Da Redação
Nosso investigador no caso da mansão de praia atribuída aos Marinho em Paraty, TC, complementa seu trabalho com mais algumas informações relevantes.
Seguem abaixo:
A Polícia Federal já dispõe de dados suficientes para denunciar a Mossack Fonseca como “lavanderia” encarregada de montar empresas (ver relatórios no pé do post).
O objetivo das empresas, obviamente, é esconder patrimônio, lavar dinheiro e burlar o Fisco.
No Brasil, a Mossack oferecia serviços no Panamá, Ilhas Virgens Britânicas, Seicheles, Samoa, Nevada (Estados Unidos) e Anguila (Caribe). Manter uma fundação, por exemplo, custa cerca de U$ 3 mil anuais. O serviço mais sofisticado envolve a oferta de “laranjas”.
Conforme demonstrei neste post, a Agropecuaria Veine, que tem a titularidade da casa atribuída aos Marinho pela fiscal Graziela Moraes de Barros, do ICMBio, recebeu logo de início a sociedade de uma empresa panamenha. Depois de mudar de endereço, mudou também de sócios. Hoje é controlada no papel por Celso de Campos, Jorge Luiz Lamenza e a empresa Vaincre.
A Vaincre, registrada em Nevada, era administrada pela empresa panamenha Camille, que por sua vez foi aberta por funcionária da Mossack Fonseca. É óbvio que qualquer investigação séria sobre a atuação da Mossack no Brasil deverá envolver a Agropecuaria Veine.
Leia Nosso investigador: todos os caminhos levam ao Panamá.
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Em junho de 2015, a Justiça Federal citou a Veine por edital, já que não localizou os responsáveis: deu prazo de 7 dias para a Veine reparar os estragos ambientais e retirar a estrutura de cerco, aparentemente dedicada à maricultura, existente no entorno da Praia de Santa Rita.
O juiz determinou a retirada de todos o equipamentos privados (brinquedos) instalados sobre a areia da mesma praia.
Também determinou que a Veine se abstenha de criar qualquer tipo de embaraço ao acesso e permanência do público na praia de Santa Rita, sob pena de multa diária no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) no caso de descumprimento da ordem judicial.
Tudo indica que o equipamento supostamente dedicado à maricultura tinha o objetivo apenas de impedir a chegada de barcos à praia onde fica a mansão de concreto atribuída aos irmãos Marinho pela fiscal Graziela Moraes de Barros, do ICMBio.
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Em março de 2014, reunião do Conselho Diretor do Instituto Estadual do Ambiente da Secretaria do Meio Ambiente deveria discutir a questão da Veine.
O assunto foi retirado da pauta a pedido do chefe de gabinete da vice-presidência, Francisco Almeida, como ficou registrado na ata da reunião.
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Em dezembro de 2009 a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o registro e funcionamento do heliponto em área de preservação ambiental, contrariando a legislação federal.
A autorização foi assinada por Doris Vieira da Costa, Superintendente de Infraestrutura Aeroportuária.









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