Será que eu estou delirando?

Tempo de leitura: 2 min
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Por Marco Aurélio Mello

O impensável pode acontecer: a Globo se aliar à esquerda.

Este é um dos cenários que se apresentam, após a peleja de Temer contra Janot, os Marinho e parte do PSDB.

Sim, todos os outros atores são meros figurantes.

Ouso arriscar uma ficção, mas que é bem plausível.

Temer, cheio de si e com o Congresso no bolso, decide prorrogar seu mandato.

Como sua rejeição popular é enorme, e não contará com cenário econômico favorável em 2018, em nome da governabilidade, pede aos parlamentares para apreciarem uma prorrogação de mandato.

A manobra, considerada descarada pela a mídia, faz o clamor popular aumentar.

Temer então sai em busca de um inimigo que una o país.

Encontra na vizinha Venezuela, de caso com a Rússia, seu melhor rival.

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Aceita abrir o território ao Grande irmão do Norte, em troca de dinheiro e de crescimento econômico.

Com medo da instabilidade, a sociedade se mobiliza contra o “comunismo”.

Exemplo típico e de farto registro histórico: a política do choque e do medo.

Com o aumento das tensões, a sociedade delega ao Estado o poder de operar pelas armas, em defesa da Soberania Nacional.

Com apoio militar, político e popular Temer se impõe e passa a atacar seus inimigos, entre eles a famiglia Marinho, que apela aos progressistas e à esquerda contra o novo ditador.

Na iminência do caos, a resistência se alinha à Globo e à parte do empresariado nacionalista, em torno de uma “causa maior”.

Os que são contra este alinhamento são perseguidos como inimigos da pátria e passam a ser taxados inclusive de “temeristas”.

Entra em cartaz o teatro do absurdo.

Perseguições, desaparecimentos, supressão das liberdades, tortura e crimes.

E o impensável acontece.

Espero que tudo isso seja apenas um delírio persecutório.

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Marco Aurélio Mello

Jornalista, radialista e escritor.


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