Doria, o privatista, pediu dinheiro público para a mulher e usou dinheiro público em suas revistas

Tempo de leitura: 3 min

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Da Redação

O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria Jr., é privatista. Sua plataforma de governo inclui privatizar Interlagos, o Anhembi e o Pacaembu, dentre outros espaços públicos da cidade. Privatizar tudo o que for possível, de forma “consciente”, diz ele.

Extinguir algumas ciclovias, reabrir a avenida Paulista aos domingos. É o candidato dos motoristas, que vai de encontro à filosofia do atual prefeito Fernando Haddad, que é de valorizar o espaço público para as pessoas.

No entanto, vejam só: segundo a Folha de S. Paulo, Doria interveio junto a um funcionário do governo Dilma em busca de um favor para a esposa, com dinheiro público!

Daniela Lima registrou:

Fim de semana em uma luxuosa casa em Campos do Jordão (SP), com direito a spa e massagens na recepção, aperitivos diante da lareira e até jantar de aniversário de um cantor famoso. Foi essa a programação que o empresário João Doria Júnior, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, ofereceu a autoridades públicas em 2015.

A pelo menos um dos seus convidados, Doria também fez pedidos de favores pessoais. Os registros do convescote estão em e-mails enviados por funcionários de Doria aos integrantes da comitiva, em julho do ano passado. Entre os destinatários das mensagens do tucano estava David Barioni, presidente da Apex Brasil, agência do governo federal responsável pelo fomento à exportação.

Meses antes, Barioni havia recebido outra mensagem. A mulher do pré-candidato tucano à prefeitura, Bia Doria, enviou, em abril, um pedido para que a Apex patrocinasse uma exposição de suas obras no exterior. Ela é artista plástica e, no e-mail, diz ter obtido incentivo da Lei Rouanet para captar até R$ 1,7 milhão. Na mensagem, Bia diz que seguiria “em busca de empresas”. “Mas está difícil alguma me falar sim”, conclui na comunicação. Ela ainda ressalta que o marido estava copiado na mensagem e poderia expressar, portanto, alguma contrariedade, se houvesse, ao pedido de patrocínio.

A sequência da conversa, obtida pela Folha, mostra que Doria se manifestou em seguida, dando aval à investida. “Nenhuma objeção. Pelo contrário”, escreve o empresário. “Barioni, aqui ao meu lado, vai avançar neste tema com você”, arremata. Procurada pela reportagem, as assessorias da Apex Brasil e do Grupo Doria confirmaram o pedido de patrocínio feito por Bia Doria, mas disseram que o valor solicitado pela artista acabou não sendo liberado.

Não é a primeira vez que o empresário privatista tira proveito do dinheiro público. Em setembro do ano passado, na mesma Folha, Doria foi denunciado por receber R$ 1,5 milhão em propaganda oficial do governo Alckmin para suas revistas. Geraldo Alckmin banca a candidatura de Doria à Prefeitura de olho em 2018.

Mais uma vez, dinheiro público!

Quanto ao papel desempenhado pela Folha de S. Paulo, tudo indica que esteja a serviço da máquina de destruir reputações do tucano José Serra. Serra, como se sabe, é partidário de outro pré-candidato à Prefeitura, Andrea Matarazzo, que também tem o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Matarazzo foi citado no relatório da Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Correa. Ele teria sido intermediário no pedido de propaganda para uma revista de Reinaldo Azevedo, no valor de R$ 50 mil. A operação foi anulada na Justiça e a PF não aprofundou as investigações sobre os políticos mencionados na contabilidade paralela da empresa, que eram dezenas, de vários partidos.

Mas, isso não vem ao caso…

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Comentários

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Nelson

Relendo o meu comentário das 16h20, detectei uma barbeiragem no português. Então, vamos à forma como deveria ter sido escrita a frase:

“Uma parcela bastante significativa desses que se dizem empreendedores e andam de nariz empinado e salto alto, só CHEGOU ao sucesso porque CONTOU com “uma mãozinha” do Estado via isenções de impostos ou empréstimos subsidiados.”

Eu poderia acrescentar ainda que, além das isenções ou empréstimos subsidiados, o sucesso desses ditos empreendedores vem também à base de muita sonegação de impostos.

Hélio Jacinto Pereira

Mudando de assunto !
Na Campanha de 2014 o Governador Alckmin usou e abusou das criticas ao governo Federal e praticamente em todos os Programas Eleitorais do PSDB ele procurou mostrar o “choque de gestão” e o compromisso do PSDB em combater a crise de energia !
Alckmin deu grande destaque a Usina Hidroelétrica de Pirapora,pra mostrar esta “eficiência” !
Esta Usina é composta de duas Turbinas,fabricadas pelo Grupo WEG de Santa Catarina e cada uma tem um poder de geração de 12,5 Mw e podem abastecer 300 mil pessoas,segundo a propaganda do PSDB e foram construídas ao custo de 150 milhões de dólares,boa parte financiado pelo BNDES !
As Turbinas deveriam ter uma vida útil de 50 anos,mas com um ano,uma delas estourou e com isto cerca de 150 mil pessoas deixaram de ser atendidas, (isto ocorreu há cerca de 15 dias) !
“Nossa imprensa” se cala e o Governador Alckmin,”finge que não sabe de nada” !
Meu caro Azenha é evidente que a EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) não vai divulgar este fato,uma vez que: esta Estatal Tucana é a Responsável pela administração desta Usina e muito menos o Governador que sempre afirmou fazer uma “administração transparente” !
Portanto eu faço um apelo pra que você investigue e denuncie este fato ao MP,cobrando explicações sobre este “acidente” na Usina de Pirapora e o porque deste “silêncio’ a respeito,afinal ali existem milhões de dólares do BNDES e também de nossos impostos !

Marat

Asqueroso esse cara!

FrancoAtirador

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John Dória, Zika Serra, Matttarrazzo são os DídJêis que farão os Paulistanos dançar o Fânqui dú Metrô.
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Nelson

Uma parcela bastante significativa desses que se dizem empreendedores e andam de nariz empinado e salto alto só chegaram ao sucesso, porque contaram com “uma mãozinha” do Estado via isenções de impostos ou empréstimos subsidiados.

Não fosse a “turbinada” com dinheiro público, estariam falidos e “vendendo pente a pila”, como se diz no popular.

Urbano

Consciência? Vale!

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