Artur Henrique: Dilma faz mea culpa diante de centrais sindicais

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Por enquanto, apenas o áudio da entrevista com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique.

Começamos tratando do Brasil Maior, o programa de desoneração do setor industrial lançado pela presidenta Dilma Rousseff.

A CUT e as demais centrais sindicais não participaram do lançamento do programa.

Logo mais, uma reportagem completa sobre os temas tratados na entrevista:

Trecho, a partir dos 12″:

“Queria te dar uma informação absolutamente nova, que acabou de acontecer uma nova reunião em Brasília com as centrais sindicais e os ministros, para dar continuidade a esse debate e tivemos a participação da presidente da República, a Dilma compareceu à reunião, fez um mea culpa, vamos dizer assim, dizendo, olha, vocês tem razão em relação à crítica, nós vamos melhorar esse método e não chamar vocês apenas para informar as medidas, mas construir um processo coletivo de discussão das medidas antes delas serem anunciadas.

Já orientei isso aos ministros, então quero aqui dizer que vocês tem toda a razão de [reclamar] não ter sido chamados com antecedência para a negociação, acho que foi um erro nosso que não pode permitir que continue, mas quero dizer a vocês que nem os empresários, eles também reclamam que a gente não conseguiu fazer a conversa com os empresários. Então, eu já orientei os ministros que nós precisamos mudar esse método e construir um diálogo mais permanente, um dialógo mais… que fortaleça essa negociação e esse olhar da participação de trabalhadores, de empresários e do governo nas políticas que nós estamos implementando”.

artur.wma

Depois de ouvir a entrevista, visite o blog do Artur

Dilma passa a régua em Nelson Jobim


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Comentários

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CC.Brega.mim

tb é excelente a proposta
de vincular o incentivo fiscal
a políticas trabalhistas decentes nas empresas..

Em entrevista a Luiz Carlos Azenha, CUT comenta o que precisa ser modificado no Plano Brasil Maior | Blog do Artur Henrique

[…] Para escutar o áudio, clique aqui. […]

Pedro Luiz Paredes

Esta lançada mais uma candidatura!
O Skaf estava hoje na bobonews falando e debatendo claramente como candidato, em nome da desoneração da energia em favor da industria paulista, mas claro, dizendo que estava defendendo a conta de luz dos trabalhadores.
Enfatizou que os investimentos das concessionárias já estão amortizados e que a energia deve cair de 90 para cerca de 20 reais por kW/h na renovação das concessões que vai acontecer em 2014/2015.

Financial Times: Brasil tira proveito do sucesso em meio à “insanidade” global | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Ouça aqui: Dilma faz as pazes com as centrais sindicais   […]

GLORIA

I LOVE MINHA PRESIDENTA.! SOU PROFESSORA UNIVERSITÁRIA SINDICALIZADA E ESTAMOS EM GREVE, BUT…

    Conceição Lemes

    Glória, por favor, letras minúsculas nos próximos comentários. É norma do Viomundo para liberar os comentários. abs

JOSE RAMOS PEDRAL

Só votei na tal Dilma por falta de opção. Ela vai aprontar mais contra o trabalhador. No final, porém, fará omelete na novela da globo. Os ovos serão de quem?

Escrevinhador

[…] por Luiz Carlos Azenha, no “VioMundo” […]

Christopher

O interresante nesse Brasil Maior é que tanto trabalhadores como empresários saem beneficiados, ou seja, a uma convergência de interesses. Portanto é essencial que tudo saia como esperado, ou então o governo sofrerá fortes pressões de classes.

Cronopio

Acho que o papel assumido pelas centrais sindicais mudou muito nas últimas décadas. Como se sabe, as centrais representam uma parcela cada vez menor dos trabalhadores, que o neoliberalismo jogou na informalidade ou no desemprego sem eufemismo. A CUT tem tido uma ação no mínimo duvidosa ao estimular os trabalhadores sindicalizados a investirem parte dos seus rendimentos nos cada vez mais poderosos "fundos de pensão". Digo isso porque, como é sabido, os tais fundos de investimento realizam operações vultuosas no mercado financeiro: operações rentistas cuja sede por liquidez é a mais pesada chibata que já lanhou o coro dos trabalhadores. Os sindicatos, a partir da derrota dos anos 70-80, deixaram de lado a crítica ao capitalismo e passaram a negociar as perdas. Essa é uma atitude altamente justificável, pois valeu conquistas muito concretas para a classe que os sindicatos representavem, mas que, infelizmente, tem seus limites. Acho que um dos limites acaba de aparecer na forma da mais recente de um sindicato de trabalhadores que torcem pelo "mercado", atual alcunha para os que detém a posse dos bens-de-produção.

