“Em evento para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete atentado”

Tempo de leitura: 8 min

Juiz critica monopólios na mídia e aponta manipulação em cobertura da RBS

O presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, criticou a cobertura que o jornal Zero Hora fez de um seminário sobre liberdade de imprensa e Poder Judiciário, em Porto Alegre. A matéria sobre o evento omitiu a parte do debate relacionada aos monopólios de comunicação. “Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento”, diz o juiz em entrevista à Carta Maior.

por Marco Aurélio Weissheimer, em Carta Maior

No dia 21 outubro, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) promoveram, em Porto Alegre, um seminário para discutir liberdade de imprensa e Poder Judiciário. O convite para o encontro partiu da ANJ que já promoveu um debate similar junto ao Supremo Tribunal Federal . Os interesses temáticos envolvidos no debate não eram exatamente os mesmos. Enquanto que a ANJ e as suas empresas afiliadas estavam mais interessadas em debater a liberdade de imprensa contra ideias de regulação e limite, a Ajuris queria debater também outros temas, como a ameaça que os monopólios de comunicação representam para a liberdade de imprensa e de expressão.

O jornal Zero Hora, do Grupo RBS (e filiado a ANJ) publicou no sábado (24/10/2011) uma matéria de uma página sobre o encontro. Intitulada “A defesa do direito de informar”, a matéria destacou as falas favoráveis à agenda da ANJ – como as da presidente da associação, Judith Brito, e do vice-presidente Institucional e Jurídico da RBS, Paulo Tonet – e omitiu a parte do debate que tratou do tema dos monopólios de comunicação. Na mesma edição, o jornal publicou um editorial furioso contra o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, acusando-o de querer censurar o jornalismo investigativo. No mesmo editorial, o jornal Zero Hora apresentou-se como porta-voz da “imprensa livre e independente” e afirmou que “a credibilidade é a sua principal credencial”.

Agora, dois dias depois de o governador gaúcho acusar a RBS de ter manipulado o conteúdo de uma conferência que proferiu no Ministério Público do RS, omitindo uma parte que não interessava à construção da tese sobre a “censura ao jornalismo investigativo”, mais uma autoridade, desta vez o presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, vem a público criticar uma cobertura da RBS, neste caso, sobre o evento promovido em conjunto com a ANJ. A omissão da parte do debate relacionada ao tema do monopólio incomodou o presidente da Associação de Juízes.

“Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento que era a discussão sobre os monopólios de comunicação”, disse João Ricardo dos Santos Costa em entrevista à Carta Maior.

Na entrevista, o presidente da Ajuris defende, citando Chomsky, que “o maior obstáculo à liberdade de imprensa e de expressão são os monopólios das empresas de comunicação”. A “credibilidade” reivindicada pela RBS no editorial citado não suporta, aparentemente, apresentar a voz de quem pensa diferente dela. “O comportamento do jornal em questão ao veicular a notícia suprimindo um dos temas mais importantes do debate, que é a questão dos monopólios, mostra justamente a necessidade daquilo que estamos defendendo”, destaca o magistrado.

Carta Maior: Qual foi o objetivo do seminário sobre Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário e quais foram os principais temas debatidos no encontro realizado dia 21 de outubro em Porto Alegre?

João Ricardo dos Santos Costa: A Ajuris foi procurada pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) para promover um evento com o objetivo de debater liberdade de imprensa e o Poder Judiciário. A relação se justifica pelo grande número de questões que chegam ao Judiciário envolvendo a atividade jornalística. Essas questões envolvem, muitas vezes, decisões que limitam a divulgação de certas matérias. Pois bem, fomos procurados para fazer esse debate que gira em torno de dois valores constitucionais: a liberdade de expressão e a independência do Judiciário. Para alguns haveria um aparente conflito entre esses dois princípios. Nós nos dispomos, então, a construir por meio do debate o que significa a convivência desses dois valores em sociedade democrática. Esse foi o grande desafio que esse evento pretendia enfrentar.

