Beatriz Cerqueira desmascara mentiras espalhadas pelos defensores da Escola sem Partido ; veja vídeos
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Fotos da montagem: Jéssica Souza/Sind-UTE/MG
Sind-UTE/MG
Sexta-feira passada (10/11), Dia Nacional de Mobilização, foi duplamente de luta em Minas Gerais.
Pela manhã, trabalhadores de várias categorias dos setores público e privado, sindicatos e centrais, entre as quais a CUT, se uniram para protestar contra as reformas trabalhista e da previdência.
À tarde, o alvo da luta foi o projeto de lei da Escola sem Partido, a chamada lei da mordaça.
Durante uma audiência pública, que aconteceu na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e que contou com a presença de vários profissionais da educação pública e privada, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, explicou por que esse projeto é tão maléfico à educação.
https://www.youtube.com/watch?v=rdZTWWV0w6k&feature=youtu.be
“A Escola sem Partido coloca os professores como opressores dos estudantes, dando uma falsa ideia de que na relação do ensinar do aprender existe a lei do mais forte.”
https://www.youtube.com/watch?v=4zTXsfR747U&feature=youtu.be
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Outro ataque que esse projeto faz diz respeito ao conteúdo, ao que pode ou não pode se discutir no ambiente escolar. Ter pensamento crítico, fazer o debate sobre a realidade em vários aspectos não se deve permitir, segundo o projeto Escola Sem Partido.
Mas, a negação do direito a uma criança ou adolescente de discutir e ampliar o seu conhecimento sobre violência doméstica, por exemplo, estupro e outros tipos de situações foram considerados problemas sérios e que podem apontar uma corresponsabilidade da escola na formação e até no futuro dessas pessoas.
“Quando a gente nega o debate, não dá o direito às pessoas, aos nossos estudantes, de exercitarem o seu pensamento crítico, estamos impedindo-as de crescer e colaborando para a reprodução de erros graves, sendo a violência um desses males”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.
https://www.youtube.com/watch?v=ant4PB8I2ZQ&feature=youtu.be
Ao lembrar que o problema da escola é um problema de classe e se todos não se juntarem nessa luta por uma escola inclusiva e democrática, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG afirmou que corre-se, ainda, o risco de termos uma sociedade cada vez mais intolerante, racista, homofóbica, misógina e que não respeita a diversidade.
Ela lembrou que esse projeto já foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Ministério Público Federal (MPF) e também por isso precisa ser combatido.
https://www.youtube.com/watch?v=04ADeAlbr1w&feature=youtu.be
Respeitar as crianças como elas são é um dever da escola e que deve ser colocado em prática com o propósito de não expulsar esse estudante do ambiente escolar.
https://www.youtube.com/watch?v=GGDAcF2JjQI&feature=youtu.be
Ao lembrar que é preciso ampliar o debate e, inclusive, conhecer o contraditório para não ficar preso a conceitos que levam ao obscurantismo, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG disse que o Projeto da Escola Sem Partido já foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público Federal.
Espaço onde as pessoas crescem
A audiência pública foi realizada a requerimento do deputado estadual, Rogério Correia, a pedido do Sind-UTE/MG e presidida pelo deputado estadual, Geraldo Pimenta que, ao destacar a importância deste encontro, referenciou o dramaturgo e poeta, Bertolt Brecht, para dizer que o pior analfabeto é o analfabeto político, que não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos e não sabe o custo de vida.
Já o deputado Rogério Correia lembrou que a escola é onde as coisas acontecem e as pessoas crescem.
“Agora querem amordaçar nossos professores e os estudantes também. Não queremos que todos pensem da mesma forma, mas que tenham pensamento crítico e liberdade de expressar”, afirmou.
Wladimir Coelho, representante da Secretaria Estadual de Educação, falou dos interesses econômicos, do grande capital, se sobrepondo aos interesses sociais e da educação, impedindo o crescimento do país e, consequentemente, fortalecendo projetos que são contra o povo brasileiro.
“É preciso combater e resistir a essas propostas que, inclusive, censuram a liberdade de expressão e oferecem prejuízos à educação.”, destacou.
A militante do Levante Popular da Juventude, Ana Júlia, estudante de Direito da UFMG, criticou o projeto da Escola Sem Partido e disse que ele não se justificaria caso não existisse uma pauta maior para desarticular a organização da educação e da escola.
“Eles querem criminalizar, inclusive, a luta dos estudantes e de quem constrói a escola. Essa é uma teia bem articulada, que visa precarizar cada vez mais a vida da classe trabalhadora e da sociedade brasileira”, alertou.
A presidenta do Sinpro-MG, Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Privada de Minas Gerais, Valéria Morato, por sua vez, pontuou o quanto o projeto da Escola Sem Partido valoriza o notório saber e institui a possibilidade de qualquer um entrar numa sala de aula para ministrar qualquer tipo de conteúdo aos estudantes.
“Isso é desqualificar a nossa formação, jogar na luta do lixo todo o esforço que fazemos para nos preparar para exercer da melhor forma possível a nossa profissão.” Ela também falou da dificuldade que a categoria encontra de fazer a discussão do projeto pedagógico da escola e o projeto Escola Sem Partido, para ela, vem no sentido de piorar ainda mais essa situação.
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