Edmilson Rodrigues: Governo Bolsonaro promove “boicote intencional” na entrega de vacinas ao Pará

Tempo de leitura: 3 min

Da Redação

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, driblou o auxílio emergencial do governo Bolsonaro e está ativamente procurando os miseráveis da capital paraense que estão morrendo de fome.

No programa Bora Belém, ele mostrou seu pragmatismo: fez um acordo com o governador Helder Barbalho, que é do MDB. Para cada real que o psolista colocar no programa, o governo estadual colocará outro.

Com isso, a Prefeitura de Belém pretende atender a pelo menos 22 mil famílias do Cadastro Único mas que não recebem nem Bolsa Família, nem BPC (Benefício de Prestação Continuada), sendo 9 mil de mães solo.

Porém, o programa esbarra num problema, identificado quando Edmilson montou um time para analisar o Cadastro Único em Belém.

Dos 500 inscritos analisados, 50% apresentavam fraude.

“Militares, pessoas com dois carros na garagem, pessoas que tem pequeno comércio, mas não são miseráveis”, denuncia Edmilson.

Com a chamada “busca ativa”, a Prefeitura driblou a fraude e, na próxima segunda-feira, muitos inscritos já estarão com a conta aberta no Banco do Pará.

O programa virá acompanhado de treinamento para quem requisitar e financiamento do Banco do Povo, que foi reaberto pelo prefeito do Psol para financiar micronegócios — como cooperativas de costureiras que farão os uniformes de escolas municipais.

A Prefeitura garantirá a compra dos produtos dos microempreendedores, desde que cumpram as regras de qualidade.

Com isso, Edmilson espera turbinar a economia popular da capital paraense, uma vez que a perspectiva federal é terrível.

Outro projeto que o prefeito vai retomar é o da alfabetização de adultos, utilizando o método Paulo Freire.

Em seus dois mandatos anteriores (1995-2007), Edmilson diz que frustrou-se por não ter cumprido a meta de acabar com o analfabetismo na cidade, o que agora é uma das promessas de sua campanha.

Na entrevista exclusiva ao Viomundo, ele disse que outra de suas prioridades é diminuir as enchentes em Belém.

Quem conhece a capital paraense sabe que depois das chuvas torrenciais muitas ruas e avenidas da cidade ficam completamente alagadas, causando prejuízo especialmente aos mais pobres.

Edmilson disse que o trabalho já foi retomado para a limpeza da calha de rios.

Uma obra da qual Edmilson inaugurou a primeira fase, no governo Lula, em 2004, posteriormente paralisada — a macro-drenagem do rio Tucunduva — foi retomada 15 anos depois pelo governo do Estado e será concluída em 2022.

Quanto à pandemia, o prefeito disse que não descarta determinar lockdown na cidade na próxima semana, mas que a taxa de ocupação das UTIs de Belém vem caindo (61,1%), embora os leitos comuns estejam quase cheios de pacientes da covid-19 (96,6%).

Ele denunciou que guerreiros indígenas morreram no Oeste do Pará e que lideranças denunciaram que o negacionismo de Bolsonaro afetou os povos originários, por causa da falta de adesão de muitos à máscara e ao distanciamento social.

Afirmou que os problemas mais graves da pandemia aconteceram em Santarém e no município de Faro, onde oito pacientes morreram por falta de oxigênio.

Edmilson faz duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro por seu comportamento durante a pandemia e estranha que um fã do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não siga o líder israelense, que já conseguiu vacinar mais de 50% da população de Israel.

Enquanto isso, por causa de desavenças com Helder Barbalho, o governo Bolsonaro boicotou o envio de vacinas ao Pará, mandando um número de doses muito inferior à expectativa.

Um dos estados mais afetados pela pandemia ao longo do primeiro ano hoje tem apenas 1,7% de vacinados.

