Em manifesto, movimentos sociais condenam o arrocho de Dilma: “Onde está a contribuição dos bancos e dos mais ricos?”

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MANIFESTO PELA MUDANÇA NA POLÍTICA ECONÔMICA E CONTRA O AJUSTE

O Brasil mudou nos últimos anos. Houve redução do desemprego e melhoria da renda do trabalhador. Milhões de brasileiros saíram da pobreza extrema e outros tantos conquistaram a casa própria. Além disso, milhões ingressaram e concluíram o ensino superior e o ensino técnico. Foram também iniciados e concluídos importantes projetos de infraestrutura.

Vivemos um período importante na trajetória desse projeto de mudança. Depois de 12 anos, o país passa por um momento extremamente difícil. O governo parece encurralado e não demonstra capacidade de ampliar o horizonte político de um projeto que fez o Brasil avançar. O país precisa reencontrar o caminho do desenvolvimento e construir uma estratégia política capaz de enfrentar os novos desafios.

Um pressuposto fundamental desta estratégia política deve ser o crescimento, com proteção dos empregos, evitando que o Brasil mergulhe numa recessão que se avizinha. No entanto, a posição do governo, expressa pelo Ministério da Fazenda, está concentrada exclusivamente numa política de ajuste fiscal, que além de insuficiente, pode deteriorar ainda mais o quadro econômico brasileiro.

Ajuste fiscal recessivo

O governo diz para a sociedade que a MP 665 ataca uma distorção no gasto das políticas de proteção ao trabalhador formal e que a MP 664 corrige abusos e fraudes. No entanto, admite publicamente, especialmente quando se dirige ao mercado financeiro, que essas medidas fazem parte de um ajuste fiscal.

Dados do Dieese estimam que, com a proposta original do governo na MP 665, mais de 4,8 milhões de trabalhadores não poderiam acessar o seguro-desemprego (38,5% do total de demitidos sem justa causa em 2013) e 9,94 milhões de trabalhadores perderiam o Abono Salarial. Com as alterações nas MPs na Câmara dos Deputados, que diminuíram o impacto fiscal, o governo anuncia que aumentará o corte no orçamento dos ministérios e elevará impostos.

O quadro de desequilíbrio fiscal das contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas. As causas desse desequilíbrio foram a desoneração fiscal de mais 100 bilhões concedida pelo governo às grandes empresas, as elevadas taxas de juros Selic, que transferem recursos para o sistema financeiro, e a queda da arrecadação devido ao baixo crescimento no ano passado.

Não é justo, agora, colocar essa conta para ser paga pelos mais pobres que precisam de políticas públicas, trabalhadores, aposentados e pensionistas. Enquanto o andar de baixo perde direitos, não está em curso nenhuma medida do governo para tornar o nosso sistema tributário mais progressivo. Dados do especialista em finanças Amir Khair apontam que a taxação sobre as grandes fortunas pode render até R$ 100 bilhões por ano. Onde está a parcela de contribuição dos bancos e dos mais ricos?

Para agravar a situação do país, associado ao arrocho fiscal, vem um aperto monetário, que enfraquece a economia e anula o seu próprio esforço fiscal. O governo já aumentou em 2% da taxa de juros Selic neste ano, beneficiando apenas os especuladores do mercado financeiro. A cada aumento de 0,5% da taxa Selic durante o ano, o gasto público cresce de R$ 7,5 bi a R$ 12 bi. No ano passado, os gastos públicos com juros foram superiores a R$ 300 bilhões.

Enquanto os recursos públicos pagos pelos impostos descem pelo ralo do mercado financeiro, o governo vai cortar direitos dos trabalhadores para economizar R$ 10 bi com essas MPs. Além disso, ameaça vetar a mudança do Fator Previdenciário, que beneficia os aposentados e é defendida pelas centrais sindicais, como se as contas públicas fossem quebrar…

Só com crescimento haverá equilíbrio fiscal e desenvolvimento

Mudar o rumo da política econômica é colocar o crescimento como um aspecto central, porque os números sinalizam uma desaceleração muito forte da economia. Os investimentos do governo federal estão parando. O desemprego cresce mês após mês. A renda do trabalhador também está em trajetória de queda. A arrecadação do governo federal está caindo.

