Trem da CPTM quebra, PM age contra passageiros revoltados

Tempo de leitura: 2 min

da TV Estadão,  por sugestão de Laura Salles

Um defeito no sistema de tração em um trem da Linha 12-Safira, que seguia no sentido Brás, revoltou passageiros da composição na manhã desta segunda-feira. Conforme informações da Polícia Militar, os usuários do transporte público deixaram os trens e depredaram parte da estação Ermelino Matarazzo, localizada na Avenida Doutor Assis Ribeiro, zona leste de São Paulo. Trens também foram danificados. A circulação da linha 12 só foi normalizada depois de quatro horas.

A falha foi registrada às 6h desta segunda-feira e o tumulto aconteceu por volta das 7h30, segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Houve pancadaria e a PM precisou intervir para conter os protestos dos passageiros. Todos os usuários que aguardavam o retorno da circulação precisaram ser levados para fora do prédio. A PM não soube dizer se houve presos ou feridos.

Não há informações que confirmem a relação do tumulto com o incêndio de grandes proporções que atingiu, também na manhã desta segunda-feira, a Favela do Moinho, em Santa Cecília, região central de São Paulo.

A proximidade da favela com a linha do trem fez com que ao menos duas linhas tivessem a circulação interrompida. De acordo com a CPTM, os trens da linha 8 tiveram circulação interrompida entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda. Já a linha 7 parou na Estação Barra Funda, onde é possível fazer transferência para o metrô.

Em nota, a CPTM informou que o excesso de usuários foi o motivo da evacuação do local. Os passageiros não teriam aguardado o restabelecimento da circulação e ocuparam a linha do trem. A partir disso, todo o tráfego da linha 12 foi interrompido por medida de segurança. A circulação da linha ficou parada entre as 7h30 e as 11h15.

A companhia afirmou ainda que os usuários são orientados pelo serviço de som das estações de trens e pelas redes sociais.

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Comentários

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abolicionista

Bora tomar o poder!

Airton

Tornou-se rotina as panes na CPTM, o interessante é que as manutenções do sistema ferroviário são anunciadas com antecedência e normalmente aos finais de semana, como é possivel, então que em plena segunda-feira, coloquem para circular uma composição com problemas no sistema de tração?
Será que os trabalhadores de São Paulo tem que sofrer na pele o descaso com sistema de transporte? Sem fizer que pagamos um absurdo no valor da passagem. Quando uma classe não tem voz, ela se expressa pela ação, ainda que esta ação seja impensada e irrefletida!
Onde está o governador do Estado? Trabalhando na campanha do amigo Serra!
O povo está acordando, em processo lento, mas acordando…

Julio Silveira

O dia que os cidadãos parassem de destruir seu patrimonio e canalizassem sua ira para quem de fato lhes trazem prejuizos, e ordeira e silenciosamente subissem até os andares onde, sob os confortos dos ar condicionados, atuam seus algozes e os jogassem lá de cima para estatelarem-se na laje, tenho certeza trens iriam parar de atrazar e provavelmente não necessitariam ter outras atitudes extremas novamente.

Urbano

No desgoverno da Chuíça, a pm é o segmento mais competente e atuante…

Mariac

Eu sou a favor da paz, sempre.

Acho que canalizar o insatisfação para uma manifestaçã, uma expressão escrita, algo assim, e busca de soluções faz sentido.

Criticar as pessoas sofridas já é – além de pura falta de educação – falta de simples senso de humanidade mesmo. Morar em Itapevi e viajar, fazer as transferencias e chegar na hora ao trabalho, perdendo 3 preciosas horas de sua vida….. é coisa que politico nenhum faria…

NALDO

Ontem estava numa empresa e chegou um jovem desesperado por que estava atrasado para fazer uma entrevista de emprego, implorando por que o trem sofreu uma pane e por isso havia se atrasado; para muitos o prejuizo e o atraso em suas vidas por causa de uma ocorrecia dessas é muito grande, tirar conclusões de frente a um computador é facil, o didícil e viver a vida dessas pessoas.

    assalariado.

    Naldo, então responda: Que conclusão você tirou dessa situação?

    Abraços.

abolicionista

O vídeo prova que há um inconformismo latente na população contra o inimigo invisível que os oprime, mesmo quando esses se resignam à exploração de sua mão-de-obra como forma de garantir uma subsistência mínima, ainda que indigna. É claro que o alvo de sua revolta está equivocado, de nada adianta depredar a estação na qual terão de tomar o trem amanhã. Não obstante, nunca é demais lembrar de que o problema de transportes em São Paulo só se agrava, por mais que a população reclame e proteste. São Paulo é a cidade do automóvel e do helicóptero, do shopping de luxo em frente à favela miserável, cidade dos oxímoros, da exclusão, da desigualdade. As vias oficiais para melhorar o transporte, aliás, são uma piada tragicômica. Diante desse quadro, o que fazer?
Em primeiro lugar, é preciso entender que a violência e a união entre os manifestantes contém o fruto de uma revolta que a esquerda brasileira reformista despreza. Revolta que, caso fosse consciente, tomaria a direção de uma participação mais ativa na luta de classes, luta que o PT abandonou…

Zezinho

Excelente! Vamos incentivar a depredação do patrimônio público como forma de protesto! Esse é o trabalho dessa “esquerda” brasileira, incentivar a violência contra o sistema ao invés de efetivamente oferecer soluções e implementá-las. A história brasileira mostrou que nada serviu o terrorismo durante a ditadura. A democracia conquistada veio de forma pacífica e com diálogo.

    Roberto Gomes

    O Infeliz do Zezinho não deve pegar trem, por esse motivo vomita essas baboseiras, você calado é um gênio meu caro!

    paulo roberto

    Oferece opção, sim, menino. Haddad Prefeito!

Saul Leblon: Golpismo age como se não houvesse amanhã « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Trem da CPTM quebra, PM age contra passageiros revoltados […]

Fernando

Sérgio Cabral fazendo escola.

Wagner

O texto é mais do que conhecido, todavia cada vez mais necessário:

“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento mas ninguém diz violentas as margens que o oprimem.”
Bertolt Brecht

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