    Jorge

    Ponderadas e bem redigidas observações, Sr. Cronópio (Cortázar?). Um reparo, contudo: a que derrota dos sindicatos "anos 70-80" você se refere? Pois se exatamente as grandes greves no ABC ocorreram em 78 – 79 – 80? Creio ainda que a "crítica ao capitalismo" nunca saiu completamente da pauta. Nesta linha de pensamento, o que teria havido foi a sua modulação, sua intensidade. Neste momento, a crítica ao capitalismo voltou à ordem do dia, principalmente nos países centrais da europa. A atual conjuntura do Brasil, contudo, não há como negar, praticamente retirou a crítica ao capital da discussão sindical. Desconfio que a questão hiberna, digamos assim. Um abraço.

    Cronopio

    Caro Jorge, acho que suas observações são muito pertinentes. Em primeiro lugar, eu fiz uma referência ao contexto europeu e norte-americano quando me referi às derrotas por parte dos sindicatos. Na Europa, essa aceitação do capitalismo ficou muito clara, principalmente durante o "tatcherismo". Essa pelo menos é a leitura do Chesnais em seu livro "A Mundialização do Capital". Ele se refere principalmente à crise de 73 ou 74. É claro que a posição do Brasil nesse processo é muito específica, pois as chamadas "montadoras" instalavam-se aqui a pleno vapor. A ascensão da classe operária brasileira está indiretamente relacionada à perda de poder dos sindicatos europeus. Seria o caso de investigar até que ponto as reivindicações dos sindicatos do ABC estavam ligadas a uma crítica sistêmica. Mesmo que não estejam, vale lembrar, isso não afeta em nada sua legitimidade.
    Em relação a segunda parte do seu comentário, gostaria de ponderar que não vejo, no cerne dos movimentos europeus atuais, uma crítica ao capitalismo, mas muito mais uma crítica à ideologia neoliberal e ao fim do estado de bem-estar. É sintomático disso que mesmo os ideólogos do neoliberalismo tenham voltado a falar em "crises cíclicas", "problemas sistêmicos" eem "distorções criadas pelo mercado". O que também já se anuncia timidamente no contexto europeu (do meu ponto de vista) é uma novo antagonismo de classe. Não mais de operários contra donos de fábricas, mas do "mercado" rentista e dos despossuídos de todo tipo. O lado negatido é a escalada da direita xenófoba, que reverte a crítica em ódio. No Brasil, devido à atual conjuntura, concordo contigo, a questão hiberna. Abraço.

herlan

Sabia que a Dilma não ia decepcionar!

trombeta

Dilma mostrou grandeza ao fazer mea culpa e pedir desculpas às centrais sindicais, os inimigos do povo são poucos mas poderosos não podemos permitir que haja divisão nas forças progressistas.

Cumprimentos!

Zerg

Depois da votação do salário mínimo, Dilma aprendeu como lidar com as centrais.
Não digo que seja barato, mas é fácil.

Tetê

É pelo visto a presidenta precisa fazer DR (discutir a relação) com muita gente. Ou discute ou a vaca vai pro brejo.

Dilma faz mea culpa e busca aproximação com as centrais sindicais » O Recôncavo

[…] Do Viomundo […]

Alexei_Alves

Pelo jeito a Dilma leu o artigo do Nassif.

    Luiz Carlos Azenha

    Acho que leu… abs

    Calves

    Se leu o não leu o artigo do Nassif, a nossa Presidenta tomou a posição correta.

    Agora eu gostaria que esse Blog e todos os demais blogs progressistas divulgassem em detalhe e com todo o senso crítico que for necessário o PLANO BRASIL MAIOR.

    O erro, deslize ou falta de articulação para com as entidades de trabalhadores NÃO É JUSTIFICATIVA para que este e outros Bloogs omitam o PLANO BRASIL MAIOR nessa altura do campeonato mundial onde o Brasil precisa preservar seus ganhos.

Edilson

Só falta agora fazer mea culpa com os milhões de servidores públicos federais desse país que estão sofrendo arrocho salarial. Os servidores concursados é que carregam a máquina do Estado nas costas, e que implementam as políticas decididas nas cúpulas. Com servidor desmotivado, as coisas não vão funcionar de forma eficaz na administração pública. Servidor valorizado é igual a serviço público mais eficiente.

Durante anos o problema do serviço público no Brasil foi o excesso de gente desqualificada que tinha entrado na administração sem concurso público. Depois da Constituição de 88, e com a entrada gradual de cada vez mais servidores concursados, e portanto qualificados, a eficiência da máquina pública aumentou bastante. Porém, a motivação desses novos servidores concursados e qualificados não irá resistir muito diante do arrocho salarial que está sendo imposto.

Vamos acabar com esse arrocho, e valorizar o servidor concursado, para que a eficiência da máquina pública continue aumentando.

    laura

    É verdade. Sou docente em uma UFederal e vejo que o funcionalismo é muito qualificado e qualificado também na discussão política. falta a Dilma chamar o sindicato deles e fazer uma negociação. Parece que a Fasubra está com pessoal que é contra a Dilma, deve ser PSTU e/ou assemelhado, mas o que importa é a reivindicação justa: há que ter reajuste e uma politica de reajuste para o funcionalismo. Tem muito funcionário ótimo se tornando de oposição , por causa dessa greve e da posição do sindicato, que é "contra' a Dilma a princípio. Enfim, há quese responder a reivindicações justas dos trabalhadores, no caso, funcionários.