Só com o crescimento econômico poderemos recuperar o equilíbrio das contas públicas. O resultado fiscal é sempre o reflexo da saúde de uma economia. Uma economia estagnada gera um orçamento desequilibrado.

Durante o governo de FHC, sua equipe econômica promoveu corte de gastos e contingenciamentos. Mesmo assim, o déficit nominal foi de 5,53% do PIB em oito anos. A dívida pública como proporção do PIB cresceu de 30,6%, em 1995, para 60,4%, em 2002.

Uma economia forte e dinamizada produz aumento da arrecadação, e o resultado é o equilíbrio fiscal. Durante o segundo governo do presidente Lula, a economia cresceu em média 4,7% ao ano e a dívida pública caiu como proporção do PIB de 45,5%, em 2007, para 39,2%, em 2010. E como resultado do crescimento econômico de 7,6%, em 2010, o déficit nominal foi reduzido para 2,5% do PIB.

É hora de radicalizar o projeto de desenvolvimento, com o fortalecimento da produção, investimentos na indústria nacional e na agricultura, desenvolvimento de pesquisa, ciência e tecnologia e dinamização do mercado interno. Enquanto o país se submeter aos interesses do capital financeiro e estiver dependente da dinâmica imposta pelos países avançados, especialmente em relação a ciência e tecnologia, nossa economia estará fragilizada.

O salto que precisamos dar na economia implica uma nova estratégia política para enfrentar a avalanche regressiva, que avança tanto na área do trabalho, com o projeto de terceirização, como na esfera dos valores da sociedade, dando espaço a uma onda conservadora que prega a redução da maioridade penal, a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, a aprovação do Estatuto da Família, a PEC 215 e a eliminação da rotulagem dos alimentos transgênicos. No campo político, avança a legalização do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, dentro de uma contrarreforma política que agravará os problemas no nosso regime democrático.

A fragilidade do governo no Congresso Nacional demonstra que é necessário, mais do que nunca, construir uma nova governabilidade, com as forças progressistas, como as centrais sindicais, movimentos populares, organizações de juventude, cultura e mídia alternativa, para enfrentar a ofensiva neoliberal, que avança ao lado de uma onda conservadora.

O ajuste fiscal, nos termos em que está sendo proposto, coloca o governo contra as forças progressistas, enfraquecendo a capacidade de um salto político. É necessário reagir e colocar em andamento uma nova agenda política, ombro a ombro com as forças democráticas e populares, os movimentos sociais organizados e os partidos políticos – comprometidos com o desenvolvimento inclusivo do país, a soberania nacional e a retomada do crescimento, com a garantia do emprego – que atuam de forma autônoma parar ampliar o horizonte político.

A proposta de ajuste fiscal apresentada pelo governo trava o país diante da possibilidade de uma nova fase de desenvolvimento e da construção de uma nova estratégia política. O Brasil progrediu nos últimos 12 anos, mas a continuidade desse projeto depende de retificações. Essa proposta de ajuste fiscal não combina com os novos desafios. Combina apenas com o passado. Portanto, quem quer dizer SIM ao desenvolvimento com justiça social tem que dizer NÃO ao arrocho fiscal, nos termos propostos pelo governo.

