Julian Rodrigues: Há notícias boas e ruins no novo Ministério de Dilma

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Reforma ministerial - foto Antonio Cruz Agência Brasil

“Julian Rodrigues: “Não se pode ter só ônus de ter o PMDB como “sócio”, é preciso ter a contrapartida”. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

NOVO MINISTÉRIO DILMA

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Há notícias boas e ruins.

Do ponto de vista da articulação do governo a dupla Wagner (na Casa Civil) e Berzoini (numa nova Secretaria de Governo, reforçada) é excelente, eles tem mais cara do PT e do Lula.

Rosseto é um bom perfil para o novo Ministério do Trabalho e Previdência. Sendo que o PT volta também a comandar a área do Trabalho, com o Feijó – Gabas continua na Previdência.

A entrada do PDT-CE ( de Ciro) numa pasta é um ganho também.

A fusão da SDH, SEPPIR e SPM num só Ministério é um retrocesso histórico, mas a nomeação da professora da UFMG e ativista do movimento negro Nilma Gomes como a Ministra da Cidadania é um acerto. Também é um passo atrás a extinção do Ministério da Pesca.

A troca de Renato Janine por Mercadante tira prestígio do MEC no meio acadêmico, nos movimentos sociais e na sociedade. Mas, não se deve prever alterações na política geral.

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Na saúde, talvez a maior perda. Sai um dos melhores sanitaristas do Brasil e entra um deputado conservador – que começou a carreira na Arena – do PMDB do PI, financiado por seguros de saúde e que defende (ou defendia) a redução da maioridade penal.

O maior espaço ao PMDB reforça o modelo de governabilidade baseado apenas no Congresso Nacional, o mais conservador de todos. Não se aposta nos movimentos sociais, nem nas reformas estruturais.

Mas, se não há mudança na estratégia geral do PT e do governo, é melhor fazer direito a amarração com esse Partido, então. Não se pode ter só ônus de ter o PMDB como “sócio”, é preciso ter a contrapartida. Nesse sentido, tudo indica que ganhamos fôlego no Congresso, ainda mais com Cunha alvejado de morte pela denúncia das contas na Suíça.

Mas, talvez, as piores mudanças foram as que não houve. As não notícias: a permanência de Levy na Economia (uma nova aposta na política recessiva de DES-ajuste fiscal) e a do Zé Eduardo Cardoso na Justiça (abrindo mão de colocar ordem na casa da PF e enfrentar as manipulações de Moro e MP).

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