Por Marco Aurélio Mello

O impensável pode acontecer: a Globo se aliar à esquerda.
Este é um dos cenários que se apresentam, após a peleja de Temer contra Janot, os Marinho e parte do PSDB.
Sim, todos os outros atores são meros figurantes.
Ouso arriscar uma ficção, mas que é bem plausível.
Temer, cheio de si e com o Congresso no bolso, decide prorrogar seu mandato.
Como sua rejeição popular é enorme, e não contará com cenário econômico favorável em 2018, em nome da governabilidade, pede aos parlamentares para apreciarem uma prorrogação de mandato.
A manobra, considerada descarada pela a mídia, faz o clamor popular aumentar.
Temer então sai em busca de um inimigo que una o país.
Encontra na vizinha Venezuela, de caso com a Rússia, seu melhor rival.
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Aceita abrir o território ao Grande irmão do Norte, em troca de dinheiro e de crescimento econômico.
Com medo da instabilidade, a sociedade se mobiliza contra o “comunismo”.
Exemplo típico e de farto registro histórico: a política do choque e do medo.
Com o aumento das tensões, a sociedade delega ao Estado o poder de operar pelas armas, em defesa da Soberania Nacional.
Com apoio militar, político e popular Temer se impõe e passa a atacar seus inimigos, entre eles a famiglia Marinho, que apela aos progressistas e à esquerda contra o novo ditador.
Na iminência do caos, a resistência se alinha à Globo e à parte do empresariado nacionalista, em torno de uma “causa maior”.
Os que são contra este alinhamento são perseguidos como inimigos da pátria e passam a ser taxados inclusive de “temeristas”.
Entra em cartaz o teatro do absurdo.
Perseguições, desaparecimentos, supressão das liberdades, tortura e crimes.
E o impensável acontece.
Espero que tudo isso seja apenas um delírio persecutório.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.




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