20 de maio de 2015

Entidades

CUT — Central Única dos Trabalhadores

Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra — MST

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto — MTST

Articulação dos Empregados(as) Rurais — ADERE

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil — APIB

Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal — ABEEF

Campanha Nacional Por Uma Reforma Política Pela Constituinte

Central de Movimentos Populares — CMP

Coletivo Nacional de Juventude Negra — Enegrecer

Comissão Pastoral da Terra — CPT

Conselho Indigenista Missionário — CIMI

Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombola — CONAQ

Entidade Nacional de Estudantes de Biologia — ENEBio

FAMOPES — Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares do Espírito Santo

Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil — FEAB

Fora do Eixo

Fórum Ecumênico ACT Brasil

Intervozes

Levante Popular da Juventude

Mídia Ninja

Movimento de Mulheres Camponesas — MMC

Movimento dos trabalhadores e trabalhadora do Campo — MTC

Movimento dos Atingidos por Barragens — MAB

Movimento dos Pequenos Agricultores — MPA

Movimento dos Pescadores e Pescadoras — MPP

Movimento dos Trabalhadores Desempregados — MTD

Movimento Nacional Pela Soberania Popular Frente à Mineração — MAM

Nação Hip Hop Brasil

Pastoral da Juventude Rural — PJR

Rede Ecumênica da Juventude — REJU

Personalidades

Alfredo Saad Filho —  Professor de Economia Política da Universidade de Londres

Anivaldo Padilha — Líder Ecumênico

Armando Boito Jr. — Professor de Ciência Política da Unicamp

Breno Altman —  Jornalista, diretor do site Opera Mundi

Cândido Grzybowski — Diretor do Ibase

Dermeval Savian — Professor Emérito da UNICAMP e Pesquisador Emérito do CNPq

Eleuterio Prado — Professor sênior da área de economia da USP

Gilberto Maringoni — Relações Internacionais, UFABC

Heloísa Fernandes — Socióloga, professora da USP e da ENFF

João Pedro Stedile — MST/Via Campesina

João Sicsú — Economista e professor UFRJ

Jorge Matoso — Economista, professor aposentado do Instituto de Economia da Unicamp. Foi presidente da Caixa Econômica Federal (2003-2006)

José Carlos de Assis — Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

José Gomes Temporão — Ex-pesquisador da Fiocruz, ex-ministro da saúde 2007-2010

José Juliano de Carvalho Filho — Economista, Professor Doutor FEA/USP

Ladislau Dowbor — Economista e professor da Pós-Graduação na Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Laura Tavares — FLACSO Brasil

Leda Maria Paulani – Professora Titular — Departamento de Economia, FEA-USP

Lisete Regina Gomes Arelaro — Professora do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da FEUSP

Luiz Alfredo Salomão — Diretor, Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental, foi subchefe executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência

Luiz Gonzaga Belluzzo — Professor titular do Instituto de Economia (IE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Marcio Pochmann — Professor do Instituto de Economia da Unicamp, ex-presidente do IPEA no governo Lula

Odilon Guedes — Economista, Diretor do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo.

Pedro Paulo Zahluth Bastos — Professor Associado (Livre Docente), Instituto de Economia, UNICAMP

Ricardo Summa — Professor doutor, Instituto de Economia, UFRJ

Samuel Pinheiro Guimarães Neto — Diplomata brasileiro, foi secretário-geral das Relações Exteriores do Ministério das Relações Exteriores e ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) do Governo Lula

Tarso Genro — Ex-governador do Rio Grande do Sul

Valter Pomar — Professor universitário e militante do Partido dos Trabalhadores

Adelaide Gonçalves — Historiadora, Universidade Federal do Ceará

Ailton Cotrim Prates — Professor Assistente, UFAL/Arapiraca

Antonio José Alves Junior — Professor Associado II da UFRRJ

Alvaro Britto — Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, Coordenador do Curso de Jornalismo do Centro Universitário de Barra Mansa

Amália Catharina Santos Cruz — Professora, Uneb/Dcvh Iv

Ana Corbisier — Socióloga

Ana Costa — Professora da UFF/RJ.

