Rogério Correia: “Lobby de Bolsonaro para compra da Covaxin superfaturada é a peça que faltava para o impeachment”; vídeo

Tempo de leitura: 3 min

Escândalo da vacina supefaturada é o ingrediente que faltava para o impeachment, afirma Rogério Correia

Redação PT na Câmara

O vice-líder da bancada do PT na Câmara, Rogério Correia (MG), afirmou hoje (23) que o povo brasileiro tem mais uma razão para defender o impeachment de Jair Bolsonaro.

É a denúncia mostrando que o governo Bolsonaro fez lobby para comprar a vacina Covaxin, da Índia, a mais cara do mercado no mundo.

“As coisas estão ficando claras por que o governo demorou tanto para responder os e-mails da Pfizer”, diz o deputado. “Era superfaturamento, com indícios claros de corrupção”.

Para o parlamentar, já sobram motivos para ser aberto processo de impeachment do capitão-presidente.

“É um governo que tem todos os motivos para que não continue a governar o Brasil: crimes na pandemia com genocídio, crimes de corrupção e crimes antidemocráticos”, listou o parlamentar.

Para ele, a denúncia de compra superfaturada da vacina indiana Covaxin, intermediada por uma laboratório brasileiro envolvido em diferentes denúncias de corrupção, pode ser a gota d´água para impulsionar um dos 121 processos de impeachment protocolados na Câmara.

“É uma denúncia gravíssima, que ocorre momento em que mais de meio milhão de pessoas no Brasil morreram por conta da pandemia de Covid-19”, afirmou.

Negócio suspeito

Ele disse estranhar a pressa com que Bolsonaro liberou a compra da Covaxin e empurrou as negociações com a Pfizer, que já no começo do segundo semestre de 2020 oferecia imunizantes para o Brasil.

Com a Covaxin, a negociação demorou menos de três meses, com superfaturamento de 1000% para firmar contrato estimado em R$ 1,6 bilhão. O mais grave é que Bolsonaro foi advertido sobre as irregularidades e não fez nada para interromper o processo, afirmou Rogério Correia.

Na análise de Correia, há sinais evidentes de que o governo militar conduzido por Bolsonaro “está indo para a ruína”.

A queda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, investigado por envolvimento do gangues de madeiros que extraem e contrabandeiam madeira ilegal da Amazônia, insere-se no cenário que mostra um governo carcomido e envolvido numa sucessão de escândalos, ponderou o parlamentar.

Genocida

Ele detalhou os três eixos em tornos dos quais giram os pedidos de impeachment.

Além da denúncia de compra superfaturada da vacina indiana, citou também a articulação conduzida por Bolsonaro contra a contra a democracia, “com apologia à tortura, agressões ao Supremo Tribunal Federal e ao Parlamento, participação em atos antidemocráticos e ameaças de golpe”, além de ataques à imprensa e outras instituições.

O terceiro ponto é a política oficial de genocídio frente à pandemia de Covid-19, com desrespeito à ciência, discursos contra o isolamento social e a prática de charlatanismo, com a recomendação de medicamentos cientificamente comprovados como ineficazes contra o novo coronavírus, como a cloroquina, além de afrontar as recomendações para o uso de máscaras de proteção facial.

Deboche

Rogério Correia denunciou Bolsonaro por debochar as milhares de famílias que choram os mortos pela Covid e ainda organizar passeios de moto e aglomerações.

“Como pode um presidente afinar a voz e falar ‘estou com Covid’ para debochar de milhões que morreram? Só mesmo um presidente genocida para fazer algo desse tipo”, disse o deputado.

Rogério Corrreia recordou que em 29 de julho de 2020, junto com a bancada do PT, apresentou um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a política em prol da cloroquina difundida por Bolsonaro.

Na ocasião, alertou que havia “remédio no laboratório do Exército com preço superfaturado”, com milhões de comprimidos. Segundo disse, “há gente enriquecendo com isso”.

Ele assinalou que Bolsonaro já ligou inclusive para o primeiro-ministro da Índia para pedir que liberasse insumos a fim de se produzir cloroquina no Brasil.

Rogério Correia lamentou o fato de a Câmara não ter instalado a CPI, mas elogiou o Senado pela CPI da Covid.

Ele criticou a base bolsonaristas na Câmara por ’’passar a boiada’ e aprovar pautas antinacionais e antipopulares, como a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobras, afrouxamento do licenciamento ambiental e ataques aos direitos indígenas. Mas citou Karl Marx e alertou “Tudo que é sólido desmancha no ar”.

 


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Comentários

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Bíblia do Bolsonarismo

só que faltava era alguém confundir presidente com delegado de policia .

Zé Maria

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Pesquisa IPEC

Avaliação do (des)Governo Bolsonaro
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Forma de Governar do Presidente
https://pbs.twimg.com/media/E4rAn8RXoAokAII?format=jpg

Levantamento do Ipec ouviu 2.002 pessoas
em 141 municípios, de 17 a 21 de junho.
A margem de erro é de 2 pontos
para mais ou para menos.

Miguel

1- ele tem o congresso no bolso-naro.
2- não vai dar em nada. Pois nunca deu.
Os banqueiros estão com ele.
Os empresários estão com ele.
Nao vejo como cair um governo com uma base bastante sólida no congre$$o.
Bom.
Quem quiser se iludir que se iluda.
Me pergunta qual o objetivo de por o nome num abaixo assinado que não vai dar em nada. É um serviço completamente inútil. Ou não é ?!
Ele não vai sair.
O povo se lascou e ainda tá bajulando a direita.
Sobrou o Uber, mas se ficar doente não ganha nada no dia.

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