Laura Tessler, mesmo sabendo que Palocci não tinha provas contra Lula: “Vai ser divertido detonar um pouquinho mais a imagem do 9”

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Da Redação

Depois que o presidente Lula deixou o poder, em 2010, poderia receber qualquer tipo de presente.

O recebimento poderia ser considerado imoral, mas não criminoso.

Por isso, os procuradores da Lava Jato tiveram de rebolar.

Eles precisavam estabelecer uma relação clara entre os supostos presentes recebidos por Lula da construtora OAS — reformas no sítio e o triplex do Guarujá — e os chamados “crimes antecedentes”, algum ato administrativo de Lula no poder que beneficiasse a OAS.

Não haveria caso se não houvesse essa troca de favores.

Para a defesa do ex-presidente, a ausência dos crimes antecedentes fez com que os procuradores da Força Tarefa de Curitiba partissem para um “passo a passo na construção de acusações farsescas”.

A tese, descrita por Deltan Dallagnol em 9 de setembro de 2016, era: havia uma conta geral do PT na qual a OAS depositava, inclusive referente a serviços prestados à Petrobras, e parte disso ia para Lula.

Por que Petrobras? Porque se não houvesse relação alguma com a Petrobras o caso nem poderia ser julgado em Curitiba.

Deltan avançou no diálogo: “dinheiro era dado conforme necessidade, como no caso do JD [José Dirceu], e deduzido do valor de propinas devidas”.

Mas, Deltan e seus colegas jamais conseguiram provar que qualquer percentual de contratos da Petrobras acabaram em conta bancária ou em benefícios a Lula.

A defesa de Lula, por isso, fez um pedido que naturalmente caberia aos investigadores: que eles “seguissem o dinheiro”, através de uma perícia.

O pedido foi negado pelo juiz Sergio Moro.

A defesa tentou outras três perícias, também negadas por Moro.

Por que?

“Não houve qualquer valor de contratos da Petrobras que tenha sido destinado ao Reclamante”, argumentam os advogados de Lula.

Moro acabou condenando Lula por “atos indeterminados” e escreveu na sentença que “jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram utilizados para pagamento de vantagem indevida ao ex-Presidente”.

Em outras palavras, Moro admitiu a posteriori que o caso nem deveria ser julgado em Curitiba, uma vez que o escopo da Força Tarefa de Curitiba estava limitado a malfeitos contra a estatal.

Da mesma forma, os promotores não tinham provas contra a ex-primeira dama Marisa Letícia, mas mesmo assim a incluíram na denúncia, mostram os diálogos recém-enviados ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.

Os advogados de Lula também argumentam que a Lava Jato tinha uma estratégia para desmoralizar o réu publicamente durante o andamento do processo.

Num dos casos, mesmo sabendo que o ex-ministro Antonio Palocci não tinha apresentado provas para corroborar suas acusações a Lula, Dilma e ao PT, a procurador Laura Tessler insistiu: “Estava aqui pensando se era o caso de já ir preparando a terceira denúncia do Palocci. Talvez isso o anime um pouco mais [a delatar e apresentar provas]. Sim… não tem corroboração nenhuma. Mas vai ser divertido detonar um pouquinho mais a imagem do 9”.

Finalissima manifestacao-8o-relatorio-1-1 de Luiz Carlos Azenha


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Comentários

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Zé Maria

Entrevista: Kenarik Boujikian, Juíza de Direito, Desembargadora Aposentada
Concedida à Jornalista Talita Galli, na TVT: (https://youtu.be/qWS3i0L7_9I)
Participação: Flávio de Leão Bastos Pereira, Professor de Direitos Humanos

Maria Carvalho

“Divertido”…
ganha muito dinheiro para usar uma instituição para se divertir perseguindo pessoas