Andrea Caldas — Setot de Educação, UFPR

Angela Maria Carvalho Borges — Pós graduação em Políticas Sociais e Cidadania/ UCSal – Bahia

Anivaldo Padilha — Líder Ecumênico

Artur Machado Scavone — Jornalista

Bruno Elias — Secretário nacional de movimentos populares do PT

Carlos Roberto Colavolpe — Professor Associado III FACED/UFBA

Carolina Nozella Gama — Universidade Federal de Alagoas, Pós-graduação da Universidade Federal da Bahia

Celi Zulke Taffarel — Professora Dra. Titular Faced Ufba

Cesar Cordaro — Comitê Paulista Pela Memória, Verdade e Justiça, CPMVJ

Cesar Sanson – Professor Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN

Diana Cohen — Assessora da Comissão da Memória e Verdade, São Paulo

Fabiano Abranches Silva Dalto — Professor de Economia da Universidade Federal do Paraná

Fernando Augusto M. Mattos — Uff, Faculdade de Economia

Gilson de Góz Gonzaga — Operário de fábrica, militante do PT

Giovane Zuanazzi — Diretor de movimentos sociais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)

Giucelia Figueiredo — Presidente Conselho Regional de Engenharia e Agronomia/ CREA/ Pb

Gláucia Campregher — Professora Economia, UFRGS

Henrique Novaes — Professor UNESP Marília

Inês Patrício — Professora de economia da UFF

Isabel Lustosa — Cientista Política e Historiadora, Fundação Casa de Rui Barbosa

Jayr Lemos de Almeida — Técnico agrimensor

Joilson Cardoso — Vice-Presidente Nacional da CTB, Secretário Nacional da SSB, Sindicalismo Socialista Brasileiro

José Heleno Rotta — Professor de Economia aposentado da UFCG

Lazaro Camilo Recompensa Joseph — Professor Universidade Federal De Santa Maria

Luiz Carlos Gabas — Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Comissão de Incidência Pública da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e Centro de Direitos Humanos de Cascavel / Paraná

Luiz Martins de Melo — Prof. Associado IV do IE/UFRJ

Ligia Maria de Godoy Batista Cavalcanti — Juíza de Direito, Natal/RGN

Marcio Sotelo Felippe — Ex-Procurador Geral do Estado de São Paulo, membro da Comissão da Verdade da OAB-Federal

Marcos Corrêa Da Silva Loureiro — Professor da Ufg, Goiânia-Go

Maria Aparecida Dellinghausen Motta — Editora Autores Associados

Mário Jorge da Motta Bastos — Professor Associado, Universidade Federal Fluminense.

Marta Skinner — Uerj, professora universitária

Mary Garcia Castro — União Brasileira de Mulheres

Miriam Abramovay — Coordenadora da Área de Juventude e Políticas Públicas, FLACSO

Nancy Cardoso — Pastora metodista, graduada em Teologia e Filosofia, mestra e doutora em Ciências da Religião

Rafael Litvin Villas Bôas — Professor da UnB

Rafael Soares de Oliveira

Raimundo Bertuleza (Poty) — Poeta e militante sindical

Raimundo Bonfim — Coordenador geral da Central de Movimentos Populares (CMP-SP)

Rennan Moura Martins — Jornalista, editor do Blog dos Desenvolvimentistas

Ricardo Buratini — Economista

Ricardo Fernandes de Menezes — Médico sanitarista, Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

Robson Amâncio — Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Ciências Humanas e Sociais Departamento de Ciências Sociais

Robson Dias da Silva — Economista, professor Adjunto UFRRJ

Roberta Calixto —  Designer, militante feminista e do Partido dos Trabalhadores

Rodrigo Sérvulo da Cunha — Advogado e cientista social, presidente do Coletivo Advogados para a Democracia

Rogério Correia de Moura Baptista — Deputado Estadual

Sandro Conceição de Matos — Professor de Biologia, LEPEL

Suely Farah — Professora, PMSP

Vanessa Petrelli Corrêa — Professora Titular Instituto de Economia, Universidade Federal de Uberlândia

Virgílio de Mattos — MG

Zilda Márcia Grícoli Iokoi — Professora Titular do Departamento de História da Universidade de São Paulo

Para também assinar o manifesto, clique aqui.

Leia também:

Maria Inês Nassif: Quem é FHC para falar em ‘estelionato eleitoral’?


