Petroleiros: Vídeo escancara estilo “em off” de Bolsonaro privatizar a preço vil

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O BTG Pactual realizou em São Paulo no início de agosto o 2º Macro Day do banco.

Entre os participantes,  o empresário José Salim Mattar, dono da Localiza e secretário Especial de Desestatização do Ministério da Economia.

Ele dividiu o painel Privatizações e Concessões no Brasil com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes.

Atente ao que Salim Mattar diz ao jornalista Augusto Nunes, que coordenou as participações.

No topo, o vídeo editado pelo setor de Comunicação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Ao final, a íntegra do painel.

Salim Mattar revela que a privatização da Petrobrás já está em andamento:

(…) E o que eu reparei é que no Estado, quando nós vamos fazer alguma coisa, se você fizer muito barulho é pior.

Então, tem que trabalhar mais em off em tudo o que você for fazer.

E é importante você não contrariar grupos de interesse.

Em algum momento você vai contrariar. Mas você não precisa contrariar os grupos de interesse.

Você pode conduzir isso de uma forma mais cuidadosa, de uma forma mais habilidosa…de não contrapor a grupos que são, por exemplo,desfavoráveis à privatização.

Vamos tomar a sopa pelas bordas.

Vamos começar pelas empresas mais fáceis, aquelas que não dão problema.

Deixa que a sociedade vai absorvendo isso..

(…)

Já foi a TAG. A Liquigás dentro de alguns dias… teve pouca repercussão na imprensa.

“O cinismo do governo Bolsonaro é gigante”, afirma Adaedson Costa, coordenador-geral  da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

“Eles querem entregar as riquezas do Brasil às empresas estrangeiras na maior cara de  pau”, denuncia.

Viomundo — Causou surpresa à FNP a fala do Salim Mattar?

Adaedson Costa — Não. Declarações semelhantes já foram dadas pelo ministro Paulo Guedes em algumas palestras.

Eles simplesmente estão furtando a sociedade de uma discussão transparente e clara sobre a privatização dos seus bens, das suas empresas.

Assim como a Petrobrás,  são empresas que, além de trazer dividendos para União, são  estrategicamente responsáveis pela soberania do País.

Vender hoje a Petrobrás é abrir mão da soberania do Brasil.

Viomundo — Por que não causa espanto?

Adaedson Costa — Porque já no governo Temer se adotava essa forma de anunciar o mínimo possível.  Logicamente, não ficamos de braços cruzados. Já denunciamos esse modus operandi ao Congresso Nacional, em reuniões com petroleiros..

Temos levado o assunto também para as redes sociais, para que a população tenha ciência do que está em jogo e do significa abrir mão de sua soberania energética.

O país que tem mais controle das suas energias tem mais propensão de se desenvolver economicamente.

E o que mais nos deixa consternados, enquanto petroleiros, é o valor pelo qual esse patrimônio está sendo vendido, bem abaixo dos valores justos.

Além de sermos ser contra a venda da Petrobrás, a gente vê que ela está sendo entregue como a Vale, a preço vil.

Viomundo — O que FNP achou das declarações do Salim Mattar?

Adaedson Costa — Nós repudiamos esse tipo de declaração.

E mais do que isso. Se o governo quer privatizar, ele tem que fazer uma discussão aberta, clara, transparente  com a sociedade e não usar meios furtivos, escondidos,  em off, como disse Salim Mattar aos empresários,  para depois entregar a preço vil.

De acordo com a última pesquisa que saiu, atualmente 67% da população é contra a privatização da Petrobrás.


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Zé Maria

É Crime de Lesa-Pátria, Doloso, Premeditado, de Má-Fé.

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