Ex-diretor do Ministério da Saúde alerta: A vida das pessoas com HIV no Brasil está em risco

Tempo de leitura: 2 min
Foto: ONU

por Fábio Mesquita*, via whatsapp

Passaram-se 33 anos de construção da Política Pública do Estado Brasileiro na luta contra a epidemia de AIDS, desde 1985.

Esta política que se tornou de Estado, e não de um Governo específico, foi construída com muito esforço e luta da sociedade civil, profissionais do SUS, gestores, artistas entre outros setores.

Uma Lei promulgada pelo Congresso em 1996, consolidou a obrigação do Estado Brasileiro de fornecer medicamentos antirretrovirais de forma universal e gratuita.

As campanhas de prevenção, mesmo com altos e baixos, sempre promoveram o sexo seguro e o enfrentamento ao estigma e discriminação, além de promover novas tecnologias incorporadas pela evidência cientifica.

A criação do SUS em 1998, consolidou a política, descentralizou e tornou possível o acesso ao cuidado, diagnóstico, prevenção e tratamento em qualquer lugar do Brasil, mas isto pode mudar a partir de 2019 com a possível eleição de Bolsonaro que acredita que pessoas que tem HIV adquiriram o vírus porque quiseram e usando a expressão “o problema é deles”, insinuou que a distribuição de medicamentos não deve ser responsabilidade do Estado.

Ele também é uma ameaça aos profissionais da área. Consultores e terceirizados dificilmente serão mantidos, já que para ele, AIDS não é um problema do Estado.

Quanto aos funcionários públicos que atuam na área, perderão muitos de seus direitos e conquistas, já que para o candidato, o funcionalismo é o grande problema da previdência.

Além disso, seus discursos ameaçam cotidianamente negros, mulheres, gays, pessoas trans, pessoas que usam drogas e trabalhadoras do sexo, populações chaves mais vulneráveis ao HIV.

Por outro lado, Manuela D’Avila recebeu recentemente a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids e assinou uma carta, onde compromete-se com os direitos de adolescentes e jovens e a pauta e as especificidades do HIV e AIDS.

Nas mãos de quem você entregará seu futuro?

Usuários e profissionais precisam se conscientizar de que suas vidas, estão em risco.

Não há política de AIDS possível sem liberdade, democracia e respeito à diversidade.

#Haddad Sim #EleNão

*Fábio Mesquita, médico, ex-Diretor do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde

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Comentários

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José Claudemir martins

Não acredito nisso… o futuro presidente jamais faria isso ja que sê tornou uma lei ele não teria mesmo que presidente autoridade para desfazer esta lei. Além de tudo acho esta mensagem extremamente petista que querem derrubar nosso futuro presidente

    Conceição Lemes

    Leia as entrevistas dele a respeito. sds

João Lourenço

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