Zé Maria

(https://image.slidesharecdn.com/finalissima-manifestacao-8o-relatorio-1-1-210301193022/95/finalissima-manifestacao8orelatorio11-21-1024.jpg)
(https://image.slidesharecdn.com/finalissima-manifestacao-8o-relatorio-1-1-210301193022/95/finalissima-manifestacao8orelatorio11-22-1024.jpg)
(https://image.slidesharecdn.com/finalissima-manifestacao-8o-relatorio-1-1-210301193022/95/finalissima-manifestacao8orelatorio11-23-1024.jpg)

A Força-Tarefa de Patifes de Curitiba, sob o Comando de Moro,
nada mais foi do que um “Forte Esquema de Marketing” – que
envolveu Diversos Órgãos de Imprensa [Globo et al] – com os
objetivos de condenar o ex-Presidente Lula à Prisão e faturar
alguns Milhões de Dólares, às custas da Petrobras que era
a Vítima da Corrupção dos ‘Colaboradores’ – Soltos Ricos.

(https://www.slideshare.net/lcazenha/finalissima-manifestacao8orelatorio11)
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Zé Maria

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Aliás, no Caso da Força-Tarefa de Patifes de Curitiba,
os ‘(des)Recalques’ após a Prisão do Lula foram
generalizados entre Procuradores e Procuradoras.
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Juarez Campos

Estes crimes não podem ficar impunes e as indenizações não podem ficar na conta da União, pois os promotores não estavam representando o DEstado legal.

Zé Maria

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TVT AO VIVO: (https://youtu.be/doqq6FyUHg0)
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Darcy Brasil Rodrigues da Silva

Debater o processo da Lava Jato deveria ter, na minha opinião, muito mais importância politica pedagógica enquanto demonstração do caráter de classe do Estado que a maioria dos indivíduos não percebe teoricamente e, portanto, de forma consciente (embora na própria linguagem popular encontramos expressões que fazem alusão a esse caráter de classe do Estado de forma intuitiva, como a que reconhece uma “Justiça” para rico e outra para pobre) do que como denúncia de um grupelho de indivíduos criminosos que constituíram uma quadrilha e a colocaram a serviço de um projeto de poder desse grupelho. Na minha concepção, se o grupo de Curitiba não pudesse se constituir, um outro grupo idêntico ou semelhante se formaria e procederia de forma análoga. Entretanto, na narrativa liberal (tomando o termo liberal em sentido, digamos, iluminista, positivo) somos induzidos a nos enojar dos indivíduos que fazem parte da força-tarefa da Lava Jato e não a tomar consciência do caráter de classe de um Estado que reiteradas vezes acionou seus agentes para proteger os intersesses da classe dominante, da plutocracia financeira. O mesmo Estado que produziu a Lava Jato, colocou os seus agentes militares em ação, e agiu para colocar Bolsonaro no Palácio do Planalto. Podemos até verificar desacordos entre agentes, tal como um condutor de uma carroça puxada por dois burros pode conhecer desacordos entre os burros, um querendo andar e outro, empacar. Mas o que importa é a marca do interesse de classe, da plutocracia financeira, da classe dominante, assim como, no exemplo da carroça, o que importa é a decisão final de quem a conduz, de quem tem as rédeas e o chicote nas mãos para levar a carroça ao destino pretendido.

Zé Maria

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A Tessler é uma das mais Apaixonadas (Fanáticas) Anti-LuloPetistas da FTLJ de Curitiba.

(https://www.conjur.com.br/2019-ago-06/lava-jato-tentou-derrubar-gilmar-mendes-supremo)

A Danelon é Outra Antipetista Apaixonada, da FTLJ, com Muito Ódio no Coração.

Foi essa Procuradora que tramou, junto com o Carvalhosa, o Impeachment do Gilmar.

(https://www.conjur.com.br/2019-set-16/procuradora-ajudou-escrever-pedido-impeachment-gilmar)
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A Prisão do Lula provocou Orgasmos Múltiplos.
Esses (des)Recalques Femininos só Freud explica …
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