quando milhões de brasileiros serão impedidos de participar dos eventos e cerimônias religiosas tradicionais.

O presidente da República, no entanto, não teve controle sobre a cena, já que moradores da região que ele visitou em Brasília sairam às janelas, bateram panela e vaiaram o mandatário.

 As aparições públicas do presidente, como parte da ofensiva pela volta ao trabalho, estão incentivando bolsonaristas a atacar a imprensa, como registra o vídeo de uma mulher que roubou o microfone da TV Globo enquanto o repórter fazia uma aparição ao vivo no SPTV — o telejornal regional da emissora para São Paulo.

Vejam o vídeo no topo.


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Comentários

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Zé Maria

https://bit.ly/3eejTPl
https://bit.ly/2JUOvrd

braZil de Bolsonaro/Guedes/Moro/Mandetta e Olevetes em geral
se aproxima da marca de 20.000 Casos da Infecção por COVID-19
e, em menos de 2 (dois) meses, supera o número de 1.000 Mortos.

    Zé Maria

    Na realidade, do dia em que ocorreu o primeiro óbito (17/3) por COVID-19 no Brasil até agora (10/4) decorreram 25 dias apenas.

Zé Maria

Vê só:
5mg/Kg a mais de Cloroquina (CQ), na veia,
pode ser a diferença entre a vida e a morte.

Zé Maria

Ministério da Saúde
FIOCRUZ
Fundação Oswaldo Cruz

NOTA TÉCNICA
Orientações sobre o uso da Cloroquina para tratamento de pacientes
infectados com SARS-CoV-2, agente etiológico da Covid-19

RECOMENDAÇÃO GERAL: É necessário gerar evidências sobre a segurança e eficácia da cloroquina para tratar pacientes infectados com o SARS-CoV-2,
agente etiológico da Covid-19.
A dose diária de cloroquina deve ser inferior a 25 mg/kg, pois uma única dose
de 30 mg/kg pode ser fatal.
O medicamento deve ser administrado sob estrita supervisão médica
em ensaios clínicos e por um tempo curto.
É fundamental observar as reações adversas, ter presente as comorbidades
dos pacientes e a interação medicamentosa para avaliar cuidadosamente
os pacientes para quem a cloroquina pode ser efetivamente prescrita.
[…]
Superdosagem:
Na dose habitual do tratamento de doenças agudas, a cloroquina tem poucos
efeitos adversos, porém a margem de segurança deste medicamente é muito
estreita.
Uma dose de 30 mg/kg pode ser fatal.
A toxicidade aguda pode ocorrer após a ingestão de uma única dose
de 1,5-2,0 gramas, ou seja, 2-3 vezes a dose diária de tratamento.
O envenenamento agudo é extremamente perigoso
e pode levar a morte em poucas horas.
Ocorre mais frequentemente quando a CQ é administrada
muito rapidamente por via parenteral [endovenosa (na veia)].
As manifestações clínicas estão relacionadas com sintomas
cardiovasculares (hipotensão, vasodilatação, arritmias cardíacas
e parada cardíaca irreversível) ou do sistema nervoso central
(confusão, convulsões e coma).
Por essa razão, quando utilizada por via endovenosa,
a CQ deve ser administrada em diluição e lentamente
durante pelo menos quatro horas
com acompanhamento rigoroso.

Reações adversas gerais:
Nas doses usuais é comum haver prurido, que pode ser intolerável.
Também pode haver tontura, cefaleia, perda de apetite, náusea, vômito,
dor abdominal, diarreia, zumbido (tinnitus), irritabilidade, visão turva e febre.
A maioria dessas reações é leve e desaparece sozinha após a interrupção
do medicamento …

Equipe da Pesquisa

Martha Cecilia Suárez-Mutis
Pesquisadora Titular
Laboratório de Doenças Parasitárias
Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz

Flor Ernestina Martínez-Espinosa
Pesquisadora Titular
Instituto Leônidas e Maria Deane
Fiocruz-Amazonas
Fundação de Medicina Tropical-AM

Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro
Pesquisadora Titular
Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
Fiocruz

Íntegra em:
https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/orientacoes_sobre_a_cloroquina_nota_tecnica_.pdf

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