Arnaldo Lichtenstein, desde a Patagônia: “Há brasileiros, sim, em Porto Natale”

Tempo de leitura: < 1 min

por Conceição Lemes

Uma greve geral motivada pelo aumento do gás doméstico paralisou totalmente a Patagônia, região no extremo sul da América do Sul. O movimento já derrubou quatro ministros. Há vários brasileiros retidos lá, inclusive na cidade de Porto Natale, onde estão o médico Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo, esposa,  filho de 10 anos e um grupo de amigos de outras nacionalidades:  quatro chilenos, dois suíços, dois ingleses e dois escoceses.

“Estamos num colégio com centenas de pessoas, dormindo no chão e comendo de bandejão”, Lichtenstein me contou há pouco por e-mail. “Oficialmente, dito pela vice-consulesa, não haveria mais brasileiros em Porto Natale. Mas não é realidade.”

“Ontem, reuni 40 brasileiros que estavam na escola e ligamos para ela. Não havia ainda perspectiva oficial de ação do governo brasileiro”, prossegue.  “Antes de eu chegar, há dois dias, cerca de 170 brasileiros invadiram a prefeitura de Porto Natale. Depois de 5 horas, não se chegou a nenhuma conclusão.”

“A situação piora a cada hora, pois aparecem mais restrições e menos informações. As estradas estão bloqueadas para qualquer carro de turistas (van). Agora há bloqueio total. As prioridades não são especificadas. Talvez a referência a doenças.”

“Desde ontem, há uma lista onde colocam as pessoas que vão embarcar em avião da Cruz Vermelha, de Porto Natale para Punta Arenas (cidade maior). Coloquei o meu nome, o de minha de mulher e de meu filho, sem prioridade para hoje. A perspectiva é de dias. Se puder, amanhã te mando notícias.”

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Leia também