Há duas posições veementes neste debate. De um lado há aqueles que não admitem nenhum tipo de cerceamento à informação; de outro, há aqueles que não admitem qualquer tipo de restrição ao trabalho do Judiciário. Do ponto de vista constitucional, cabe ao Judiciário solucionar todos os conflitos, inclusive os que envolvem a imprensa. A imprensa não está fora das regulações judiciais. Há um embate muito forte entre essas duas posições. Se, de um lado, a ANJ buscou explorar o tema da liberdade de imprensa sob a ótica da atividade judicial, nós buscamos fazer um debate sobre a questão constitucional da liberdade de imprensa, no que diz respeito à distribuição de concessões aos veículos de comunicação.

Carta Maior: Por que a Ajuris decidiu abordar o tema da liberdade de imprensa sob essa ótica?

João Ricardo dos Santos Costa: Chomsky tem dito que o maior obstáculo à liberdade de imprensa e de expressão são os monopólios das empresas de comunicação. Não só ele, aliás. Vários pensadores contemporâneos dizem a mesma coisa. Para nós, esse é o cerne da questão. Hoje não há pluralidade, não há apropriação social da informação. O que existe é o interesse econômico que prepondera. Os editoriais são muito mais voltados aos negócios. Hoje mesmo, o editorial de um jornal local [Zero Hora/RBS] expressa preocupação com a vitória de Cristina Kirchner na Argentina dizendo que seria um governo populista que teria explorado o luto [pela morte de Néstor Kirchner] para se reeleger.

Há toda uma preocupação sobre o que representa esse governo para os negócios das empresas de comunicação, em especial no que diz respeito ao conflito entre o governo argentino e o grupo Clarín. A sociedade brasileira só tem conhecimento do lado da empresa de comunicação. A visão do governo argentino sobre esse tema nunca foi exposta aqui no Brasil.

E aí vem uma questão fundamental relacionada à liberdade de imprensa. O problema não é o que os meios de comunicação veiculam, mas sim o que omitem. Esse é o grande problema a ser superado.

Carta Maior: E esse tema foi debatido no seminário?

João Ricardo dos Santos Costa: No nosso evento, eu lembro de uma fala do deputado Miro Teixeira. Ele disse que a história da censura envolve o cerceamento de grandes pensadores da humanidade, como Descartes, Locke, Maquiavel, Montesquieu, entre outros. Citou isso para exemplificar os danos sociais dessa censura. Mas hoje o que nós observamos é que os grandes pensadores contemporâneos são cerceados não pelos censores que existiam antigamente, mas pelos próprios detentores dos meios de comunicação. Os grandes meios de comunicação não veiculam, não debatem hoje os grandes pensadores da humanidade. Nomes como Amartya Sem, Noam Chomsky, Hobsbwan, entre outros, não têm suas ideias discutidas na mídia, não são procurados para se manifestar sobre as grandes questões sociais. Não são chamados pela grande mídia para dar sua opinião e o que acaba prevalecendo é o interesse do capital financeiro, que é aquele que não vai pagar a conta da crise.

Eu dou esse exemplo para demonstrar a gravidade do problema representado por esse monopólio, esse interesse econômico preponderante sobre o direito à informação. Esse interesse diz incessantemente para a sociedade que a única saída para superar a crise atual é por meio do sacrifício dos mais pobres e dos setores médios da população. Não se toca na questão do sacrifício do setor financeiro. Este setor não pode ter prejuízo. Quem vai ter prejuízo é a sociedade como um todo, mesmo que isso atinja direitos fundamentais das pessoas.

Então, esse debate sobre a democratização dos meios de comunicação é extremamente importante e deve começar a ser feito de forma transparente para que a sociedade se aproprie do que realmente está acontecendo e que possa ter autonomia em suas decisões e mesmo influenciar a classe política que hoje está entregue aos grandes financiadores de campanha que são os mesmos que fornecem a informação enlatada que estamos recebendo. Nós, da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, estamos propondo esse debate para a sociedade.

Carta Maior: Esse debate que o senhor relatou não apareceu na cobertura midiática do encontro pelo grupo RBS, que participou do mesmo. O jornal Zero Hora dedicou uma página ao encontro, com uma matéria intitulada “A defesa do direito de informar”, sem fazer nenhuma menção a essa parte do debate envolvendo os temas do monopólio e da democratização dos meios de comunicação. Como é que a Ajuris, que propôs esse debate, recebe esse tipo de cobertura?

