Amor nos tempos de cólera: No Viomundo, como assim?
Tempo de leitura: 2 minPor Marco Aurélio Mello

por Marco Aurélio Mello
Pode parecer esquisito em tempos tão sombrios o Viomundo abrir espaço para uma coluna dedicada não só, mas principalmente, ao amor.
Não me refiro apenas ao sentimento mágico que eleva os amantes a um outro estágio da existência, a um lugar de encantamento e prazer, mas ao amor fraterno, ao amor em torno de uma causa, ao amor ao próximo, que imaginávamos estar alcançando quando nossa sociedade optou lá atrás por um projeto de combate à fome e à miséria.
Quando chegamos até a sonhar em paz com justiça social.
Abro as redes sociais todos os dias e lá estão manifestações de ódio, crimes de ódio, disputas de ódio, flores de ódio. Parece que de uma hora para a outra escolhemos caminho inverso: odiar.
Qualquer um sabe que nada se constrói enquanto passamos boa parte do tempo espreitando nossos adversários, quer sejam políticos, econômicos e de classe, à espera de disparar uns contra os outros.
Há sim revoluções silenciosas, pautadas não pela violência, mas pela paz. Há sim na história exemplos de sobra daqueles que pregaram o amor contra a guerra. Precisamos de paz. E não há outro caminho para paz ao meu ver senão pela via do amor.
E para mudar o mundo, lamento, é preciso começar pelo nosso mundo interior, pela nossa “miserável” realidade.
Minha receita é tão simples que parece ingênua: acordar e agradecer. Agradecer a sorte de estar vivo, agradecer a sorte de não ter que passar o dia procurando água potável, alimento e abrigo, como tantos irmãos ao redor do planeta. A gente esquece que os aqui conectados já começamos o dia “no lucro”.
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Depois vem o compromisso de não nos maltratar, afinal, somos nós nossos maiores inimigos. Assim assumimos automaticamente outro compromisso: o de ser feliz, fazendo felizes aqueles que estão ao nosso redor.
A lógica “boba” é fazer ao mundo tudo o que gostaríamos que fosse feito para nós.
Otimismo, claro, não funciona todo dia, mas só de mudar a maneira de olhar a realidade tudo muda.
Experimente!
Em tempos de cólera, amor.
Aqui vai ter com a maior frequência possível crônica e poesia de amor.
O nome da coluna foi — claro — inspirado no romance de Gabriel García Márquez, Amor nos Tempos do Cólera.
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Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.




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