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Comentários

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lulipe

O PT está há 13 anos no poder, acabou a desculpa da herança “maldita” e agora não sabem mais o que fazer, mentiram para o povo brasileiro, infelizmente todos pagarão pela incompetência petista, o consolo é que em 2018 esse partido figurará apenas em poucas linhas de algum livro de história de algum escritor alienado e sonhador.

Ana Clara Nunes

Dilma traíra da esquerda e dos 54 milhões que votaram nela.

Kátia Gerab Baggio

Acabei de assinar o manifesto pela mudança da política econômica.

Considero que o ajuste nas contas públicas é necessário, mas deve ser levado adiante evitando, ao máximo, a recessão econômica, o aumento do desemprego e o crescimento das desigualdades sociais.

Da maneira como está sendo feito, o ajuste fiscal poderá levar à crescente perda de apoio dos setores populares ao governo Dilma, sem que este consiga o apoio dos setores liberal-conservadores, que vão continuar preferindo os governos que os representam de maneira inequívoca.

Isso não quer dizer, de maneira alguma, que eu apoie quaisquer práticas de desestabilização do governo Dilma, que têm, inequivocamente, um caráter golpista. Quer dizer, sim, que defendo (assim como os demais assinantes do manifesto) que o governo federal deve dialogar e escutar mais os setores da sociedade que contribuíram para a reeleição da presidenta Dilma.

abolicionista

Da série, como pode o Estado burguês ser tão burguês?

Ou ainda, mais à moda de Shakespeare: há método em sua loucura.

Até porque morrer aos poucos é questão de bom-senso.

Ou em adoniranês: Pogréssio! Pogréssio! Mais Deus num qué…

francisco pereira neto

A sua fraqueza Dilma, nós não temos a menor responsabilidade por ela.
Nós votamos na senhora, e a senhora ganhou, então faça-nos o favor de respeitar o nosso voto e não usá-los para agradar picaretas do mercado rentista que com as tresloucadas subidas da Selic, garfa os nossos impostos indo direto para os bolsos desses vagabundos.
Eu quero o meu dinheiro de volta presidenta.
Quero ver o Itaú pagar os 18,5 bilhões que deve à Receita Federal.
Quero ver a Globo pagar o que roubou da Receita Federal.
E a senhora ainda diz que vai no Jô Soares?

    Leo

    Não tem como, meu amigo. A Dilma, infelizmente, ou estava desinformada sobre a situação econômica do país, ou mentiu para todos nós. Como ela não nasceu ontem, creio que ela tenha mentido mesmo.
    .
    Norteiem-se por isto: Dilma está para R. Elizabeth, assim como Levy está para Cameron.
    .
    Abraços

    Ana Clara Nunes

    Dilma NUNCA MAIS!

FrancoAtirador

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A PERSISTIREM O ARROCHO FISCAL DA FAZENDA
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E A POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL,