João Ricardo dos Santos Costa: O comportamento do jornal em questão ao veicular a notícia suprimindo um dos temas mais importantes do debate, que é a questão dos monopólios, mostra justamente a necessidade daquilo que estamos defendendo. É como eu disse antes: o problema maior é aquilo que é omitido, aquilo que não é revelado. Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento que era a discussão sobre os monopólios de comunicação. Nós não vamos nos omitir em tratar desse assunto por mais dolorido que ele possa ser. É evidente que não é um assunto que deva ser banalizado. Ele é o mais importante de todos. Estamos tratando de pluralidade de pensamento.

Carta Maior: No debate, o deputado federal Miro Teixeira defendeu que a liberdade de imprensa é um direito absoluto. Qual sua opinião sobre isso?

João Ricardo dos Santos Costa: Eu compartilho a ideia de que não há nenhum direito absoluto, não pode haver. Neste contexto de monopólio, menos ainda. Liberdade absoluta de imprensa em um contexto onde sequer a Constituição Federal é cumprida. no sentido de proibir a existência de monopólios. É algo completamente daninho à democracia. Outra coisa com a qual eu também não concordo , envolvendo esse debate, é a afirmação do ministro Marco Aurélio Buzzi (do Superior Tribunal de Justiça) de que nós temos liberdade até para matar. Nós não temos liberdade para matar. Não vejo, dentro da nossa organização jurídica e de sociedade, que tenhamos liberdade para matar. Do fato de, no Código Penal brasileiro, “matar alguém…pena de tanto a tanto” aparecer como uma expressão afirmativa, não se segue o direito de matar. Nós não podemos matar e não podemos violar o Direito. Não temos essa liberdade. Não temos a liberdade de tirar a liberdade das outras pessoas. O direito individual não chega a esse radicalismo que se pretende com essa afirmação de que a liberdade de imprensa é um direito absoluto.

Carta Maior: A ANJ realizou recentemente, no Supremo Tribunal Federal (STF), um seminário semelhante a este realizado no Rio Grande do Sul. Há, portanto, uma óbvia preocupação com a posição do Poder Judiciário neste debate. Qual é, na sua avaliação, o papel do Judiciário neste contexto?

João Ricardo dos Santos Costa: O fato de se debater, em primeiro lugar, é um grande caminho para amadurecer esses institutos que, aparentemente, estão colidindo, na sociedade. É lógico que o Judiciário, nesta e em outras grandes questões da sociedade brasileira, tem sido provocado a se pronunciar. Muito pela ineficiência do Poder Legislativo. O STF tem decidido sobre questões que o Legislativo se mostra incapaz de resolver: união homoafetiva, aborto, demarcação de terras indígenas, células-tronco, entre outros. A pressão envolvendo esses temas está vindo para cima do Judiciário. E o Judiciário, por sua formatação de autonomia e independência, ele se mostra menos vulnerável a pressões. Decidir é da essência do Poder Judiciário, desagradando um dos lados em litígio.

Quando esse lado é muito poderoso, os danos à instituição podem ser pesados. Numa decisão, por exemplo, que contraria os interesses de um monopólio de comunicação, esse monopólio joga todo esse seu poder para atingir a credibilidade do Judiciário como instituição. Creio que aí aparece um outro grande debate que deve ser feito sobre até que ponto esse tipo de postura não corrói a nossa democracia.

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Comentários

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Mauro A. Silva

Azenha,
Não sei se você viu a entrevista do prefeito gilberto Kassab no Roda Viva.
O prefeito (k)sabonete escorregava para todos os lados… e os entrevistadores ignorantes deixavam por isso mesmo.
***
Roda Viva – entrevistadores ignorantes e prefeito (k)sabonete. #tunel3bi

O programa Roda Viva (TV Cultura, 24-10-2011) foi um dos momentos mais lamentáveis do antijornalismo que vigora naquela tv pública.
Os entrevistadores pareciam desconhecer completamente as questões e os números mais básicos da gestão Serra-Kassab na prefeitura de S. Paulo.
Não falaram sobre a “coronelização” das subprefeituras, centralização do poder e boicote contra a efetiva participação popular (ação judicial contra o “conselho de representantes” e processo fraudulento das eleições dos 44 conselhos tutelares).

No caso das grandes obras, as minas de ouro das construtoras e da especulação imobiliária, os entrevistadores pareciam completos analfabetos. Não citaram os valores astronômicos que serão gastos, valores estes que faltarão para atender às questões sociais; saúde, educação e moradia.

