Carlos Lula: A História cobrará de todos nós a atuação no combate à pandemia

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Crédito: Site PT

Painel Conass Covid-19: Última atualização às 18h desta sexta-feira, 8 de outubro de 2021


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Zé Maria

Mas com certeza a História cobrará principalmente de quem
negligenciou criminosamente a Pandemia de um Vírus Letal,
deixando a População Brasileira literalmente ‘ao deus dará’.

    Zé Maria

    Para Guilherme Augusto Simões (in Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, ed. Perspectivas & Realidades, Lisboa) a frase “ao deus dará”
    (ao abandono, ao acaso, à toa, à aventura; estar entregue à própria sorte)
    tem a seguinte explicação:
    «(…) ao pedido de esmola que os mendigos antigamente faziam
    – “Uma esmolinha, por amor de Deus” –, obtinham a resposta,
    daqueles que nada queriam dar, “Deus dará”,
    e assim quem andava a mendigar andava ao “Deus dará”.

    https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-expressao-ao-deus-dara/17181#

Zé Maria

Uma crônica sobre o escândalo da vacina que Bolsonaro não rejeitou

[Reportagem: Ana Clara Costa | Revista piauí Nº 181 Out/2021] (https://t.co/AeDzPnSfID)

Os servidores do gabinete do senador Renan começaram a ler um lote de mais de 1,5 mil páginas de telegramas diplomáticos recebidos pela CPI da Pandemia.

Fazia duas semanas que a CPI vasculhava documentos, tomava depoimentos,
alinhava pedidos de quebra de sigilo.
O objetivo era investigar a omissão fatal do governo de Jair Bolsonaro no combate
à pandemia.
Havia a escassez de oxigênio em Manaus, a demora na compra de vacinas,
a atuação clandestina do gabinete paralelo, a insistência do presidente em
difundir remédios ineficazes.

Os telegramas, reunidos em mais de duzentos arquivos de computador, deviam
dar uma ideia sobre a desastrada conduta do governo para trazer imunizantes
do exterior.

Até que o servidor W.D.O., assessor do Senador há mais de dez anos, leu um
telegrama despachado de Nova Delhi, capital da Índia, que lhe chamou a atenção.

O documento informava que Bolsonaro enviara uma carta ao primeiro-ministro
indiano, Narendra Modi, datada de 8 de janeiro de 2021.

Na carta, o presidente dizia que a Covaxin, uma vacina indiana, já fora incluída
no Programa Nacional de Imunizações.
Era estranho.
O imunizante não tinha sequer sido comprado e as autoridades sanitárias brasileiras
ainda não haviam aprovado seu uso. A leitura de outros despachos diplomáticos
deixava evidente que o governo estava empenhadíssimo na compra da Covaxin,
vacina que não tinha autorização de uso nem mesmo na Índia.
A urgência destoava do desprezo habitual de Bolsonaro com relação à imunização.

Àquela altura, o governo já assinara um acordo para comprar 100 milhões de doses
da AstraZeneca, mas ignorara três ofertas de vacina da Pfizer no Brasil, enquanto
o presidente fazia questão de debochar da CoronaVac, produzida pelo Instituto
Butantan, de São Paulo.
Dois dias antes de enviar a carta a Modi, Bolsonaro se negara publicamente
a comprar seringas e afirmara que a imprensa “potencializava” o vírus.

Por que o governo estava tão empenhado em comprar a Covaxin, um imunizante
do qual quase ninguém ouvira falar?

Os telegramas da Índia causavam estranheza, mas, isoladamente, não queriam
dizer muita coisa.

“Era uma linha do tempo de um comportamento anômalo”, explicou outro
técnico que trabalhou na CPI …

O servidor que leu os telegramas no dia 16 de maio registrou mentalmente
a informação.
Três semanas depois, já no início de junho, a CPI recebeu mais de oitocentas
páginas que compunham um inquérito aberto pela Procuradoria da República
do Distrito Federal para investigar os desvios do governo na gestão da pandemia.

Junto com a papelada, um ofício da procuradora Luciana Loureiro informava o seguinte:
“Anexo aos autos, o depoimento sigiloso de servidor do Ministério da Saúde
ouvido no dia de hoje [foi ouvido no dia 31 de março]. Mantenha sigiloso.
Tema: Bharat Biotech.”

Como Bharat Biotech é o nome do laboratório indiano que estava produzindo
a Covaxin, acendeu-se o sinal amarelo …
De posse do áudio do depoimento, Rodrigues reuniu um grupo de senadores e técnicos para ouvi-lo. Na gravação, o servidor Luis Ricardo Miranda, que trabalhava desde 2018 como coordenador de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, contava que vinha sendo pressionado para autorizar a compra da Covaxin. Recebia telefonemas à noite e até nos fins de semana e ouvia pedidos para fazer vista grossa às irregularidades do negócio.

A conexão estava feita. A CPI encontrara o primeiro sinal de que havia um esquema
montado no governo para favorecer a compra de 20 milhões de doses da Covaxin
ao preço de 1,6 bilhão de reais.

No plano diplomático, o presidente prometia comprar a vacina junto ao governo
da Índia.
Na burocracia interna do Ministério da Saúde [sob a [‘indi’]gestão do General Pazuello],
pressionava-se para que o negócio saísse, atropelando as normas internas.
Entre um ponto e outro, o esquema estava povoado por vigaristas interessados
em saquear os cofres públicos por meio de um negócio bilionário.

Daquele momento em diante, a CPI da Pandemia ganhou novo rumo – e o
governo Bolsonaro perdeu de vez o discurso de que viera para combater a
corrupção.

O esquema estará descrito nas mais de mil páginas do relatório final da CPI,
a ser divulgado neste mês de outubro, no qual o presidente será acusado de
uma penca de crimes. Entre eles, deverão constar prevaricação e crimes
contra a saúde pública, contra a administração pública, contra a paz pública
e contra a humanidade, charlatanismo e incitação ao crime.

Esse rosário de malfeitos, na avaliação dos senadores, pode lastrear um robusto
pedido de impeachment por crime de responsabilidade.

Via (https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1446596953610104834)

    Heriberto Copes

    Narrativa cheia de detalhes, criada por corruptos para uma CPI formada por corruptos e que não deu em nada. Mas rendeu muitas outras narrativas no horário nobre da globosta por meses…

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