Roberto Locatelli

Ufa, que alívio!

Excelente notícia! Fico feliz por receber a boa nova aqui no VioMundo.

gefferson

Não é estupro se for na Globo
por João Márcio

Há alguns meses a arroba mais influente do Twitter, como Rafinha Bastos gosta de ser chamado, foi duramente criticado por fazer uma piada sobre estupro dizendo que “mulher feia quando é estuprada deveria agradecer”. Além dos ataques no Twitter, o Ministério Público decidiu investigá-lo por conta da piadinha desrespeitosa e de péssimo gosto. Nada mais justo. Estupro ou qualquer outro tipo de abuso sexual é algo nojento e criminoso. Além disso, uma “piada” como essa fere a dignidade de quem já passou por essa situação e dos seus familiares. Eu tenho um caso de estupro na família e me sinto ofendido quando vejo alguém banalizando algo tão grave.

Paralelo a tudo isso, a nova sensação do sempre engraçadíssimo e inovador Zorra Total [/ironia] conta da história de uma transexual e sua amiga feia que andam em um metrô lotado e suas desventuras cotidianas. Tudo isso em meio a um bordão que se popularizou rapidamente: Ai, como eu tô bandida!

O roteiro do quadro não muda: Janete encontra Valéria, elas comentam sobre a cirurgia de mudança de sexo de Valéria, fazem uma brincadeira de “você gosta?” – “gosto” até o infinito que irrita o telespectador e a personagem, Valéria dá meia dúzia de patadas e apelidos em Janete e, por fim, alguém abusa sexualmente de Janete no vagão lotado. Neste momento Valéria, muito debochada, diz pra amiga aproveitar o momento porque não é sempre que uma mulher como ela tem esse tipo de sorte. Ou seja, em meio a todas as claques e clichês que imperam no programa de sábado, ensinamos semanalmente que a mulher não deve reagir ou se ofender caso seja sexualmente abusada, e caso venha a sofrer um estupro, deve se sentir sortuda, pois nenhum homem gostaria de se envolver com uma mulher feia. Percebam que é exatamente a mesma piada que saiu da boca de Rafinha Bastos e foi absurdamente pisoteada. Porém na Globo sua projeção é outra, torna-se benéfico. Ignora-se o fato do desrespeito a dignidade. O pior de tudo: tal quadro alcança hoje 25 pontos no Ibope. Todo sábado a noite o mesmo roteiro ensina às mesmas pessoas que estupros e abusos sexuais são bençãos, e não devem ser denunciados.

Fica a pergunta: Qual a diferença do estupro de Rafinha Bastos e do estupro de Valéria e Janete? Nenhuma, salvo o poder de penetração da mensagem. Enquanto Rafinha atende a um público mais “elitizado” socio-culturalmente (afinal, ele é defensor do tal ‘humor inteligente’, apesar dos quilos de preconceito), o Zorra Total vai de encontro com um povo que provavelmente não teve acesso a informação e que utiliza na maioria das vezes a televisão como seu quadro negro involuntário. Os quadros subsequentes colocam a mulher como unicamente uma fêmea, um objeto sexual, ridicularizam o fato Presidência do Brasil estar nas mãos de uma mulher e passam uma hora semanal fazendo o retrógrado humor da mulher de pouca roupa, erotizando o telespectador. Esse é o mesmo programa que ensina que estupro é o novo ‘casar e ter filhos’. É um humor machista e misógino. Eu sinceramente não acho a menor graça dessa bandidagem da Valéria.

Aos que não sabem: hoje no Brasil, 43% das mulheres brasileiras sofrem violência doméstica; uma mulher é violentada a cada 12 segundos; a cada duas horas uma mulher é assassinada. E você vai continuar rindo disso?
http://rodsilva.wordpress.com/2011/08/03/nao-e-es

    Aline C Pavia

    UAU!! Parabéns pelo comentário, merecia um post para você desenvolver mais o tema.

    25 pontos?? Inacreditável. Nunca vi Zorra Total, e não conheço ninguém que vê.

Selma Carioca

Alívio! Sinal de que a Presidenta está antenada, é suficientemente madura e tem a humildade necessária para reconhecer tropeços no percurso e buscar corrigi-los! Que o diálogo se estabeleça com este e todos os segmentos e o Governo cumpra sua missão!

CC.Brega.mim

boa entrevista!
acho excelente a proposta do diálogo permanente
trabalhadores governo empresários
mas é absurdamente ingênua a posição
de trocar o dinheiro do sindicato
por valores morais
e promessas de politização…

MataTrolls

Trollzada, deita e rola. Justifiquem o mensalinho ultradireitona que vocês recebem…

Aline C Pavia

Dilma Morde & Assopra rs

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