Caso da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada.
Um entrevistador citou o valor do túnel da vergonha, no Jabaquara: R$ 3 bilhões. Mas deixou o prefeito (k)sabonete “escorregar” e dizer que a operação urbana [mais de R$ 5 bilhões] será financiada com recursos próprios…
Isso é uma completa mentira. Os recursos sairão do Orçamento Municipal, dinheiro de todos os paulistanos.
Até hoje, a Operação Urbana arrecadou pouco mais de R$ 1 bilhão, gastou mais de R$ 300 milhões na “ponte da vergonha”. E não construiu uma única moradia popular.
Todo ano a prefeitura “cadastra” moradores das favelas. Cadastraram mais de 8 mil famílias, mas as obras contratadas só falam em 4 mil moradias…
Aliás, esta Operação Urbana Água Espraiada é um caso vergonhoso de manipulação dos diversos ocupantes da cadeira de prefeito… sempre com a cumplicidade da mídia… Depois do Tribunal de Contass denunciar mais de 70 irregularidades na licitação das obras, inclusive a construção de um túnel de 3,8km (não previsto na lei), a prefeitura enviou para a Câmara uma “nova lei”, agora com o túnel de 400 metros “redimensionado para 2,4km, a um custo superior a R$ 3 bilhões… A nova lei foi aprovada por 40 vereadores amiguinhos do prefeito (k)sabonete… Teve até vereador-velho-comunista e vereador-mano-da-periferia votando a favor das construtoras e da especulação imobiliária; votando contra a prioridade na construção de moradia popular…
Curiosamente, mesmo mudando a lei e acrescentando o Túnel da Vergonha (R$ 3 bilhões), ainda assim a prefeitura manteve o resultado da “licitação” feita meses antes da aprovação da nova lei que modificou a Operação Urbana Consorciada águas Espraiada.

O que você faria com R$ 3 bilhões?
Os entrevistadores-ignorantes parecem não ter a menor noção do que significa R$ 3 bilhões (três bilhões de reais).
O prefeito (k)sabonete diz que não em dinheiro para a saúde, nem para a educação (creches e emeis), nem para moradias, e nem para o transporte público… mas o prefeito (k)sabonete falou que vai gastar R$ 3 bilhões no “túnel da vergonha”… e não houve contestação de nenhum dos entrevistadores-ignorantes…
Será que os entrevistadores-ignorantes sabem o que significa R$ 3 bilhões?
Vamos dar alguns exemplos aos entrevistadores-ignorantes do que pode ser feio com R$ 3 bilhões:
– R$ 3 bilhões = 600 postos de saúde;
– R$ 3 bilhões = 10 hospitais;
– R$ 3 bilhões = 3 mil creches;
– R$ 3 bilhões = 1.500 escolas de educação infantil;
– R$ 3 bilhões = 60 mil casas;
– R$ 3 bilhões = 20 corredores de ônibus…

Com uma imprensa chapa-branca e entrevistadores-ignorantes, o prefeito (k)sabonete e os seus 40 vereadores não precisam nem mesmo de assessoria de imprensa para defender os seus amiguinhos donos de construtoras e outras empresas que vivem da especulação imobiliária.

É por isso que o Movimento Jabaquara Livre há muito tempo trata a grande imprensa local e nacional como meras assessorias de imprensa dos governantes de plantão.

Creche: Sim.
Túnel: não.

Jabaquara, 25 de outubro de 2011.
Mauro Alves da Silva
Movimento Jabaquara Livre. http://jabaquaralivre.wordpress.com/

    Hell Back

    K A S S E T E ! ! !

Julia Dig

Tem vídeo do seminário? Postem no Youtube!

    Comunicação AJURIS

    Na página da Radioweb AJURIS (a rádio pela internet da Associação) tem os links com todas as palestras em áudio. O evento foi transmitido ao vivo neste dia, por este canal, sem qualquer restrição. Segue o link: http://www.ajuris.org.br/ajuris/index.php?option=

Thomas Morus

Quando ocorreu o golpe em Honduras a Zero Hora em uma reportagem no dia do jornalista mostrou onde no ano passado em relação ao golpe, ocorreram mortes de jornalistas. Um ano depois a reportagem comentava lugares específicos, os "suspeitos habituais" Coreia do Norte, Irã, etc… Quanto aos jornalistas de Honduras… Nada. Que classe esta. Quando para o patrão NÃO há golpe nada é noticiado.