“É algo intencional do governo. Não envia vacinas para culpar de certa forma as prefeituras e no caso o governo do Estado de não estar vacinando o povo. Ao mesmo tempo, faz discurso contra a vacina e faz discurso para que o povo cobre a vacina. Tem gente que defende Bolsonaro que entra nas nossas redes sociais cobrando vacinação!”, explica.


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Comentários

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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1368324805859115009
Vacina não é Pãozinho, que sai de hora em hora na Padaria”
Jornalista Mariana Godoy, no FalaBrasil
https://natelinha.uol.com.br/televisao/2021/03/07/mariana-godoy-detona-bolsonaro-na-record-vacina-nao-e-paozinho-160023.php

Ribamar Coutinho

Deixa morrer todo mundo isso vai dar muito voto.

robertoAP

Somente a centro esquerda é capaz de organizar programas de atendimento ao povo real, o povo humilde brasileiro, vide governos do PT de 2003 até 2014, ano em que a Dilma foi impedida de governar pelos tubarões, magnatas, partidos de direita e ultra direita e mídia familiar fascista e que em 2016 consumaram o Apocalipse, enviando seu asteroide mortal chamado Moro, que soterrou a Democracia.
Que isso fique bem claro para a população não cometer mais a asneira em próximas eleições , de votar em um paraplégico mental com espírito genocida e inteligência de rato de esgoto, pertencente à mais obscura e aterradora ideologia ultra apedeuta de direita terrorista, segundo a qual povo bom é povo morto.
Direita nunca mais pessoal, essa gente não presta mesmo e prova isso a cada minuto do dia em que o monstro habitante do Planalto abre a boca fétida e vocifera o que há de pior na Deep Humanidade.

Helô

Parabéns ao povo de Belém pela escolha de um cara tão sensível e comprometido com seu povo e sobretudo com os mais pobres.
Acaba fortalecendo a esperança de dias melhores, e que outros sigam seu exemplo.

Zé Maria

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Conforme noticiado pela Mídia Venal, o Reverendo Araújo constituiu um Grupo
de 10 Pessoas para viajar a Israel em Comitiva, com as Despesas Pagas com
Dinheiro Público, com o objetivo de ‘estabelecer cooperação científica na saúde:
combate à Covid (remédios, vacinas)’, como afirmou Jair Bolsonaro no Twitter.

Segundo reportagem do jornalista Eduardo Militão, do UOL/BSB, “os custos
da viagem não foram divulgados. O investimento na missão vem sendo criticado
pelo Tribunal de Contas da União (TCU), porque o Spray [Nasal EXO-CD24, usado
para tratamento específico do Câncer de Ovário] ainda está em fase inicial de estudos. [Foi testado em cerca de 35 pessoas com COVID-19 em estado Grave]*.
Ou seja, mesmo que o remédio funcione no futuro, neste momento, seria cedo
para despender dinheiro com passagens áreas, hotéis e alimentação no exterior.”

*[“A fase 1 é feita com um pequeno número de pessoas, geralmente na casa das dezenas, para testar dosagem e toxicidade.
Não há, nesta fase, uma preocupação em testar se o medicamento funciona”,
explica Natália Pasternak, microbiologista da USP.]
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Se os membros do desgoverno Bolsonaro/Guedes/Pazuello/Araújo/Mourão
tivessem lido uma reportagem da BBC, publicada em 28/12/2020, sobre
Vacinação em Israel, saberiam que “Israel garantiu antecipadamente a aquisição
de 8 milhões de doses da vacina Pfizer-BioNTech, 6 milhões da Moderna e
10 milhões da AstraZeneca-Oxford” – para vacinar a População Israelense de
pouco mais de 9 Milhões de Habitantes – e não botariam fora as Verbas da Saúde.
(https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55468750)

Ailton

Espero que um dia bolsonaro compre todas as vacinas que o povo precisa. E que esse dia chegue logo. Antes que muitos e mais muitos morram pela indiferença de muitos outros.

    pedro parente

    ele é contra a vacina, já disse que vc pode virar viado ou macaco ou jacaré se tomar a vacina. Argentina, México já muito na frente nas vacinações!

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