Cinzas na usina

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cinzas na usina*

no do.exílio

Pasmem !
Torraram-me na usina
O fogo, a caldeira calcina.
Restos, corpos, pedaços, morte cinza.
Ódio rancor que me fulmina.
Perscruta, procura e pinça,
uma trama, sanha assassina,
e de mim, ninguém sabe, minha sina.

Choram meus filhos
órfão de quem ainda não foi executado
porque  meus pedaços, meu corpo,
ainda é classificado
como item desaparecido.

Dizem serem crimes continuados
Apesar da inúmeras revoltas e brios
sinto mil calafrios,
com esses putos senhores togados
sem conseguir achar meu cadáver, insepultado,
Teimam, insistem em declarar,
isso, é um crime anistiado!

*A partir, presumimos, do lançamento do livro Memórias da Guerra Suja, que narra a queima de corpo de militantes de esquerda em uma usina de açúcar do Rio de Janeiro


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BETINHO DUARTE

Caro amigo,
É com muita satisfação e alegria que comunico que o livro RUA VIVA foi digitalizado. Está hospedado na rede DHnet – Rede de Direitos Humanos & Cultura – é produto de um grupo de ativistas de direitos humanos, que no ano de 1994 iniciaram estudos sobre Direitos Humanos e Realidade Virtual. Em 1º de maio de 1995, dia do Trabalho e da entrada oficial do Brasil na INTERNET, foi colocado no “ar” o BBS Direitos Humanos & Cultura, que dois anos após tornou-se a Rede DHnet, com os seguintes Macro-Temas: Direitos Humanos; Desejos Humanos; Cibercidadania; Memória Histórica; Educação & Direitos Humanos e Arte & Cultura.
Ao assumir o mandato de vereador em Belo Horizonte a partir de 1993, idealizei e implementei o Projeto RUA VIVA – O Desenho da Utopia.
Este projeto, além de homenagear, tinha o objetivo de resgatar e gravar para nossa cidade a memória dos mineiros que em vida lutaram contra a ditadura militar.
Num primeiro momento, foram dados nomes de rua a todos esses lutadores. Posteriormente, foi escrito e editado um livro contendo a trajetória deles. A primeira edição foi lançada em 1993 e a segunda, em 2004, abrangendo um total de 163 nomes.
Esperei anos por esse momento que considero histórico. Todos podem ter acesso aos livros (primeiro e segundo tomo) já que as duas edições encontram-se esgotadas.
Acredito que com a implementação da Comissão da Verdade, o RUA VIVA poderá servir de consultas e provas documentais.
Abaixo os sites:
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/betinho_duarte/index.htm
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/betinho_duarte/dados.htm
http://www.dhnet.org.br
Finalizando agradeço ao Rodrigo Monte, membro do Dhnet, pelo seu carinho, atenção, disponibilidade e eficiência. Aproveito a oportunidade também para agradecer aos meus assessores, funcionários da Câmara Municipal e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (1993-2004), que contribuíram efetivamente para a implementação do projeto Rua Viva.
Solicito o empenho na divulgação dos sites acima relacionados,principalmente para as novas gerações, que não vivenciaram a luta contra a ditadura militar. Que nossos heróis sirvam de referencia.
“QUEM ESQUECE O PASSADO ESTÁ CONDENADO A REPETI-LO” Leon Bloy
BETINHO DUARTE

FrancoAtirador

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Luciana Genro lança livro contra impunidade de torturadores da ditadura

Luciana Genro, agora como advogada, está lançando o livro “Direitos Humanos – O Brasil no banco dos réus”, somando-se à corrente jurídica que defende que a Lei de Anistia não pode ser um obstáculo para que os agentes públicos acusados de crimes de tortura, assassinato e desaparecimento político durante a ditadura militar continuem impunes.

O livro será lançado dia 10 de maio, às 19 horas, no auditório da Faculdade de Direito da UFRGS, em Porto Alegre.

http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/90/foto_mat_34993.jpg

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