Ricardo

E o caso da menina estuprada aqui em Florianópolis pelo filho do dono da rbs e mais um guri aqui até agora nada.

SILOÉ-RJ

Agora a globo pegou no pé do governo na área mais vulnerável: a da SAÚDE: e não vai dar trégua. Nessa área o bicho pega.
Se não investir pesadamente e pra ontem: O governo é que irá sangrar eté morrer.
Mais de 2 minutos no JN, numa notícia de falta de atendimento no Rio Grande do Sul!!!
Adivinhem porquê???
Dilma está certa. Ainda temos muitas mazelas de décadas de desgovernos, creditada nas nossas costas, a serem corrigidas e sanadas.
Temos que ir com cautela, como sempre, costeando o alambrado!!!
Eles ainda têm a força da malidicência.

FrancoAtirador

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IMPEACHMENT A PREFEITOS DO PT VIROU MODA PARA VEREADORES NO RS

Cassação de prefeitos do PT afronta a democracia no RS

Por Eliane Silveira, Secretária-Geral PT/RS

Em uma semana o PT/RS teve um prefeito, uma prefeita e um vice-prefeito cassados por decisões majoritárias de Câmaras Municipais.
A soma de uma maioria oposicionista com a utilização do Decreto-Lei 201 de 1967 – editado em plena Ditadura Militar – resultou numa grande arbitrariedade no município de Pinheiro Machado, localizado na metade sul do estado, onde o prefeito Luiz Fernando de Ávila Leivas foi cassado pela maioria dos votos dos vereadores.

Tal atentado contra a democracia repetiu-se dias depois no município de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde os votos de 10 vereadores cassaram a prefeita Rita Sanco e o seu vice-prefeito, Cristiano Kingeski, ambos do PT.

As cassações não possuem substância jurídica que as sustentem.
As denúncias apresentadas contra os governantes petistas são muito mais artefatos de uma pirotecnia da oposição, despidas de qualquer grau de seriedade ou responsabilidade.

Mais do que cassar governantes, a maioria dos vereadores destes dois municípios cassaram, na verdade, o voto da população.
Em Pinheiro Machado, o vice-prefeito (cujo partido rompeu com o governo) está no exercício do cargo.
Em Gravataí, o vereador presidente da Câmara, do PMDB, assumiu a prefeitura, logrando assim o que sua sigla tentou em 2008 nas eleições sem sucesso.
Rita Sanco recebeu 68553 votos, 18 mil a mais do que o candidato do PMDB, segundo colocado.

Denúncias vazias

Por mais que possa parecer inacreditável, o prefeito de Pinheiro Machado foi cassado sob a alegação de não ter respondido 16 pedidos de informação do Legislativo dentro do prazo estipulado.
Cerceado no seu direito de ampla defesa, com os vereadores negando-se a ouvir as testemunhas arroladas, o prefeito agora recorre ao Judiciário para reaver seu mandato.

Em jogo 2012 e 2014

O que estamos vivendo no RS, na prática, é a antecipação do processo eleitoral de 2012, capitaneado pelos partidos de oposição aos governos Dilma e Tarso que entendem que o caminho do seu retorno ao poder central em 2014 passa pelas eleições municipais de 2012. Colocam em prática a máxima que diz que os fins justificam os meios. Se, para barrar o PT for preciso ferir de morte a democracia, que se faça.

Gravataí é o maior exemplo desta prática desesperada dos adversários, que não vislumbram outra alternativa para barrar a conclusão da quarta gestão do PT na Prefeitura: a arbitrariedade. No curso do quarto mandato, o PT – que governa com o PCdoB, PRB, PDT, PSC e PTC – conta com uma ótima avaliação da população, tem o maior índice de preferência partidária na cidade e tem candidatura e apoio consolidado para conquistar um feito ainda inédito para o PT gaúcho: o quinto mandato consecutivo.

