Barack Obama: Mudança na qual podemos acreditar

Tempo de leitura: 2 min

OBAMA, ROLANDO O LERO

por Luiz Carlos Azenha

Quando Barack Obama assumiu a Casa Branca nos foi apresentado como presidente meticuloso, capaz de analisar um tema a partir de diversos pontos-de-vista, detalhista, um cultor da ideia de que em política o diabo mora nos detalhes e, mais que isso, capaz de exorcizá-lo nas entranhas do processo executivo.

Como leitor do Daily Kos, o espaço de militantes progressistas dos Estados Unidos, acompanhei o fervor com que jovens eleitores de Obama mergulharam com ele no processo, debatendo minúcias do plano de saúde, da ideia abortada de fechar Guantánamo, das mudanças na política externa.

Obama foi vendido como o líder torturado pelos dilemas do poder, o homem que lia São Tomás de Aquino nas madrugadas insones enquanto decidia ações “defensivas” dos drones contra militantes islâmicos.

Ao conduzir seus eleitores com discursos grandiosos, vagos e repletos de filigranas através dos obstáculos colocados em seu caminho pela oposição republicana e pelos militantes do Tea Party, Obama focava na árvore para negar a visão da floresta.

Quando recuamos o zoom para localizá-lo com mais certeza na história política recente dos Estados Unidos, eis que o presidente democrata é descoberto ali pela vizinhança de George W. Bush: matando cidadãos norte-americanos com aviões não-tripulados, autorizando assassinatos remotos sem provas num ritmo maior que qualquer antecessor, turbinando um aparato de repressão interna como nunca houve nos Estados Unidos, espionando jornalistas, colocando a iniciativa privada a serviço do aparato de vigilância, monitorando telefonemas, e-mails e o tráfego da internet.

Eu havia escrito recentemente sobre José Eduardo Cardozo, nosso ministro da Justiça Rolando Lero, que foca no acessório para nos desviar da essência de sua atuação política, que é a mediação bovina entre quem tem todo o poder — os ruralistas e o agronegócio — e quem não tem nenhum poder — os indígenas e seus velhos desdentados e crianças desnutridas. Cardozo atua como se Barcelona e Noroeste de Bauru fossem times em igualdade de condições, jogando num campo e sob regras definidas pelo Barcelona. Faz isso Rolando o Lero.

Obama revela-se um Rolando Lero global. Agora sabemos exatamente o que significa Change We Can Believe In.

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anderson

segue denuncia abaixo:
Mensalão Tucano mineiro da cria
MPMG denunciou na semana passada um grupo de políticos e empresários acusados de operar o chamado mensalinho tucano de Contagem
O Ministério Público de Minas denunciou na semana passada um grupo de políticos e empresários acusados de operar o chamado mensalinho tucano de Contagem, na Grande BH. Entre os denunciados estão o ex-prefeito e deputado Ademir Lucas (PSDB), a ex-controladora-geral do município Sandra Rocha e o publicitário Marcos Valério.

Para o MP, o ex-prefeito e sua turma teriam enriquecido de forma ilícita devido aos contratos milionários da prefeitura com as empresas de publicidade de Marcos Valério, que totalizaram quase R$ 7 milhões de novembro de 2001 a maio de 2002.

A administração do então prefeito Ademir Lucas serviu de palco, no período de 2001 a 2004, para a prática de atos de improbidade administrativa e crimes que levaram ao enriquecimento ilícito dos denunciados, prejuízo ao erário municipal e violação aos princípios da administração pública, razão pela qual foi instaurado também o procedimento investigatório criminal.

O Ministério Público defende a tese de que Ademir teria se aproximado de Marcos Valério durante a campanha à reeleição do ex-governador Eduardo Azeredo, quando o publicitário implantou, pela primeira vez, o mensalão tucano, que serviu de inspiração para o esquema na Prefeitura de Contagem.

Para o Ministério Público, três políticos seriam a ligação entre o mensalão tucano de Minas e o mensalinho de Contagem: os ex- deputados Amílcar Martins e Márcio Murta e o próprio Ademir Lucas. O ex-prefeito e Murta foram secretários no governo Azeredo. Amílcar, além de ter sido eleito deputado estadual em 98 (na época do mensalão), também na condição de secretário de comunicação assinou vários contratos com as agências de Marcos Valério. Depois virou doador de uma entidade denominada Pai Contagem, uma associação ligada à família de Lucas.

Ademir também já foi condenado pela 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em denúncia do Ministério Público Estadual que o acusava de improbidade administrativa. A Justiça atendeu ao pedido do MP e pediu a indisponibilidade de bens até o limite de R$ 1 milhão.

Comprovada a irregularidade, Ademir deverá ressarcir o município no mesmo limite fixado para o bloqueio de bens. A ação foi movida pelo promotor Mário Antônio da Conceição, que acusa Ademir de pagar indevidamente à empresa Tema Consultoria Econômica e Financeira Ltda, contratada para prestar serviços na Secretaria Municipal de Fazenda.

Os contratos foram firmados sem licitação e prorrogados de forma irregular. Em outras palavras: os esquemas dos tucanos são sempre os mesmos. Segundo o Ministério Público, o dinheiro do mensalão era bancado por contratos de propaganda superfaturados, assinados por estatais mineiras com as agências de Marcos Valério. Mas, ao contrário do mensalão petista, o tucano mofa nas prateleiras do Supremo. As informações são de Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes – Hoje em Dia

Fabio Passos

Os eua sao uma ditadura descarada.
O nome do regime e ditadura capitalista.

O maximo que e permitido ao povo e a escolha de um novo relacoes publicas a cada 4 anos.
Obama e apenas isso. Um relacoes publicas das corporacoes que governam os eua.

Urbano

Com o Obama ficou provado por a+b que ali o que vale é o sistema de um grupo. Quem se sentar naquela cadeira (principalmente inconveniente convidado, com cara de pinheiro) vai ter que seguir à risca o script dos homens, que sempre mandaram na vida e na morte de seja lá quem for; de verdade.

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