SERÁ O SUICÍDIO POLÍTICO DO GOVERNO FEDERAL
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COM A DEVASTAÇÃO DA ECONOMIA DO BRASIL
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A Miopia da Política Econômica de Prioridades Conflitantes
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Por Luís Nassif, no Portal GGN
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A economia não comporta exageros.
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Não é uma máquina controlável a golpes de Selics.
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É uma engrenagem complexa, composta por inúmeras cadeias produtivas interconectadas, por um conjunto de fatores interligados, como estoques, uso de capacidade instalada.
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A recuperação das expectativas depende fundamentalmente das perspectivas de crescimento da economia.
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Estabilidade fiscal, monetária, são instrumentos, mas o objetivo final é o crescimento.
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Essa máquina sensível, complexa, interligada, não comporta medidas de choque, a não ser em situações extremas – como nos períodos super-inflacionários.
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Choques ampliam desequilíbrios, atrapalham a visibilidade futura, pela dificuldade dos agentes econômicos entenderem a nova dinâmica da economia.
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A melhora das expectativas e a volta do investimento/crescimento dependem da aposta na demanda futura.
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Consegue-se interromper a demanda apertando o botão dos juros e dos cortes fiscais.
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Não existe um botão do crescimento, em sentido contrário.
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Houve exageros na dosagem dos incentivos fiscais da era Mantega.
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Agora corre-se o risco inverso, do excesso de dosagem na combinação política fiscal-monetária.
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Não existe nada de mais falso do que a ideia de que o melhor ajuste fiscal é o mais rigoroso e a melhor política monetária é a mais radical.
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Em outros tempos, que se pensava superados, empresas e governos agiam sob o domínio da prioridade única, da bala de prata que, resolvendo um problema único, resolvesse todos os problemas.
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Esse modelo quebrou empresas e a economia, mas a política econômica recuou para o simplismo dos anos 80 e 90.
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A demanda vai despencar, muito mais do que a presidente Dilma Rousseff imagina – três semanas atrás ela imaginava que o pior já tinha passado.
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Despencando, o desemprego irá aumentar muito, especialmente se continuar sendo uma variável desconsiderada pelo BC – que aparentemente só sabe trabalhar com o binômio juros-inflação.
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Com o aumento do desemprego e redução da demanda, o mercado de consumo cai e cria-se uma capacidade ociosa na indústria.
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Ao mesmo tempo a relação dívida/PIB explode por dois motivos: aumento da dívida, com os juros; redução do PIB com a recessão, exigindo metas mais drásticas ainda de superávit primário.
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Fazenda e BC estão recorrendo à retórica do caos para aprovar as medidas, expediente que funcionava bem nos velhos tempos da hiperinflação.
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Tipo: se não derem o que peço, o Brasil acaba; se me derem, em breve o país será recompensado.
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Vão receber o que querem e não vão entregar o que prometem.
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Caos ocorrerá se o desemprego explodir em um quadro politicamente instável como o atual.
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Em um ponto qualquer do futuro, virão os investimentos, mas exclusivamente onde houver demanda: algumas concessões públicas, nas quais o preço será menor devido à redução das expectativas de negócio decorrentes da queda da atividade econômica.
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É muito pouco para compensar o estrago que a recessão terá causado nos demais setores da economia.
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Se nesse período todo o governo Dilma não conseguir desenhar o segundo tempo do jogo, criar um sonho que seja, um pote d’água lá na frente para compensar a travessia do deserto, nem a mediocridade ampla da oposição salvará seu governo.
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(http://jornalggn.com.br/noticia/a-miopia-da-politica-economica-de-prioridades-conflitantes)
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Com exceção dos Especuladores Financeiros, todos perderão.
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    FrancoAtirador

    .
    .
    Os Países Escandinavos, como Noruega e Finlândia, já provaram que Desigualdade Social
    se combate com Imposto Progressivo – principalmente com a taxação das Corporações Financeiras e com a Sobretaxação dos Grandes Proprietários Bilionários –
    .
    devolvendo a Receita Arrecadada proporcionalmente a toda a População
    com a oferta gratuita de Serviços Públicos Essenciais, como Saúde e Ensino,
    sob a Administração Direta Estatal.
    .
    Assim se fez e se faz Justiça Social nesses países capitalistas da Escandinávia,
    que hoje, não por coincidência, estão entre os que têm o menor Coeficiente de Desigualdade (GINI)
    e o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
    .
    .

renato

Eu adoro o meu país.
e esta é uma discussão para dentro de nossas portas..
Dilma minha querida, cade o dinheiro dos RICOS e dos Bancos.
Este é o momento..
Sei que estas lutando, mas o pessoal quer participar..

Lukas

Torço para o ajuste fiscal não seja aprovado.