Íntegra em:

http://www.democraciasocialista.org.br/democracia

    pedro

    No jornal da rede Golpe do meio dia pegaram no pé foi do prefeito de Osasco que ohhhh é do PT por causa de um calcadao numa rua de comercio de lá ficou no minimo uns 10 minutos nesse assunto, o jornal do meio dia pega no pé do Nunkassab desde que ele se atreveu a fundar seu partido de aluguel e continua a cata de qualquer prefeito do pt na grande sp ou no estado para apontar os males dessas administracoes petistas, as demais jamais aparecem e eu assisto todo dia porque a tv fica ligada na rede golpe no lugar onde almoco. O psdb só aparece inaugurando linhas de metro, e projetos 'bons pro povo' uma legiao de anjos os tucanos de sp.

    Eduardo Mendes

    Aqui em Goiânia tá no mesmo. Pegam qualquer probleminha da cidade e o transformam numa calamidade, já que o prefeito apoia o PT.

    Mas quanto aos problemas do estado, os quais realmente são uma calamidade, são transformados em probleminhas ou nem são citados, já que o governador é do PSDB.

Marcos

Vamos ver quanto tempo o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, permanecerá no cargo mexendo com a RBS. É inconcebível para maioria dos seus colegas e também para a RBS ter um juiz de cunho humanista mordendo os seus calcanhares. A RBS está preparando o terreno devagarinho para derrubar Tarso Genro e como sabe que não irá conseguir, está preparando o terreno para lançar sua repórter e agora Senadora Ana Amélia Lemos ao Governo do Estado em 2014.

Marcos

Vamos ver quanto tempo o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, permanecerá no cargo mexendo com a RBS. É inconcebível para maioria dos seus colegas e também para a RBS ter um juiz de cunho humanista mordendo os seus calcanhares. A RBS está preparando o terreno devagarinho para derrubar Tarso Genro e como sabe que não irá conseguir, está preparando o terreno para lançar sua repórter e agora Senadora Ana Amélia Lemos ao Governo do Estado em 2014.
Temos de estar vigilantes!

Cleverton_Silva

A postura do magistrado mostra que não podemos generalizar ao falar sobre a podridão do Judiciário. Parabéns, João Ricardo pela crítica responsável. A máfia midiática formadora do pig é alérgica às críticas, pior até mesmo que muitos coronéis pelo interior do Brasil. pig e auto-destruição: tudo a ver!

trombeta

A RBS/globo é assim: quando o judiciário decreta segredo de justiça para determinado caso que interessa, eles usam seus veículos para denunciar "atentado à liberdade de imprensa".(sic)

Já quando alguém quer informação sobre o processo ao qual responde o proprietário da RBS, Nelson Sirotsky, por evasão de divisas e sonegação fiscal, na justiça federal de Porto Alegre, tudo muda e todos os seus advogados são acionados para impedir o acesso de terceiros.

Ou seja, para a RBS/globo ninguém pode saber as maracutaias do sinhozinho já os pobre mortais…

FARPA

Fico muito feliz e orgulhoso de saber que o Presidente da AJURIS-RS o dr. João Ricardo dos Santos Costa é um homem muito bem informado sobre o câncer que assola o Brasil, que é o PIG. Que lê Noam Chomsky entre outros, e portanto tem a noção exata do fragelo social que é um monopólio da informação. E sofreram na própria carne, a falta de respeito e destemor que move a RBS, ao serem OMITIDAS as informações que não interessavam os interesses políticos e financeiros da empresa. Ou seja, nem em frente a juízes e promotores, eles renúnciam suas práticas diárias de enganar o seu público, com omissões, distorções etc… O Roberto Marinho disse " O importante não é o que DIVULGO na Globo, é o que OMITO".

Remindo Sauim

Que vergooooonha de ser gaúcha. Pegaram meus conterrâneos na tampinha. Se eu sou o diretor de redação faço harakiri na hora. Como é que ele vai explicar aos seus netos que deixou esta sacanagem contra os brasileiros sair nas páginas do seu jornal.

Gersier

“Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento”, diz o juiz…

Enquanto isso no Yahoo um bando de idiotas escreveu que "os petralhas" querem calar a imprensa no Brasil,inclusive "matando" repórteres,como a Cristina fez na Argentina,para ganhar as eleições. Como uma empresa que se diz séria,deixa passar essas asneiras,essas babaquices?
Azenha,são esses analfabetos funcionais que com certeza agridem seus colegas nas escolas e nas ruas onde se acham superiores,mas não passam de um bando de imbecis.Resquícios das baixarias do serra na campanha passada,com certeza.

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