Ex-delegado, senador Contarato enquadra Bolsonaro em homicídio doloso indireto por atuação na pandemia

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Da Redação

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) é hoje uma das vozes mais firmes do Parlamento brasileiro.

Professor de Direito e ex-delegado da Polícia Civil, fala sempre com precisão sobre questões legais.

Participante eventual da CPI da Pandemia, tem dito que bolsonaristas confundem a prática da Medicina com a da Ciência.

A Ciência responsável por produzir vacinas e novos remédios obedece a parâmetros bem estabelecidos e, uma vez testados e aprovados, só aí entra a liberdade do médico para prescrever em consulta com o paciente.

Fora disso, os médicos estão utilizando os pacientes como cobaias — foi o que teriam feito os bolsonaristas que receitaram cloroquina, ivermectina, zinco e outros pseudo tratamentos para a covid.

Contarato lembra que se você der estas drogas a mil pessoas e uma delas morrer de covid, não significa que 999 tenham sido salvas pelo kit covid — este é o argumento do bolsonarismo, mas sem evidências coletadas de acordo com os parâmetros da Ciência.

Para o senador, já está configurado que Bolsonaro poderia ser enquadrado em homicídio com dolo indireto por sua atuação ao longo da pandemia.

Juridicamente, o dolo indireto tem o mesmo valor do dolo direto, quando o causador tem a intenção de atingir determinado objetivo.

O senador concorda com a afirmação de que Bolsonaro atuou paralelamente a seu herói, o ex-presidente norte-americano Donald Trump, tanto no negacionismo quanto nas ameaças cotidianas à democracia.

Para ele, está claro que o governo apostou na chamada “imunidade de rebanho” e para isso forneceu falsas curas que deram à população a falsa impressão de segurança contra a covid.

O resultado, até agora, são 465.199 óbitos pela covid, menos apenas que os Estados Unidos, com 595.240.

No topo, a entrevista com o senador Contarato.

Abaixo, um vídeo esclarecedor sobre como o bolsonarismo foi adiando a busca de soluções à espera da tal “imunidade de rebanho”.


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Comentários

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Zé Maria

Por que será que a ANVISA não instituiu a obrigatoriedade da
Receita Médica para CQ e HCQ, com retenção pela Farmácia, como já fez com os Antibióticos. Ainda há tempo.

Zé Maria

Agentes Biológicos Nocivos e os Respectivos Remédios
https://pbs.twimg.com/media/E26hairX0AMWG2A?format=jpg

Zé Maria

União [Governo Federal] corta 90,5% de repasses
para estados e municípios durante pandemia

[Reportagem: Dante Accioly | Agência Senado] (https://bit.ly/3pine5U)

A União reduziu em 90,5% o valor médio das transferências a estados e municípios para o combate à pandemia em 2021. No ano passado, o Poder Executivo enviou o equivalente a R$ 391,8 milhões por dia para governadores e prefeitos. Nos cinco primeiros meses deste ano, a média diária de empenhos caiu para R$ 36,9 milhões. Os dados estão atualizados até 30 de maio e disponíveis no portal Siga Brasil, mantido pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado (Conorf).

O corte ocorre num momento em que o número de mortes por covid-19 dispara no Brasil. Entre março e dezembro de 2020, o país registrou 194,9 mil óbitos. De janeiro a maio de 2021, essa conta mais do que dobrou na metade do tempo: agora são 462,7 mil brasileiros mortos. Apesar da tragédia, a média de repasses da União para estados e municípios nem chega a um décimo do valor transferido no ano passado.

(https://t.co/adkrI9s4ws)
https://twitter.com/SenadoFederal/status/1400199852349399040

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/02/uniao-corta-90-5-de-repasses-para-estados-e-municipios-durante-pandemia

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