Cláudio

:
Ouvindo A Voz do Bra♥S♥il e postando:
* 1 * 2 * 13 * 4 *************
Um poema (acróstico) para Dilma Rousseff, a depenadora de tucanus :
.
D ilma, coração valente,
I magem de todo o bem em que se sente
L ivre o amor maior pela brasileira gente
M uito humana e inteligente
A PresidentA do nosso Lula 2018 de novo Presidente
.:.
D uas vezes contra o espectro atro
I nscreveu já seu nome na história
L utando contra mídia venal & Cia e seu teatro
M ulher forte de mais uma vitória
A deixar tucanus na ó-posição de quatro ! ! ! ! de quatro ! ! ! ! de quatro ! ! ! ! DE QUATRO ! ! ! !
* * * * * * * * * * * * * Ley de Medios Já ! ! ! !

Mané

O Levi é o maitre francês , da sua cozinha não sai pratos populares. Dali há de se esperar ,mesa finérrima.Então vamos ter que suportar medidas em direção do bôlso da classe média e média baixa. Jamais em direção à carteira recheada dos multimilionários. Culpa da dona do restaurante popular, que contratou um chef banqueiro.

Francisco

O PT tem que ser cobrado de perto pelo trabalhador, como se fosse qualquer outro partido burguês.

Porque “trai a classe operária”? Porque é “burguês”?

Não. Porque é político.

Político não vai ao SUS, político não nada de ônibus, não anda a pé na rua depois das dez da noite e nem ganha salário mínimo.

É natural que seja assim. É da condição do trabalho do político.

O sujeito que gerencia a instituição que prende Fernando Beira Mar (dentre outros) tem que ter proteção de vida. O sujeito responsável pelo comando das Forças Armadas que defendem o país de rivais estrangeiros não pode ir a qualquer médico. Ainda mais os médicos que pedem “esterilização de nordestinos”…

Políticos têm que levar uma vida diferente da do povo: o Brasil não é do tamanho da Suécia.

Mas saber disso e aceitar isso não é licença para pintar e bordar.

É ter noticia do trabalho estrito de vigilância que é preciso fazer.

Governo de direita ou de esquerda, numa democracia, faz o que a maioria manda.

Então, culpa de quem? Nossa! De quem mais?

Comodismo não tem lugar numa democracia e cobrar não é ser contra o outro é ser a favor de si mesmo.

Flavio Moreira

Como a Dilma não lê os blogs sujos nem ouve as vozes que até agora fizeram críticas construtivas no sentido de provocar uma mudança positiva, essa carta não chega ao seu destino. Enquanto ela faz ouvidos moucos, seguimos sofrendo e preparando o caminho para entregar o país ao conservadorismo e ao deus mercado. Foi um bom sonho, enquanto durou.

Julio Silveira

Mesmice, mesmice e repetição de mesmices, trazidas maquiavelicamente pela direita no papel de seus representantes banqueiros, empresários graudos (sim graudos, por que há discriminação até entre eles, de acordo com a capacidade econômica). Mas seria ingenuo esperar outra coisa vinda de representantes desses grupos elitistas (até parece que as nas classes fora do patronato não existe inteligencia capaz de dirigir os rumos economicos do país, até parece que os grupos lideres do patronato são capazes de ter uma visão economica desprovida de protecionismos e os trabalhadores não). Durante minha existencia de mais de meio século de vida, no Brasil só se reforçam estereotipos que ao fim se provam crueis para a maioria dirigida. Esse PT ajuda a reforçar estereótipos, numa contradição evidente.

    Bonobo de Oliveira, Severino

    E onde será que andam e o que estariam fazendo os partidos e os políticos que defendem os trabalhadores.

    Julio Silveira

    Estão desagregados, por que a cultura dominadora, que faz a cabeça até do lider que alcançou o maior status para essa vertente ideológica, depõe contra ela, preferindo sei lá, por que cargas dágua a companhia daqueles contra os quais construira, sua história. Ainda não entendi se são a instituição do jeito que são que entortam a boca, os se as bocas já vem tortas por uma questão cultural, mas o certo e que a politica brasileira entorta a boca de seus cidadãos que viram mestres em trais seus dircursos, e muito pior, os otários que contam com eles, como um ato de fé para mudar o país.

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